quinta-feira, 30 de junho de 2016

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO OCUPADO


Professores da rede estadual de Pernambuco, filiados ao SINTEPE, junto a representantes da CUT e diferentes sindicatos do Brasil, ocuparam nessa quarta-feira (29) o Ministério da Educação em Brasília.
O Ato em Defesa da democracia, da educação pública e dos direitos dos trabalhadores em educação organizado pela CNTE tem como objetivo protestar a plataforma do governo interino, pautado no programa: “Uma Ponte para o Futuro”, uma ameaça concreta ao direito à educação pública e às conquistas dos/as trabalhadores/as em educação na última década.
Segundo a Secretária Geral do Sintepe, Séphora Marinho, um grupo de 80 pessoas conseguiu entrar e ocupou o Ministério da Educação, mas existe um número maior de manifestantes do lado de fora.
O ato tem como principal bandeira a resistência contra a desvinculação de receitas da educação, a ameaça à política salarial dos servidores públicos, como o fim a Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério, o fim das receitas do pré-sal para educação e o encerramento da aposentadoria especial do magistério.

“É importante ressaltar também que somos contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 241/2016, apresentada no último dia 15 de junho à Câmara, pelo governo interino, – que altera os critérios para cálculo das despesas mínimas na Educação e Saúde. Vamos lutar para que ela não seja aprovada”, disse o presidente da CNTE, Roberto Leão.

“Nos unimos a todos os profissionais que vieram de todo o Brasil, para além de defender os direitos dos trabalhadores como o piso nacional do magistério e a aposentadoria especial, dizer que não reconhecemos o governo interino de Michel Temer. Exigimos a devolução da democracia ao povo brasileiro”, afirmou a professora de Fortaleza (CE), Gardênia Baima.

“Estamos satisfeitos com a ocupação e o nosso propósito foi cumprido, mas queremos declarar que esse foi só o começo, vamos continuar na luta e mostrar ao governo golpista a força dos educadores brasileiros”, declarou a Secretária Geral da CNTE, Marta Vanelli.

Apoiaram o evento a União Nacional dos Estudantes (Une), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (PROIFES), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o Movimento Interfóruns da Educação Infantil do Brasil (Mieib), a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (FASUBRA) e a Rede Latinoamericana de Estudos Sobre Trabalho Docente (Rede Estrado).
As imagens da matéria foram enviadas a nós pelo professor de Limoeiro, João Batista Cavalcanti, presente no ato.






Com informações da Rede Brasil Atual, CUT e Sintepe

quarta-feira, 29 de junho de 2016

DENÚNCIA: FÁBRICA DE COCO ROMPE COMPROMISSO COM PEQUENOS PRODUTORES

Em nota o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolândia, senhor José Maurício Filho, e o secretário de Política Agrícola, Agrária e Meio Ambiente, Daniel Luís, denunciam a falta de compromisso da fábrica de coco com os pequenos agricultores.
Segundo a nota a fábrica estaria recebendo apenas a produção dos grandes produtores de outros estados e municípios o que contraria compromisso firmado, além de não beneficiar em nada pelo desenvolvimento econômico do município.

Segue a nota:

NOTA DO STR PETROLÂNDIA


Em nota o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolândia, senhor José Maurício Filho, e o secretário de Política Agrícola, Agrária e Meio Ambiente, Daniel Luís, denunciam o descaso de empresas que operam os sistemas de abastecimento d’água nas agrovilas.
Especificamente a Agrovila 6 do Bloco 2, segundo a nota, estão sofrendo com a falta d’água gerando conflito entre os agricultores.
Segue a nota:


terça-feira, 28 de junho de 2016

PRÉ-CANDIDATA, ADRIANA GOMES, QUESTIONA POSSÍVEIS CONTRATAÇÕES FEITAS PELA PREFEITURA EM 2016

Imagem: Acervo

Adriana Gomes, professora e pré-candidata ao cargo eletivo de prefeita, entregou um pedido de informação à prefeitura sobre o número de pessoas contratadas nos últimos três meses, assim como saber cargos assumidos e remunerações, visando o zelo ético e democrático da campanha que se aproxima.

