terça-feira, 24 de março de 2020

TRIBUTAR OS SUPER-RICOS PARA ENFRENTAR A CRISE

Imagem: reprodução


Muitos que contribuíram para a propagação de falso moralismo ou pura demagogia sobre “como destinar dinheiro para combater a crise” esquecem que vivemos uma grande injustiça social com um sistema de impostos que beneficia os mais ricos e cobram dos mais pobres.
O sistema de impostos brasileiro tem mecanismos que isentam do Imposto de Renda das pessoas físicas as camadas de alta renda, por exemplo, quem ganha mais de 240 salários mínimos mensalmente tem cerca de 70% da renda isenta de impostos. Assim, nosso país, tem a maior concentração de renda do mundo entre o 1% mais rico.
É o que defendem a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), os Auditores Fiscais pela Democracia (AFD) e o Instituto Justiça Fiscal (IJF). Eles divulgaram um documento, nesta terça (23), com 14 propostas para serem implementadas a fim de amenizar os impactos econômicos da Covid-19 no país.
Se o governo federal tivesse pulso para taxar os super-ricos poderíamos ter em caixa R$ 272 bilhões para serem usados contra a crise econômica, que será aprofundada pela crise de saúde pública produzida pelo coronavírus, assim como na saúde.
Desse total, R$ 100 bi iriam para um Fundo Nacional de Emergência. Os recursos para abastecê-lo sairiam da tributação da renda e do patrimônio dos super-ricos através da taxação de dividendos, grandes heranças e fortunas, entre outras medidas.
Para os detentores das grandes fortunas significaria muito pouco, para milhões de brasileiros significaria sobreviver com dignidade.

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