segunda-feira, 3 de novembro de 2014

RESULTADOS DAS ELEIÇÕES E O QUE PODEM INDICAR PARA 2016 por DANIEL FILHO



A situação política executiva de Petrolândia perdeu forças. Apesar de a última vitória municipal ter sido esmagadora a leitura pode ser feita mais à rejeição dos opositores e simpatia à sua vice do que, propriamente, apoio pleno ao prefeito eleito.
O desgaste se reafirmou no rompimento de diversos vereadores numa coalizão, até hoje, muito contestada. Alguns creem ser farsa, outros no verdadeiro nascimento de uma oposição com reais chances de vencer as eleições municipais de 2016.
As eleições para deputados, governador, senador e presidente acirrou e nos permitiu o termômetro do poder de “transferência dos votos”. Pela primeira vez em anos pudemos sentir nas ruas e urnas uma prévia do que será a corrida municipal.
Com alguns resultados acirrados e muitos de larga vantagem, seguem os números dos candidatos, entre parênteses a indicação de quem recebeu apoio:

Governador 

Paulo Câmara (PSB) - 8.066 (apoiado pela situação)

Armando Monteiro (PTB) - 7.694 (apoiado pela oposição)

Senador

Fernando Bezerra Coelho (PSB) - 7.652 (apoiado pela situação)

João Paulo (PT) - 7.525 (apoiado pela oposição)


Deputado Federal

Zeca Cavalcanti (PTB) - 4.033 (apoiado pela oposição)

Fernando Filho (PSB) - 3.613 (apoiado pela situação)

Deputado Estadual

Rodrigo Novaes (PSD) - 3.955 (apoiado pela oposição)

Alberto Feitosa (PR) - 2.547 (apoiado pela situação)

Dr. João (PSB) - 7.076 (até aqui, oposição ao prefeito, saiu independente)

Fonte: TRE

Mesmo elegendo os que apoiou, é impossível não perceber os resultados acima como uma derrota vexatória da situação. Chegado o segundo turno pudemos assistir a um cenário ainda mais deprimente. A situação tentava, mas não conseguia esconder a quem apoiava, porém, por interesses que vão além dos particulares, precisou fingir estar na moita.
O antipetismo se acirrou, os adesivos começaram a surgir e, timidamente, carros de som com canções pró-Aécio passeavam pelas ruas. Um falso movimento social, que, não negamos, pode ter vindo a formar algo verdadeiramente importante e urgente, vamos aguardar, teve sua outra faceta mostrada por esse blog. Com muitos concordando e percebendo nossa visão, outros a detestar e demonizar a atitude, a verdade é que os planos foram frustrados no geral.
O projeto de transposição caminhou, a mídia deu pouca atenção, não houve confrontos por ideais (difícil, quando não existe) e Dilma foi reeleita. Em Petrolândia com uma diferença esmagadora. 13.953 (77,36%) para a candidata petista contra ínfimos 4.083 (22,64%) do candidato tucano.
Que ninguém se iluda que seria diferente caso houvesse uma defesa do projeto de Aécio de maneira mais aberta e clara. Os votos conquistados por Aécio aqui, assim como dos candidatos a senado, governo e câmaras, mostraram o “poder de fogo” da atual situação. Ou seja, mínimo. Por mais reuniões particulares que faça e tente mobilizar setores da sociedade para angariar votos aos que ele firma acordos, cada vez mais o cabresto vai se soltando. Demissões sem aviso prévio ou mesmo justificativa, retirada de portarias, economia e comércio do município em baixa, secretarias sem autonomia, além de ter enfrentado diversas acusações de corrupção  e descaso, resultaram em alto índice de rejeição. Consequentemente, não transfere significativamente votos a quem vir apoiar.
Significa dizer que a oposição já está eleita? Não. Inclusive pode caminhar para um abismo como o candidato a governo do estado Armando Monteiro. As primeiras pesquisas apontavam uma vitória ainda em primeiro turno com larga vantagem, o clima de “já ganhou” e um relaxamento na publicidade e militância foi perceptível. O resultado foi ver uma vitória certa escorrer entre os dedos já no primeiro turno.
Para não se permitir tomar pelo clamor de mudança e considerar o apoio como vitória certa, a oposição municipal, primeiro, precisa se afirmar como tal. Essa afirmação se dará através da conquista de confiança da população e representações sociais de que estão sendo, de fato, representadas e atendidas em suas demandas. Dialogar o quanto antes com lideranças e partidos para definir planos, metas e estratégias à construção de uma campanha que, notadamente, deverá abolir o estilo despojado e desbocado com incitação ao ódio através de provocações e ataques à honra pessoal dos envolvidos. Está claro que a população rejeita esse tipo de política e o derrotado, além de amargar o resultado negativo, herdará a antipatia da maioria.
Será preciso coragem para convocar debates abertos ao público, visto que comícios, infelizmente, só são vistos por aqueles que já se decidiram pelo seu voto, esvaziando o discurso. Formar mesas redondas e promover trabalhos culturais, sociais e políticos para discutir e chamar o jovem à militância partidária (não paga).

Se tomarmos por base a rejeição popular da atual gestão a disputa soa fácil, mas, provavelmente, será a mais difícil de todos os tempos.

Um comentário:

  1. É FABIANO COM OS PODERES DADOS PELO LORIVAL AGORA DE PAQUITO AO RE I DOS BAIXINHOS E ANA PATRICIA SANGALO NA AVENIDA NO TRIO.

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