A
situação política executiva de Petrolândia perdeu forças. Apesar de a última
vitória municipal ter sido esmagadora a leitura pode ser feita mais à rejeição
dos opositores e simpatia à sua vice do que, propriamente, apoio pleno ao prefeito
eleito.
O
desgaste se reafirmou no rompimento de diversos vereadores numa coalizão, até
hoje, muito contestada. Alguns creem ser farsa, outros no verdadeiro nascimento
de uma oposição com reais chances de vencer as eleições municipais de 2016.
As
eleições para deputados, governador, senador e presidente acirrou e nos
permitiu o termômetro do poder de “transferência dos votos”. Pela primeira vez
em anos pudemos sentir nas ruas e urnas uma prévia do que será a corrida
municipal.
Com
alguns resultados acirrados e muitos de larga vantagem, seguem os números dos
candidatos, entre parênteses a indicação de quem recebeu apoio:
Governador
Paulo Câmara (PSB)
- 8.066 (apoiado pela situação)
Armando Monteiro
(PTB) - 7.694 (apoiado pela oposição)
Senador
Fernando Bezerra
Coelho (PSB) - 7.652 (apoiado pela situação)
João Paulo (PT) -
7.525 (apoiado pela oposição)
Deputado Federal
Zeca
Cavalcanti (PTB) - 4.033 (apoiado pela oposição)
Fernando
Filho (PSB) - 3.613 (apoiado pela situação)
Deputado Estadual
Rodrigo
Novaes (PSD) - 3.955 (apoiado pela oposição)
Alberto
Feitosa (PR) - 2.547 (apoiado pela situação)
Dr. João
(PSB) - 7.076 (até aqui, oposição ao prefeito, saiu independente)
Fonte:
TRE
Mesmo elegendo os que apoiou, é impossível não perceber os resultados acima como uma derrota vexatória da situação. Chegado
o segundo turno pudemos assistir a um cenário ainda mais deprimente. A situação tentava,
mas não conseguia esconder a quem apoiava, porém, por interesses que vão além
dos particulares, precisou fingir estar na moita.
O
antipetismo se acirrou, os adesivos começaram a surgir e, timidamente, carros
de som com canções pró-Aécio passeavam pelas ruas. Um falso movimento social,
que, não negamos, pode ter vindo a formar algo verdadeiramente importante e
urgente, vamos aguardar, teve sua outra faceta mostrada por esse blog. Com
muitos concordando e percebendo nossa visão, outros a detestar e demonizar a
atitude, a verdade é que os planos foram frustrados no geral.
O
projeto de transposição caminhou, a mídia deu pouca atenção, não houve
confrontos por ideais (difícil, quando não existe) e Dilma foi reeleita. Em
Petrolândia com uma diferença esmagadora. 13.953 (77,36%) para a candidata
petista contra ínfimos 4.083 (22,64%) do candidato tucano.
Que
ninguém se iluda que seria diferente caso houvesse uma defesa do projeto de
Aécio de maneira mais aberta e clara. Os votos conquistados por Aécio aqui,
assim como dos candidatos a senado, governo e câmaras, mostraram o “poder de
fogo” da atual situação. Ou seja, mínimo. Por mais reuniões particulares que
faça e tente mobilizar setores da sociedade para angariar votos aos que ele firma
acordos, cada vez mais o cabresto vai se soltando. Demissões sem aviso prévio
ou mesmo justificativa, retirada de portarias, economia e comércio do município
em baixa, secretarias sem autonomia, além de ter enfrentado diversas acusações
de corrupção e descaso, resultaram em
alto índice de rejeição. Consequentemente, não transfere significativamente votos
a quem vir apoiar.
Significa
dizer que a oposição já está eleita? Não. Inclusive pode caminhar para um
abismo como o candidato a governo do estado Armando Monteiro. As primeiras
pesquisas apontavam uma vitória ainda em primeiro turno com larga vantagem, o
clima de “já ganhou” e um relaxamento na publicidade e militância foi
perceptível. O resultado foi ver uma vitória certa escorrer entre os dedos já
no primeiro turno.
Para
não se permitir tomar pelo clamor de mudança e considerar o apoio como vitória
certa, a oposição municipal, primeiro, precisa se afirmar como tal. Essa
afirmação se dará através da conquista de confiança da população e
representações sociais de que estão sendo, de fato, representadas e atendidas
em suas demandas. Dialogar o quanto antes com lideranças e partidos para
definir planos, metas e estratégias à construção de uma campanha que,
notadamente, deverá abolir o estilo despojado e desbocado com incitação ao ódio
através de provocações e ataques à honra pessoal dos envolvidos. Está claro que
a população rejeita esse tipo de política e o derrotado, além de amargar o
resultado negativo, herdará a antipatia da maioria.
Será
preciso coragem para convocar debates abertos ao público, visto que comícios,
infelizmente, só são vistos por aqueles que já se decidiram pelo seu voto, esvaziando
o discurso. Formar mesas redondas e promover trabalhos culturais, sociais e
políticos para discutir e chamar o jovem à militância partidária (não paga).
Se
tomarmos por base a rejeição popular da atual gestão a disputa soa fácil, mas,
provavelmente, será a mais difícil de todos os tempos.
É FABIANO COM OS PODERES DADOS PELO LORIVAL AGORA DE PAQUITO AO RE I DOS BAIXINHOS E ANA PATRICIA SANGALO NA AVENIDA NO TRIO.
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