“Fui informada que a prefeitura estaria fazendo contratos temporários diversos, justamente em ano eleitoral, o que, além de proibido pela justiça eleitoral, é injusto. Torna desigual o uso da máquina pública no embate democrático a que estamos nos propondo a concorrer de forma limpa com debates de propostas e projetos. Esperamos que nosso pedido seja compreendido como direito, visto que toma por base o princípio da Publicidade. Seria importante, ainda, os demais pré-candidatos fazerem o mesmo pedido.”

Declarou Adriana Gomes ao Blog Gota D’Água.
O pré-candidato ao cargo de prefeito e presidente da Câmara de Vereadores, Fabiano Marques, também foi comunicado e procurado pelo blog sobre a necessidade de se encaminhar o mesmo pedido, mas, até o presente momento, não confirmou se o faria.

O QUE DIZ A LEI

A Resolução Nº 23.457, de 15 de dezembro de 2015, artigo 62 V -  afirma que, a partir de 2 de Julho, agente públicos não podem  nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa. Tendo feito contratos nos últimos três meses o prefeito não fere a justiça eleitoral, no entanto fere, segundo seus próprios argumentos, a LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF).
Segundo o prefeito, em entrevistas (como a concedida ao blogueiro Assis Ramalho que você pode conferir no link ao fim dessa matéria), a prefeitura estava impossibilitada de lançar edital para concurso público, assim como reajustar salários defasados. Justificava ainda as demissões em massa que promoveu ano passado.
Declarou o prefeito na ocasião:

 “...o maior problema do município é a despesa de pessoal. Para você ter uma noção, mensalmente os funcionários geram uma despesa de R$ 3,4 milhões de reais. É um valor alto demais. Somente os efetivos representam 47% da folha, são 1.200 funcionários(...). Temos de cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal que limita em 52% a despesa de pessoal, estamos com 57%, mesmo com a diminuição de mais de 200 funcionários de um ano para o outro (...) era impossível se dar aumento, pois incidiria no limite de despesa de pessoal (...) temos aproximadamente 800 funcionários que recebem o mínimo, tudo isto influencia na despesa de pessoal.”

Enquanto aguardamos a resposta do prefeito ao pedido da professora Adriana Gomes, que interessa a toda população, levantamos outras questões caso se comprove que houve novas contratações nos últimos meses. Questionamentos que precisam ser levantados pela câmara de vereadores e população:

Qual a atual porcentagem de gastos com despesa de pessoal?

Se demissões em massa, ano passado, foram justificadas pelo dever da gestão em respeitar o limite prudencial, o que mudou na receita para se fazer novas contratações em vez de abrir edital para concurso público em 2016 (ano eleitoral)?


Fazendo um cálculo rápido: o prefeito afirma na entrevista que cerca de 800, dos 1220 funcionários da prefeitura, recebem salário mínimo (atuais R$880,00) temos um gasto mensal fixo aproximado de R$704.000,00 (setecentos e quatro mil reais). Quanto recebem de remuneração, então, os outros 420 funcionários para se chegar ao montante de gasto mensal declarado de R$ 3,4 milhões de reais com pessoal? Quem são e quais funções exercem para se justificar tamanha discrepância nos valores salariais?

Estamos aguardando respostas. Abaixo link para a entrevista citada nessa matéria:


REASSENTADOS DE ITAPARICA PODEM FICAR SEM ÁGUA

Imagem: Acervo


José Maurício Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolândia, divulga em nota para a possibilidade dos reassentados do perímetro irrigado de Itaparica da suspensão dos serviços da PLENA, terceirizada da CODEVASF.
Segue nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolândia comunica a todos os reassentados que devido a inadimplência da Codevasf com a Plena, o fornecimento de água e da manutenção do sistema de irrigação poderão ser suspensos por tempo indeterminado.

José Maurício Filho
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolândia

Daniel Luís da Silva
Secretário de Política Agrícola, Agrária e Meio Ambiente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolândia


sábado, 25 de junho de 2016

ÁGUA PARA O BAIRRO EM PERÍODO ELEITORAL... QUEM NÃO PROMETE?

