terça-feira, 2 de abril de 2019

DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

Imagem: Reprodução



No Dia Mundial da Conscientização do Autismo o Blog Gota D’Água apresenta dados estatísticos e características importantes para se conhecer mais sobre o transtorno. Conhecendo evitamos preconceitos e avançamos em direitos:

AUTISMO E INCLUSÃO ESCOLAR

O número de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que estão matriculados em classes comuns no Brasil aumentou 37,27% em um ano. Em 2017, 77.102 crianças e adolescentes com autismo estudavam na mesma sala que pessoas sem deficiência. Esse índice subiu para 105.842 alunos em 2018.
Os dados foram extraídos do Censo Escolar, divulgado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). São considerados tanto os estudantes de escolas públicas quanto de particulares.
O aumento no número de matrículas acompanha uma exigência legal: pelos princípios constitucionais, nenhuma escola pode recusar a entrada de um aluno por causa de uma deficiência – nem mesmo as da rede privada. Há, inclusive, uma política nacional específica para pessoas com TEA, sancionada em dezembro de 2012. Pela Lei Berenice Piana, como é conhecida, é direito da pessoa com autismo o acesso à educação e ao ensino profissionalizante.
Mesmo com os avanços permanece um desafio: ir além da mera presença em sala de aula. É necessário assegurar que os alunos com autismo estejam aprendendo e, para isso, ainda faltam recursos de diversas ordens: adaptação de conteúdos para alunos com autismo, formação adequada de professores, ações de combate ao bullying, elaboração de avaliações específicas.
Não é possível sequer afirmar que todos os alunos com autismo têm as mesmas necessidades. Alguns podem precisar de uma maior flexibilização do currículo. Outros exigem um acompanhante que desenvolva um sistema de comunicação alternativa com o professor regente e os colegas – a expressão verbal é um dos principais pontos de dificuldade de pessoas com TEA. Há quem precise, além disso, de um cuidador para questões de higiene pessoal.

DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO -  SAIBA MAIS

A nomenclatura mais moderna, de acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, é mesmo a sigla “TEA”. É um "guarda-chuva" que inclui pessoas em diferentes condições.
No chamado “autismo clássico”, que costuma ser diagnosticado por volta dos 3 anos de idade, os sinais mais comuns são:

Ter dificuldade em interação social, como não olhar para o interlocutor ou manter uma distância grande dele;

Não compartilhar interesses e experiências com os outros;

Não reagir a emoções, como por exemplo a criança que vê que a mãe se machucou, mas não faz carícias ou dá beijo para consolá-la;

Fazer movimentos repetitivos;

Não desenvolver a linguagem oral ou apenas repetir frases ouvidas;

Necessitar de uma rotina muito inflexível, sem mudanças em caminhos para a escola ou ordem de compromissos na semana.

No outro extremo, chamado Síndrome de Asperger, o desenvolvimento da linguagem pode até ser equivalente ao da média das crianças. Mas há sinais como:

Desinteresse em compartilhar gostos;

Dificuldade em socialização;

Falta de empatia ou de ter reações em grupo;

Interesse por assuntos muito específicos;

Comportamento repetitivo;

Sensibilidade alta ou baixa nos 5 sentidos (como irritação em ambientes barulhentos).

O Blog Gota D’Água reproduziu informações da reportagem especial de Luiza Tenente do G1 que pode ser acessada na íntegra pelo link a seguir:

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