Foto: George Novaes |
Nesse bloco lançamos questionamentos de leitor
que deseja compreender os motivos que conduziram o vereador Fabiano Marques a
assumir uma postura independente ao governo executivo. Acompanhe:
Daniel
Filho: O que te fez mudar radicalmente sua postura política em relação ao
governo do prefeito e, consequentemente, um rompimento com a família Simões?
Fabiano
Marques: Primeiro, não falo em nome de famílias. A gente pauta
nossa atuação política por meio das necessidades das pessoas que acreditam na
gente e que acompanham nosso trabalho e atuação. Todas as cinco eleições que
participamos, todos os vestibulares, gosto de chamar assim, vestibular. Da
segunda candidatura em diante é um vestibular, o povo aprovou ou não. Então
nossas votações vêm sendo ascendentes e eu acredito que quando você tem uma significativa
parcela de eleitores confiando em você, você não pode trair os que lhe
ajudaram. É preciso agira com o mesmo ideal dessas pessoas que acreditaram em
você. Vou evitar falar em nomes, mas não gosto da palavra “rompimento”. Essa
palavra é forte, parece que houve um corte. Costumo dizer que a gente começou a
ter um pensamento diferente na hora em que viu a coisa andar de outra forma. O
governo que a gente fazia parte estava começando a tratar a parte política, as
pessoas, a prefeitura, o cidadão de Petrolândia, toda a estrutura de uma forma
diferente, de costas para as pessoas. Aí você me pergunta se fui eu que mudei
ou se foi eles que mudaram. Acredito que estamos onde sempre estivemos até
porque quem nos acompanhava continua acompanhando. Talvez eu tenha desagradado
algumas pessoas por termos optado em apoiar um governador e representantes
parlamentares diferentes do governo. Armando Monteiro em vez de Paulo Câmara e
os deputados Rodrigo Novaes (estadual) e Zeca Cavalcanti (federal). Então
talvez seja isso que o leitor quer saber. Fabiano e os vereadores Zé Pezão,
Noca, Carlinhos, antes alinhados com o governo municipal, hoje se encontram
“desalinhados”, digamos assim, porque entendemos que tínhamos um projeto novo
para Petrolândia e isso talvez tenha desagradado.
DF:
Então, pra responder mais objetivamente nosso leitor, você diria que não mudou,
quem mudou foi o prefeito?
FM: Eu
continuo do mesmo jeito, com o mesmo pensamento. Meus colegas também. Estamos
com os mesmos ideais fazendo a política da mesma forma que começamos lá atrás. Aí
podem entender como quiser.
Outra coisa que quero acrescentar, Daniel, é
que nunca houve de nossa parte ambição. Afinal é mais confortável para o
parlamentar que ele fique ao lado do governo. Como diria o matuto: “Estar na
sombra”. Mas não, um ano depois das eleições optamos em ir para o sol.
DF:
Nosso leitor insiste nessa linha e quer saber seu posicionamento, agora não
como vereador, mas como possível candidato a prefeito. Sendo candidato hoje,
como pretende lidar com a situação de alternativa opositora se sempre esteve ao
lado dele?
FM: Eu
acho que está havendo até uma arguição aí, mas veja só, a primeira coisa que
digo é que a gente tem um projeto. Primeiro, estamos em 2015, vocês dizem que
sou pré-candidato a prefeito, mas, na verdade, nós temos um grupo...
DF: Grupo de vereadores...?
FM: Não só de seis vereadores de mandato, mas
de vários ex-vereadores, de lideranças, de pessoas que nunca foram candidatas e
que acreditam que há uma possibilidade de mudança para o município de
Petrolândia. Eu não me apresento como candidato a prefeito. Por que falam em
Fabiano? Porque Fabiano é aquela pessoa que se apresenta mais, que tem mais
mandato.
Respondendo ao leitor, eu tenho a certeza que
nós vamos tentar, se formos candidato, e se o povo nos der a honra de ser
prefeito dessa cidade, a gente vai tentar, junto com o povo, fazer o melhor de
frente para as pessoas.
Na quinta parte, Fabiano fala sobre as
eleições municipais 2016. Lideranças, apoio, possíveis nomes para a disputa.
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