Foto: Divulgação

"Assina aí mais uma promessa de campanha"

O prefeito Lourival Simões anunciou o abastecimento de água no Bairro Nova Esperança. A comunidade sofre com diversas negações de políticas públicas, no entanto a falta de água potável é sempre lembrada pelos moradores como o pior dos problemas e sempre é promessa de campanha. Agora, às vésperas das eleições municipais, claro, torna a ser notícia:

“Petrolândia ganhará obra de ampliação do abastecimento de água no Bairro Nova Esperança”

O acordo foi feito entre o presidente em exercício da Compesa, Ricardo Barretto, o prefeito de Petrolândia, Lourival Simões, e o diretor Regional do Interior da companhia, Marconi de Azevedo. O edital da licitação para a execução da obra será publicado até o final deste mês com a perspectiva que a obra seja iniciada em setembro próximo, a data tão próxima às eleições (é mera coincidência?). O empreendimento deverá ficar pronto em 12 meses e irá contemplar 20% da população da cidade.
Se “a cria” dessa vez, de fato, nascer (a gestação é longa) teremos muita gente brigando pela paternidade. 

RELEMBRAR É PRECISO

Foto: Jair Ferraz

"O povo a esperar"

A problemática afeta a comunidade há pouco mais de quinze anos, mas faremos um retrospecto mais recente.
Em 07 de novembro de 2014, o presidente da Câmara de Vereadores de Petrolândia, Fabiano Jaques Marques, convocou uma audiência pública sobre o tema que contou com a participação de representativo número de moradores da comunidade a ocupar o espaço em frente à Escola Municipal Itamar Leite.
O prefeito Lourival Simões se negou a ir ou mandar representação, sequer justificando a ausência. O que culminou na seguinte fala do deputado estadual Rodrigo Novaes:

"Já que o prefeito se esqueceu de vir à reunião, nós vamos esquecer ele e vamos deixar a prefeitura de lado, nós agora queremos a prefeitura fora. Se for necessário, eu irei até o governador do Estado para dizer que queremos que a Compesa elabore o projeto e execute o serviço aqui no Bairro."


O vereador Jorge Viana declarou sobre a ausência do prefeito:


“Ele não veio porque é covarde. E o pior é que a prefeitura não faz o serviço para acabar com o problema de água no Bairro nem deixa a Compesa fazer. A prefeitura recebeu o dinheiro e foi devolvido por falta de um simples projeto que não existia e nem existe. Agora, estão dizendo que a prefeitura vai cortar os carros pipas porque o povo não votou nos candidatos dele, Se isso acontecer nós vamos ao Ministério Público, e se for preciso vamos todos bater nas portas da Prefeitura"

O presidente da Câmara, vereador Fabiano Jaques Marques, finalizou a reunião com agradecimento pela presença de todos prometendo uma nova audiência pública, para 2015 e reafirmando a fala do deputado:

Foto: Assis Ramalho

"Quero finalizar dizendo que eu estou muito feliz pela garantia que a Compesa nos deu, de que irá executar os serviços aqui, no Bairro Nova Esperança, o que vai resolver os problemas da falta de água da população. Quero agradecer a todos que compareceram à reunião e, mais uma vez, lamentar a ausência do prefeito. Mas se alguém pensa que desrespeitou a gente, está enganado, porque ele desrespeitou o povo. Então, se ele esqueceu a gente, nós vamos esquecer ele".

No dia 12 de março de 2015, com Plenária cheia, o Presidente da Casa, Fabiano Marques, iniciou a segunda audiência pública para tratar sobre o abastecimento de água para o Bairro Nova Esperança.

Foto: Assis Ramalho

Rogério Novaes lembrou que, na primeira reunião realizada, o representante da Compesa (Dr. Augusto César, Gerente Regional) disse que a mesma tinha competência de elaborar e executar o projeto. O vereador teceu críticas ao prefeito Lourival Simões, por sua ausência na reunião mais uma vez, e disse que se acontecer a parceria com a prefeitura o serviço não seria concluído na sua gestão nem na gestão de um possível sucessor indicado pelo prefeito.
O vereador Zé Pezão, sob aplausos, afirmou:

"Eu quero dizer que eu também sou contra essa parceria de entregar esse plano nas mãos do prefeito, porque se entregar vai ser igual à creche, que está aí destruída e até agora não saiu."

