quarta-feira, 14 de novembro de 2018

ÁUREO CISNEIROS, PRESIDENTE DO SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS, PODERÁ SER DEMITIDO

Imagem: Blog Gota D'Água.
Áureo em visita a Petrolândia


Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL), foi notificado pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) através de um documento que pode resultar em sua demissão. Ele foi condenado em seis Processos Administrativos Disciplinares (PADs) e ainda responde a 16.

Imagem: Facebook - reprodução

“Eu estou afastado, não estou desempenhando função de policial, de ir pras ruas. Então, esses processos são unicamente por atuação sindical”, afirma Áureo. “Fui punido duas vezes. Fiquei 140 dias afastado, sem receber salário, por conta das condenações. E, agora, chega esse pedido de demissão. É um absurdo o que o governo de Pernambuco faz. Então, a gente acredita, sim, que é uma perseguição sindical”.

A Secretaria de Defesa Social disse que Áureo Cisneiros não foi excluído da Polícia Civil de Pernambuco, que respeita o livre exercício de manifestação, e reafirma que o amplo direito de defesa é garantido em todos os processos disciplinares. Áureo tem o prazo de dez dias para apresentar sua defesa.

REPERCUSSÃO

Entidades e figuras políticas se posicionaram:

“No dia de hoje, Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol, foi notificado pela Corregedoria de que será DEMITIDO. Um verdadeiro absurdo. O que mais me revolta é que todos os membros da Comissão indicaram pela demissão. 
Até porque, todos os Processos Administrativos de Áureo Cisneiros são em decorrência da atividade sindical. Nenhum dos PAD’s instaurados foi por cometer crimes ou infrações administrativas. Pelo contrário, todos foram para melhorar as condições de trabalho e salários dos Policiais Civis, inclusive dos membros desta Comissão.” Declararam em nota: Grahan Stephan Bentzen Campelo (delegado), Douglas Campos Ferreira (comissário), Patrícia de Araújo Gallindo (comissária).

“A plenária sindical da CUT Pernambuco realizada, nesta terça-feira (13/11), aprovou mais uma vez nota de apoio e solidariedade ao companheiro Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) que foi notificado pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social de que será demitido de suas atividades como servidor público.
A decisão tomada por uma comissão formada por um delegado e dois comissários é descabida e imprudente. Áureo, ao longo dos quatro anos em que está à frente do Sinpol, vem lutando por melhores condições de trabalho, valorização profissional e salarial dos Policiais Civis de Pernambuco.
As práticas antissindicais são usadas para pressionar servidores e utiliza-se de demissão, transferência de local de trabalho ou qualquer outra forma que dificulte ou impeça o dirigente ao exercício de sua função sindical, configurando-se assim numa ação velada de perseguição.
Solicitamos ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que use o bom senso político e não assine a demissão de Áureo Cisneiros. Na atual conjuntura politica esta demissão pode ser uma antecipação de graves medidas que, estão sendo discutidas em nível federal, com intuito de alterar a legislação trabalhista e retirar todos os direitos da classe trabalhadora.
Basta de práticas antissindicais contra servidores e sindicalistas!” Declarou em nota oficial a Central Única dos Trabalhadores (CUT)

“Recebemos a confirmação de que o Governo de Pernambuco determinou a demissão imediata do servidor público da Polícia Civil Áureo Cisneiros. O companheiro Áureo, que é presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), tem sido sistematicamente perseguido pelo Executivo estadual e responde a nada menos que 16 processos na Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social, todos vinculados a sua intensa atividade sindical - defendendo sua categoria e demandando melhores condições de trabalho para os policiais civis. Áureo é também um dos líderes do Movimento Polícia Anti-Fascismo. Este tipo de atitude, persecutória e autoritária é um desrespeito à democracia e uma grave ameaça ao direito constitucional que prevê e protege a atividade sindical. Não podemos aceitar, não podemos nos calar! Exigimos respostas e a revogação desta decisão absurda”. Declarou a deputada federal, eleita pelo PT, Marília Arraes.

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