terça-feira, 17 de novembro de 2015

REINVENTANDO FRIDA KAHLO


Durante algum tempo fiquei calada como resposta ao machismo, até conhecer o feminismo. Eu já era forte, mas ele me fortaleceu ainda mais. A partir dele, encontrei em mim toda a coragem para reivindicar que eu procurava. Encontrei “abrigo”. Nestes últimos dias, tenho discutido bastante questões que envolvem igualdade de gênero, junto à colegas e professoras. Há alguns anos, eu não me imaginava assim. Hoje, olho-me no espelho com orgulho da pessoa que eu sou (sensação que todas merecem sentir), e sou grata por ter aprendido desde cedo a reconhecer e lutar pelos meus direitos.

Foto do projeto Reinventando Frida Kahlo. 

Organizado pelo ProEmi da Escola Jatobá 

sob coordenação da professora Suemys

Enquanto eu for julgada pelo meu batom vermelho, pelo tamanho do meu vestido e pela cor dos meus cabelos, eu não me calarei. Eu luto por cada mulher, assim como eu, que tem medo de voltar sozinha para casa, sobretudo, durante a noite, com receio de sofrer qualquer tipo de violência. Eu luto por cada mulher que é julgada pelo que veste, ou por quantas pessoas com quem ela fica. Luto por cada mulher que põe sua vida em risco na tentativa de um aborto clandestino. Eu luto. E falo por cada mulher que não pode falar pois está sofrendo ameaças do companheiro. Enquanto a mulher continuar sendo violentada pelo fato de ser mulher, eu não me calarei. Sou grata ao feminismo, pois ele sim é bom para todos. O machismo mata todos os dias.


Ráylla Kelly, 17 anos, estudante do ensino médio. Natural de Petrolândia (PE), cidade onde reside atualmente. Feminista, faz parte do projeto RFK (Reinventando Frida Kahlo) da escola de jatobá. Poetisa nas horas vagas. 

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