O prefeito, irritado, declarou em entrevista ao blogueiro Assis Ramalho:

Foto: Blog Assis Ramalho


“Já estive com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, e com o governador eleito, Paulo Câmara (PSB). Esse assunto já tinha sido tratado por mim com o ex-governador Eduardo Campos e com Paulo bem antes das eleições. Reafirmamos com eles nosso compromisso de colocar água no Bairro Nova Esperança, projeto que é uma obra do Estado. Nem vereador nem deputado terão participação em absolutamente nada. Isso é entre o Município de Petrolândia e o Governo do Estado, até porque votamos e fizemos campanha para Paulo Câmara e não para Armando Monteiro (PTB). Cada um no seu campo político, há governo e há oposição, e o meu candidato a governador ganhou as eleições, o deles não.”

A sequência de ausências do prefeito às audiências públicas, seguidas de sua fala mostra como a problemática na comunidade é tratada: como moeda de troca politiqueira. As audiências e falas dos representantes do legislativo induziram crer que o serviço seria feito sem necessidade do apoio do executivo. Uma mentira visto que não é papel do vereador a execução de projetos. 

Foto: Assis Ramalho

Distribuindo ilusões

Todo esse jogo de interesses, onde o interesse da população parece ser o de menor importância, soa confuso de forma proposital. Em tempos de campanha, nascendo o filho e sendo ele bonito de se apresentar, teremos diversos a lutar pela “paternidade”. Cabe à população estar atenta para a compreensão das entrelinhas. O que está sendo negado? O que é ofertado de maneira ilusória? O que se esconde por trás das bondades bienais? Quem ganha com o bairro sofrendo privações e tendo lotes vendidos com promessas de melhorias a aumentar a especulação?
A todos nós, população, que somos atingidos direta ou indiretamente pelos sucessivos descasos políticos, cabe o papel didático de relembrar que em ano de eleição sempre aparecem muitos pais e mães, muitos salvadores de pátria a clamar votos. Porém, depois de Outubro, tudo pode voltar ao esquecimento. Ser e estar vigilante, das falas às obras, é o principal instrumento contra o estelionato eleitoral.
O Blog Gota D’Água disponibiliza abaixo os links de matérias publicadas nos Blogs locais sobre todo o breve retrospecto feito aqui:

Primeira audiência pública:

Segunda audiência pública:


Entrevista do Prefeito:


quarta-feira, 22 de junho de 2016

PROFESSORES MEXICANOS RESISTEM


Imagens: Brasil de Fato e MST

Trabalhadores que integram a Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE) do México iniciaram, no último dia 15 de maio, após três anos de luta, uma greve geral para dizer não a reforma educacional proposta pelo governo do presidente Enrique Peña Nieto, que prevê cortes nos direitos trabalhistas. Segundo Graciela Rangel Santiago, responsável de relações exteriores da CNTE, a luta dos docentes é contra uma reforma que “não tem nada de educativa”.
A greve dos professores atinge 28 dos 32 estado mexicanos, mas se concentra nos estados do sul, em Chiapas, Oaxaca e Michoacan. No domingo (19), forças da polícia estadual de Oaxaca e a polícia federal mexicana se dirigiram à Asunción Nochixtlán, município próximo a capital oaxaqueña, para despejar os professores que bloqueavam a estrada Oaxaca-México como forma de protesto.
De acordo com o jornal La Jornada, a operação repressiva começou por volta das 10:30h e se estendeu até o inicio da noite, deixando como saldo 6 mortos, mais de 90 feridos e 21 detidos. A ação policial, que contou com armas de fogo, bombas de gás lacrimogênio, helicópteros e centenas de agentes, fez da estrada um campo de batalha. Os manifestantes resistiram, com o apoio de pais, alunos e pessoas contrárias à reforma, que ajudaram a construir barricadas para evitar a aproximação dos policiais.
A CNTE informou que cinco dos mortos eram professores (Andrés Aguilar, de 29 anos; Yalid Jiménez, de 22; Óscar Santiago, de 22; Jesús Cadena, de 19 e Anselmo Cruz, sem idade divulgada). O outro morto durante o ataque foi o repórter local Elpidio Ramos, que fazia a cobertura do confronto para o jornal regional El Sur.
Por volta da meia noite, a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) emitiu um comunicado informando que serão tomadas medidas cautelares para garantir a adequada atenção médica dos feridos, assim como garantir que a lei seja respeitada “conforme os protocolos e os padrões internacionais, privilegiando a todo momento o diálogo”. A Comissão enviará peritos e pessoal de apoio à Oaxaca para vigiar a legalidade do operações.


