segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

EDUCAÇÃO: COMO A REFORMA TRABALHISTA AFETA O ADMINISTRATIVO DAS ESCOLAS?





O Sindicato Dos Trabalhadores em Educação (SINTEPE) realizou no dia 30 a Plenária dos/as Administrativos/as em Educação. A discussão explicou aos/às trabalhadores/as como a Reforma Trabalhista e da Previdência podem afetar os/as servidores/as públicos/as.
A Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, alterou diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). De acordo com a advogada Andrielly Gutierres, existem quatro pontos importantes que merecem a atenção dos/as trabalhadores/as em geral: a flexibilização dos direitos da CLT, que equivocadamente supõe igualdade de forças no poder de negociação do empregado com o patrão; o enfraquecimento dos sindicatos, por meio da extinção da contribuição sindical compulsória; a restrição de acesso à Justiça do Trabalho e a terceirização irrestrita, que ampliou a possibilidade de terceirização para todas as atividades da empresa, antes restritas às atividades-meio.
Para Gutierres, das mudanças acima, o enfraquecimento dos sindicatos e a terceirização irrestrita são efeitos da Reforma que podem ser sentidos mais fortemente no funcionalismo público, especialmente pelos administrativos.
O diretor da Secretaria para Assuntos Jurídicos e de Legislação, José Severino de Barros, pontuou sobre a precarização do contrato de trabalho, situação vivida atualmente pelos/as professores/as com contratos temporário. “Essa diferenciação já existe na nossa categoria. O professor contratado é muito mais pressionado e assediado do que os profissionais efetivos e isso já demonstra como essa precarização pode acontecer nos demais segmentos”, lembrou.
Sobre a Reforma da Previdência, Barros explicou que o sistema previdenciário atual é construído partir de um princípio de solidariedade. As aposentadorias são pagas a partir da contribuição dos/as trabalhadores/as em exercício e, à medida que não se promove concurso público, não haverá condições de fortalecer o sistema previdenciário.
Ainda sobre a Reforma da Previdência, a advogada informou que não há uma proposta finalizada acerca da Previdência e, por isso, não há como falar ainda detalhadamente sobre essa questão. Entretanto, é fundamental que a Reforma da Previdência respeite o princípio da transição e, sobretudo, o direito adquirido (garantia de se aposentar pelas regras atuais para aqueles servidores que preencheram todos os requisitos).

Fonte: SINTEPE

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