segunda-feira, 8 de junho de 2020

O QUE É SER ANTIFASCISTA E POR QUE O BOLSONARISMO É FASCISMO

Imagens: reprodução


Após o assassinato do cidadão estadunidense George Floyd, asfixiado até a morte por um policial em 25 de maio no estado de Minnesota, protestos pautados pelo antirracismo, mas que também levantam a bandeira antifascista, tomaram as ruas em diversos lugares do mundo.
No Brasil a manifestação autodenominada “antifascista em defesa da democracia” realizada em São Paulo por torcidas organizadas de clubes de futebol inspirou novos protestos que ganharam ainda mais força ontem (7) em vinte capitais do Brasil. Mas o que o que significa ser antifascista e por que o governo Bolsonaro, assim como seus fiéis seguidores, representam o fascismo?
Armando Boito Júnior, professor Titular de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que o fascismo é um movimento social reacionário que se situa nas camadas intermediárias da sociedade capitalista, ou seja, nas classes médias, e tem como principal objetivo a eliminação da esquerda do processo do político.
Segundo ele, o fascismo tem uma ideologia “de culto à violência, anticomunista, contrária aos movimentos de modernização e democratização dos costumes e da sociedade”, e é um regime político cujo auge pode desembocar em uma ditadura fascista, onde há a paralisia das liberdades coletivas e individuais.
O neofascismo traz certas particularidades do século 21, em relação ao movimento fascista do século 20, organizado em torno de regimes como o de Adolf Hitler, na Alemanha, o de Benito Mussolini, na Itália, o de António Salazar, em Portugal, e o de Francisco Franco, na Espanha.
Boito Júnior destaca que no neofascismo brasileiro há um grande envolvimento da classe média, e à diferença do fascismo clássico, há um alinhamento aos setores da burguesia mais ligados ao capital estrangeiro, criando uma espécie de fascismo neoliberal.

Fonte: Brasil de Fato


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