Fonte: Brasil de Fato e Assessoria MST

NOTA DE PESAR


Nota de pesar do Partido dos Trabalhadores, Diretório Municipal de Petrolândia, ao falecimento da nossa eterna companheira Isabel Cristina, negra, oriunda de família humilde, educadora, ex deputada estadual, que sempre tutelou a luta pelos mais pobres, a quem defendia com tanto amor e motivação, pessoa essa que se manteve sempre nos ajudando diante dos grandes desafios.
Quando teve a frente da Superintendência da CODEVASF deu passos importantes estendendo seu atendimento não só à Borda do Lago de Itaparica, mas aos lugares mais áridos e secos onde os sertanejos viviam um padecer constante por falta de políticas públicas, onde levou perfurações de poços, construções de cisternas e tantos outros benefícios.
Sentiremos muito a falta sua que sempre nos surpreendeu com seu otimismo. Mesmo quando debilitada com sérios problemas de saúde não se deixava abater; estava sempre pronta para vencer qualquer desafio que a vida lhe pusera pela frente.
Gratos somos por tê-la conhecido e por termos feito parte do seu seio de amizades, serás sempre um símbolo de luta.
“Isabel Cristina, sua luta é a nossa luta!”



Natanael Caetano


Presidente do PT/Petrolândia, e todos que fazem o Partido dos Trabalhadores do município.

CURSO DE ORATÓRIA


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terça-feira, 21 de junho de 2016

MULHERES PELA DEMOCRACIA

Imagens: Daniel Filho e 

Filosofia Hoje

“Nó mulheres somos metade da população mundial e mãe da outra metade.”

A frase acima ecoou no evento “MULHERES PELA DEMOCRACIA E CONTRA O GOLPE” do último dia 17 no pátio do Carmo em Recife que recebeu a visita da presidenta Dilma Rousseff. Sua força deveria ecoar ainda mais. Tomar coração e veias de cada mulher por mais representação em parlamentos e executivos.
O evento foi organizado pela Frente Brasil Popular, que reúne entidades como MST, UNE, CUT e partidos políticos como PT e PCdoB. Aconteceu um dia após a vinda da Comissão de Defesa da Mulher, projeto itinerante da ALEPE, à Petrolândia.
Destacamos os dois atos por estarem interligados ainda que indiretamente. Conectam-se pelo conteúdo e contextualização. Como discutir mais direitos da mulher, mais participação política, tanto nas discussões quanto na garantia paritária de ocupação dos espaços, quando assistimos cotidianamente a negação da democracia? O desrespeito a 54 milhões de votos que concederam o mandato da primeira mulher presidenta do país? A batalha cotidiana de Dilma, da ditadura à democracia, é reflexo do que sofreram e sofrem as mulheres do mundo para conquistarem espaços, alcançarem direitos e impedir retrocessos.
As reformas políticas profundas que nosso país necessita passa pela retomada de Dilma ao cargo:
"Quando eu voltar, nós vamos ter que construir o verdadeiro governo de salvação nacional. Porque um governo golpista nunca vai conseguir fazer um governo de salvação nacional".


MAIS MULHERES NA POLÍTICA

O Brasil adota a regra que reserva, nas eleições proporcionais, no mínimo 30% e no máximo 70% de vagas para cada sexo nas listas de candidatos dos partidos políticos. Na prática essas reservas, majoritariamente, são decorativas. Às mulheres não são dadas condições paritárias para se concorrer. Seus nomes são usados para respeitar a lei apenas.
Um bom exemplo pode ser observado no espaço que aconteceu a audiência pública: a Câmara de Vereadores de Petrolândia tem apenas uma cadeira ocupada por mulher, Dona Santa (PSB). Vale o destaque que nenhum dos seus colegas do legislativo estava presente no início da atividade. Os vereadores Rogério Novaes (PSD) e Jorge Viana (PSL) chegaram próximo do fim da audiência.
A partir desse fato é possível ler que as mudanças necessárias para a garantia desta e tantas representatividades, que passa, principalmente, pelos poderes legislativos do país, não pode ser esperada vir das leis de homens que não se comprometem debater a causa. Precisa surgir do clamor e mobilização.

