quinta-feira, 27 de setembro de 2018

COMO VOTARAM OS PERNAMBUCANOS QUE QUEREM SE REELEGER?

Imagem: Arquivo


Em tempos de campanha eleitoral, em um cenário tão polarizado e adverso para a democracia e superação da crise política, econômica e social que o país vive, propositalmente muitas candidaturas ao legislativo (câmara de deputados e senado) assistem sem posicionamento claro ao “pegar fogo” que, basicamente, se restringe à discussão de eleição do executivo (presidente).
O combate ao fascismo é real e necessário, mas não podemos jamais esvaziar a discussão acerca das candidaturas ao legislativo (em específico os pernambucanos) que, direta ou indiretamente, contribuíram para o caos social em que nosso país foi mergulhado.
O corpo editorial do Blog Gota D’Água assina a reportagem a seguir esclarecendo aos eleitores da região como votaram os principais candidatos à reeleição em pautas que atacaram diretamente a democracia, direitos sociais e direitos trabalhistas. Vale lembrar que, a depender do resultado das urnas, será o seu direito à aposentadoria a próxima vítima. A reforma da previdência foi adiada por conta das eleições, mas é ponto estratégico do governo golpista e contará com muitos dos citados na série de reportagens que inicia hoje para sua aprovação.

QUAIS AS DECISÕES QUE MAIS AFETARAM OS MAIS POBRES?

1 - IMPEACHMENT - O golpe parlamentar/judiciário/midiático, feito em conjunto principalmente entre PSDB e PMDB, chamado de Impeachment, anulou a vontade e o voto popular de 54 milhões de pessoas, rompendo com nossa jovem democracia.

2 - PEC DO TETO – A PEC 241 impõe limite aos investimentos na área social por vinte (20) anos, atingindo, principalmente, educação, saúde, segurança, assistência social e concursos públicos;

3 - DEFESA DE MICHEL TEMER – Denunciado pela PGR por crime de organização criminosa e obstrução da justiça o então presidente passou pelas mãos da câmara. No entanto, muitos dos que votaram “pela família, pela honra, pela pátria”, conseguiram blindar seu mandato;

4 - REFORMA TRABALHISTA E PL DA TERCEIRIZAÇÃO – A alteração da CLT atingiu mais de cem itens atacando direitos das trabalhadores e trabalhadores. Precarização, insalubridade, deficiência para fiscalização e identificação do trabalho escravo, demissões e desemprego foram os resultados dessa aprovação.

5 - REFORMA DO ENSINO MÉDIO – A mudança impacta a educação pública, o acesso à educação pelos mais pobres e põe em xeque a profissão docente.


COMO VOTARAM OS CANDIDATOS QUE HOJE QUEREM O SEU VOTO PARA DEPUTADO?

AUGUSTO COUTINHO (SD) – Candidato à reeleição com apoio da prefeita Janielma Souza (PSB), do ex-prefeito Lourival Simões e da base aliada de governo, o candidato sempre votou a favor das pautas de Michel Temer, votando pelo impeachment, reforma trabalhista e terceirização irrestrita. É candidato à reeleição pelo Solidariedade;

FERNANDO COELHO FILHO (DEM) – à época filiado ao PSB de Paulo Câmara, hoje compõe chapa com Armando Monteiro, votou a favor do impeachment, reforma trabalhista, além de ter assumido o posto de ministro de Michel Temer;

KAIO MANIÇOBA (SD) – Eleito com pouco mais de 28 mil votos em um partido nanico (PHS), logo migrou para o PMDB e votou a favor das pautas de Michel Temer no impeachment, na reforma do ensino médio e reforma trabalhista. Hoje é candidato à reeleição pelo Solidariedade;



ZECA CAVALCANTI (PTB) – Candidato à reeleição com apoio em Petrolândia da liderança de oposição Fabiano Marques, votou contra o impeachment de Dilma Rousseff, a favor da PEC que congelou investimentos sociais por vinte anos, contra o afastamento e investigação de Michel Temer, ausente não votou na reforma trabalhista, e, por fim, votou a favor da reforma do ensino médio.
A matéria cita os mais indicados a votos em Petrolândia, mas é possível conferir todas as candidaturas pernambucanas que votaram contra a classe trabalhadora no link a seguir:


A próxima reportagem mostrará como votaram os candidatos ao senado mais indicados a voto em Petrolândia: BRUNO ARAÚJO (PSDB)/ MENDONÇA FILHO (DEM), HUMBERTO COSTA (PT)/JARBAS VASCONCELOS (MDB) e SILVIO COSTA (AVANTE).
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