Imagem: Arquivo |
Ao anunciar ontem (1) a renúncia, Ricardo
Rodolfo (PR) abriu uma série de
incertezas à população de Petrolândia. Afinal, por que desistir em tão pouco
tempo de mandato?
Durante a campanha, e após eleito, manteve um
perigoso discurso: se apresentar como “cidadão
gestor” e não “político” (estratégia semelhante adotada por João Dória, prefeito de São Paulo).
Ao adotar essa postura e, posteriormente, optar por renunciar declarando “...dilemas entre ser líder religioso e
gestor...”, permite passar a equivocada impressão de que a política não
é um bom lugar às pessoa “de bem”, esmorecendo ainda mais os que perderam as esperanças por dias melhores.
MOTIVAÇÕES
PARA A DESISTÊNCIA DA MISSÃO
Imagem: George Novaes -
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As palavras na carta de renúncia citam apenas
o tratamento de saúde (Síndrome de Burnout)
como motivação, mas em mensagem enviada a familiares o então prefeito Ricardo cita
“herança deixada pela gestão anterior (...) divisão política (...) dilema
vocacional...”
A nota do ex-prefeito Lourival Simões soa tão obscura quanto: “pedidos
inexequíveis, denúncias vazias, pressões dos mais diversos segmentos (...) os
problemas existentes causaram a ele está enfermidade.”
Dilemas, divisões, herança, denúncias,
pedidos, problemas tão sérios a ponto de trazer enfermidade deveriam ser
explícitas, principalmente aos seus eleitores, mas só ampliam as incertezas de uma
população que, majoritariamente, votou CONTRA
a continuidade do governo.
Exatos 11.916
(onze mil novecentos e dezesseis) votos de oposição (dividida em quatro
candidaturas) contra 7.224 (sete mil
duzentos e vinte e quatro) votos do prefeito eleito. A maioria dos eleitores assistiu tomar
posse quem não queria e, agora, vê assumir o poder quem menos esperava para
governar o destino de todas e todos até 2020.
O futuro é de incertezas podendo pertencer
somente ao tempo ou à vontade legítima do povo em exigir novas eleições.
CAMINHOS
PARA NOVAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS
Cabe aos vereadores, tanto de situação quanto
oposição, investigações profundas acerca do que não está transparente acerca
das contas e real situação econômica, social e política do município, assim
como trazer à tona esclarecimentos acerca das contas de campanha eleitoral da
chapa Ricardo – Jane, parcialmente rejeitado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Imagem: PN Notícias |
Caso se comprovem irregularidades (relembre
a denúncia clicando no link “matérias relacionadas” ao final dessa publicação), a
chapa completa seria cassada e novas eleições seriam convocadas.
Outro possibilidade de novo processo
eleitoral seria a prefeita recém-empossada, Janielma Rodrigues, também
renunciar ao cargo.
Todo o processo, desde a renúncia a esses
caminhos apontados, trazem fortes traumas ao processo político-democrático do
município, assim como ser governado por uma continuidade que a maioria do
eleitorado negou ou sequer imaginava.
O que nos remete a uma história nacional
recente...
O ex-prefeito e ex-deputado Lourival Simões, no auge dos debates
acerca do impeachment, hoje comprovadamente ilegítimo, da presidenta Dilma
Rousseff, declarou concordância ao processo: “não
dá mais pra conviver com uma presidente que não governa” declarou
o ex-prefeito ao blogueiro Magno Martins
(reler
matéria ao final).
Faz necessário o questionamento ao principal
responsável pela situação política constrangedora posta até aqui:
Por amor e “desapego ao poder”, tão repetidos
em notas e entrevistas diversas, o ex-prefeito Lourival Simões defenderia,
novamente, um impedimento de mandato executivo por “ingovernabilidade”?
Ou não convém?
MATÉRIAS RELACIONADAS
Linha narrativa - da renúncia às
análises:
Rejeição das contas de campanha:
Impeachment no governo dos outros é
refresco:
Petrolândia. se lembro muito bem que muito antes da crise política do Brasil. A prefeitura vinha se arrastando há em meio à crise. O povo já percebia isso quem não lembra? Só que quando a crise se estalou no Brasil. Foi bom para o Lourival. Ele passou a crise que já vinha forte em nosso município passou para Dilma. A culpa passou para o governo federal. Que cara de pau péssimo gestor esse Lourival.
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