TORNAR-SE MULHER

"Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino”.
Simone de Beauvouir em O Segundo Sexo

Constantemente deturpada por quem insiste em negar direitos, a famosa citação trata para além do sexo. Tornar-se mulher que represente as demais representações sociais, não se define biologicamente, mas através da consciência de gênero e classe para a garantia de que patriarcado e misoginia não se perpetuem.

PRÉ-CANDIDATAS FALAM

“Quem é nascida e criada no sertão sabe como é a cultura do machismo. Quando na gravidez de minha mãe o nosso pai sabia que teria uma filha, havia um certo desgosto, então, desde a barriga a mulher sofre com o tratamento diferenciado(...). Cresci ouvindo sobre coisas que eu não podia fazer: não podia ir pra festa só. Não podia ficar na festa até o fim. Tinha que esperar o homem vir me convidar para dançar ou corria o risco em ser taxada como ‘mulher à toa’. Cresci ouvindo o que não podia, e tenho orgulho de dizer que cresci desconstruindo todas essas proibições: passei a ir às festas, a ficar até o fim, a ter a iniciativa de chamar os homens para dançar. E minha vida assim se deu. E hoje tenho orgulho em assumir aqui um posicionamento que, por vezes, é dito que não cabe às mulheres ou que não espaço para elas: Apresento-me aqui como pré-candidata a prefeita de meu município com muito orgulho e sei que lutaremos uma batalha que merece ser combatida.”
Adriana Gomes de Araújo (PT)

“Temos muitas mulheres aqui com histórico de luta pelo povo. Então por que não vir nos representar aqui na câmara? Aqui podemos lutar muito mais. Somos professoras, agricultoras, donas de casa, então por que não sermos representante do povo? Vamos lutar, participar. Sempre digo de cabeça erguida sem medo: Já tentei duas vezes e costumo dizer que não perdi nenhuma vez. Eu não conquistei a vaga, o direito de sentar aqui, mas através da política eu não perdi, eu ganhei muito mais. Através da política a gente aprende, a gente constrói.”
 Maria Helena Gomes de Souza (PSD)


Adriana e Maria Helena tornaram-se e são grandes mulheres. Mulheres que nosso município precisa e que a boa política almeja. Que o lançamento de seus nomes à pré-candidatura aos cargos de prefeita e vereadora influenciem tantas outras a somar para a construção de uma nova era política em nossa cidade.
São dias de Dilmas, Adrianas, Marias. São dias de força, raça e gana...sempre!

segunda-feira, 20 de junho de 2016

NOTA DO CIMI SOBRE O MASSACRE DE CAARAPÓ E O ASSASSINATO DO GUARANI E KAIOWÁ


O Conselho Indigenista Missionário – Cimi denuncia e repudia a ação paramilitar realizada por fazendeiros contra famílias do povo Guarani-Kaiowá, do tekohá Tey Jusu, na região de Caarapó, no estado do Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira, 14, que resultou no assassinato do jovem Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza Guarani-Kaiowá, 26, além de ao menos seis feridos à bala, inclusive uma criança de doze anos baleada no abdômen.
Constatamos, com preocupação, que ações paraestatais realizadas por setores do agronegócio tem sido recorrentes no Mato Grosso do Sul. Desde agosto de 2015, quando foi assassinado o líder Simeão Vilhalva, no tekohá Nhenderú Marangatu, foram registrados mais de 25 ataques paramilitares contra comunidades do povo Guarani-Kaiowá no estado. Demonstrando profundo desrespeito ao Estado de Direito e agindo na completa impunidade, latifundiários têm optado pela prática corriqueira da “injustiça pelas próprias mãos” no estado.
Consideramos que a atuação de parlamentares ruralistas na tentativa de aprovar proposições legislativas, como a PEC 215/00, e no âmbito de Comissões Parlamentares de Inquérito, como a CPI do Cimi e a CPI da Funai/Incra, contribuem para aprofundar o sentimento de ódio aos indígenas, agravando ainda mais a situação de violência contra os povos originários no Brasil e, de modo especial, no Mato Grosso do Sul.
O Cimi solidariza-se com os Guarani-Kaiowá, especialmente com os familiares da liderança assassinada e dos feridos, e exige que o Ministério da Justiça tome providências imediatas e efetivas a fim de fazer cessar os ataques paramilitares contra comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul, bem como, para identificar e punir os assassinos de mais uma liderança indígena daquele estado.
Causa vergonha nacional e internacional ao Brasil o fato de setores do agronegócio exportador de commodities agrícolas continuar assassinando líderes de povos originários de nosso país.
O genocídio Guarani-Kaiowá avança pelas mãos do agrocrime no Mato Grosso do Sul.

