Imagem: BDF |
No Brasil, o suicídio é a quarta maior causa
de morte entre os jovens de 15 a 29 anos e, no total, cerca de 11 mil
brasileiros tiram a própria vida a cada ano. O Centro de Valorização a Vida (CVV) promove a campanha Setembro Amarelo para estimular a prevenção ao suicídio e
sensibilizar a sociedade para tratar do assunto como saúde pública.
No mundo, são cerca de 800 mil suicídios por ano, de acordo os dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS). A taxa de
mortes por suicídio é de 11,4
pessoas para cada 100 mil.
Roberto
Tykanori, médico da Prefeitura Municipal de Santos, com experiência
na área de saúde mental e professor adjunto da Universidade Federal de São
Paulo, trata do assunto:
"Existe
uma questão central na estratégia da prevenção do suicídio que é a coordenação
e o consenso entre governo e sociedade que precisam tomar medidas conjuntas.
Não se trata apenas de uma medida da parte dos governos.
O
governo tem papel fundamental em conseguir criar as alianças, criar
suportadores dessas ações, para que essas ações sejam consistentes, com
participação da própria sociedade. É importante a divulgação e a
conscientização do fenômeno do suicídio, é importante que este processo seja
feito com bastante consciência dos possíveis riscos que os meios e os modos de
fazer a divulgação podem acarretar. Então, alguns tópicos são bastante
importantes: que a difusão da informação não se centre, por exemplo, nos
métodos de conseguir fazer suicídio; que também não glamourise, não torne as
situações excessivamente dramáticas, mas que possam ser de tal forma dramáticas
que se tornem atraentes. A ideia da conscientização do suicídio deve estar
muito focada em difundir a informação de que é possível as pessoas buscarem e
encontrarem apoio, cuidado e suporte nas situações de maior dificuldade.
Difundir a ideia de que com a colaboração de outras pessoas as coisas podem se
transformar. E assim, facilitar o acesso das pessoas a serviços de saúde é um
segundo ponto extremamente importante.
Em
relação à questão dos países desenvolvidos: o Japão tem uma experiência
recente, a partir de 2006. O Japão trouxe a público a questão do suicídio, era
um dos países que tinha uma das taxas mais altas de suicídio no mundo. O Japão
elaborou, inclusive, uma lei especial de prevenção do suicídio. Do ponto de
vista cultural, houve uma ruptura com uma lei do silêncio, um certo tabu em torno da questão do suicídio e iniciou-se
a criação de espaços de diálogo, espaços de conversação, tanto para as pessoas
que tentaram suicídio, quanto para as famílias que restaram após a perda de
seus parentes. Essas ações foram difundidas no conjunto do país e eles
conseguiram reduzir bastante o índice de suicídio da população japonesa."
Fonte:
Brasil de Fato
PEDALADA
PARA ALERTAR SOBRE O SETEMBRO AMARELO
Em Petrolândia a campanha continuará com uma
pedalada para chamar atenção ao tema. Será na próxima sexta-feira (14) a partir das 19h00min com concentração em frente à Pousada Atenize.
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