Brasília, 14 de junho de 2016

Conselho Indigenista Missionário – Cimi

PARA APOIO DOS NOSSOS EDUCADORES E ESTUDANTES DO CAMPO


"A Educação no campo precisa valorizar ainda mais a realidade de quem vive e trabalha na terra, fortalecer o vínculo do professor com a escola e oferecer mais vagas tanto na segunda etapa do Ensino Fundamental como no Médio", afirma Mônica Castagna Molina, docente da Universidade de Brasília (UnB).
Muitas vezes é tratada com descaso a educação no campo é realidade na vida de diversos profissionais de educação e estudantes em Petrolândia.
O vínculo com a terra e sua função social, o respeito aos saberes trazidos pelos estudantes da comunidade e suas necessidades específicas.

UM POUCO DA HISTÓRIA

Para garantir, pelo menos em lei, uma escola adequada, os moradores da área rural batalharam muito. O ensino, durante anos, apenas preparou os estudantes para trabalhar nas cidades. Os movimentos populares dos anos 1980, como o dos Trabalhadores Sem Terra (MST), pediram mudanças. "Uma das principais conquistas foi a inclusão do tema na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996", pontua Maria Antonia de Souza, professora de pós-graduação do curso de Educação da Universidade Tuiuti do Paraná. Outros documentos oficiais em que também há preocupação com os âmbitos pedagógico e político são expressão das lutas dos povos do campo, como as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo e as diretrizes complementares. 
Em 2004, o MEC criou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), que tem entre suas atribuições a de gerenciar diversos programas voltados à melhoria das condições de ensino no meio rural. Um deles é o Escola Ativa, com metodologia voltada para salas multisseriadas - existem mais de 50 mil escolas no país que têm uma sala só, reunindo crianças de diversas idades. Outra iniciativa é o Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo (Procampo), que tem como objetivo investir na formação em serviço de professores dos anos finais do Ensino Fundamental - principalmente os que têm o Ensino Médio e não frequentam uma universidade.
Em Petrolândia a modalidade é ofertada ainda como o EJA Campo. O Blog Gota D’Água milita em defesa desse direito e escreveu sobre dois grandes momentos nos assentamentos. As matérias EDUCAÇÃO NO CAMPO (cobertura de formatura no assentamento Canaã) e QUANDO COMEÇA A MENTIRA NA EDUCAÇÃO (análise de nossas percepções acerca da temática) podem ser lidas ou relidas nos links abaixo:

EDUCAÇÃO NO CAMPO

QUANDO COMEÇA A MENTIRA NA EDUCAÇÃO

MATERIAL SOBRE EDUCAÇÃO NO CAMPO

O Blog teve acesso, pela assessoria do Movimento dos Sem Terra (MST), links que dão acesso a diversos livros, textos e trabalhos acadêmicos sobre a temática que podem e devem contribuir para a formação acadêmica e pesquisa de todos os envolvidos.
“Essa ciranda não é minha só, ela é de todos nós: a educação das crianças sem terrinha no MST”;
“O cotidiano pedagógico de professores e professoras em uma escola de assentamento do MST: Limites e Desafios”;
“Formação de Professores e Demandas dos Movimentos Sociais: A Universidade Necessária”;
“A alfabetização como instrumento de trabalho e luta na zona rural” são apenas alguns diversos títulos disponíveis no formato PDF nos dois links que seguem:



“Não vou sair do campo pra pode ir pra escola, educação do campo é direito e não esmola”
Refrão de canção entoada pelo Movimento dos Sem Terra


Fonte de pesquisa: Site Nova Escola