sábado, 1 de agosto de 2015

O GOTA ENTREVISTA FABIANO MARQUES - DEMISSÕES, FALTA DE PLANEJAMENTO... PARTE 6

Foto: Assessoria

Problemas econômicos, demissões, falta de planejamento... Temas espinhosos que Fabiano Marques responde em nossa penúltima parte da entrevista.

George Novaes: Petrolândia tem mesmo essa dificuldade econômica que o prefeito Lourival Simões sempre apresenta?
Fabiano Marques: Petrolândia é uma cidade como qualquer outra do Brasil que passa por problemas. Agora, por outro lado, é privilegiada. É notório. Tem ICMS da barragem, nem falo tanto o royalties. Então, resumindo, não se pode comparar Petrolândia com Inajá, Tacaratu, com todo respeito. Não dá para comparar cidades que arrecadam um milhão e meio de reais com uma que recebe sete milhões e meio.
Respeito o jeito do prefeito fazer política, mas não dá pra aceitar por toda a culpa nos outros. Atribuir esse monte de demissões a uma crise nacional. Se você for um bom gerente e tiver responsabilidade com a coisa pública, você sabe que envia um relatório quadrimestral para o Tribunal de Contas, você sabe que só pode gastar 54% com folha de pagamento e sabe que se está chegando a 53%, você tem que saber que Janeiro tem reajuste do salário mínimo e o piso dos professores. Então você deve se adequar para não precisar demitir. Os funcionários são pessoas humildes que precisam, que têm contas a pagar.
Essa situação também ajuda a responder a seu leitor sobre o porquê de termos passado a agir de outra forma com o prefeito.

Foto: George Novaes

Daniel Filho: É normal gastar quatro milhões de reais com funcionário público...?
FM: Depende da estrutura da prefeitura, Petrolina mesmo gasta mais...

DF: Para a nossa estrutura. Uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes com tantas denúncias sobre os péssimos serviços públicos... É normal gastar quatro milhões em serviços que não condizem com esse valor?
FM: Você tem que fazer uma análise social e econômica...

DF: Faça...
FM: Depende do modo de cada um pensar. Por exemplo, em uma crise, eu, particularmente eu, se tivesse que optar em demitir um funcionário que ganhe um salário de quatro mil reais ou cinco que ganhem um salário mínimo, eu optaria em demitir o mais caro. Causaria um problema social muito menor. Estaria ali segurando cinco famílias que sobrevivem com salário mínimo cada uma.

DF: Mas uma análise social funciona assim? Alguém que venha a ganhar quatro mil não o recebe por exercer um trabalho fundamental técnico e específico à população, ou você diz que não, o servidor que recebe mais em Petrolândia tem esse benefício por que gera mais votos?
FM: Eu acredito que cada gestão tem um jeito de trabalhar, né? Se você me pergunta se é legal, é. Mas tem muita coisa que é legal que não é moral...

Foto: Daniel Filho

GN: Existem marcas deixadas no município visivelmente deixadas pela falta de planejamento. De condições habitacionais a falta de qualidade de serviços urbanos. Você reconhece esses problemas?
FM: Sim, com certeza. E por ser uma cidade projetada não deveria ter. Petrolândia cresceu. Muita gente acha que o centro da cidade é aqui, já eu não percebo assim. Vendo de uma forma macro, hoje o centro da cidade é ali na localidade do Parque de Vaquejada. Mas é preciso muita coisa, é preciso analisar o plano diretor a fundo. Esse nosso plano diretor, salvo engano, é de 2004 e já está em desuso. Tem que chamar a responsabilidade e resolver o problema. Tem que haver uma regularização fundiária, um planejamento de expansão.
Exemplo, o prédio da prefeitura está pequeno para a estrutura da cidade. Não dá, foi pensada pela CHESF. A secretaria de agricultura hoje funciona em duas, três salas. Qual é a ideia? Hoje o Parque de Vaquejada é uma obra estrondosa, em desuso, mesmo com tanta gente apaixonada pelo esporte, tá lá, parada. Então a secretaria de agricultura poderia ser transferida para lá como é hoje a Secretaria de Agricultura do estado que é no Cordeiro, parque de exposição. Teria tudo a ver, você já desafoga o estacionamento da cidade que já está estrangulado.
Outras coisas, criar um centro de convenções para nossa cidade, quem não queria? Um asfalto que ligue os projetos irrigados, se bem que esse meu sexto sentido diz que sairá do papel. Quer anotar? (risos) Sai até o ano que vem.
Outra coisa, temos DSU (Departamento de Serviços Urbanos) que funciona até hoje ali ao lado do hospital. Lá ficam as máquinas da prefeitura. Na época em que foi pensada a prefeitura tinha três ambulâncias, um carro para o prefeito andar, duas caçambas e um trator. Cabia tudo lá. Hoje com tanta coisa, vinda do governo federal, diga-se de passagem, como ônibus e máquinas do PAC, não cabe mais. A prefeitura, inclusive, infringe a lei quando coloca ônibus em cima dos canteiros.
É preciso coragem para fazer e ir para o enfrentamento. Não temer desagradar ninguém. Você olha o entorno da cidade na pista, se for verificar ali tem um cara que está lá com uma agência de carros na frente do posto de Amadeu e, disfarçadamente, ele já está botando um contêiner que irá servir como escritório. Isso é um absurdo. Aí a prefeitura vem dizer que manda a ordem de tirar, mas o cara tira um dia e bota de novo no outro. E por que não pune, não guincha? É preciso fazer o certo sem medo de enfrentar.

Na sétima e última parte da entrevista Fabiano diz qual deve ser o perfil do próximo gestor municipal e manda um recado para a população.


3 comentários:

  1. PAQUITO QUERENDO SER XUXO ,AGORA RESTA SABER QUEM VAI FINANCIAR A CAMPANHA DELE CUSPINDO NO PRATO QUE COMEU ELE VAI VOLTAR A FAZER O PETROFEST ANA PATRICIA MARQUES Sangalo.

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  2. acreditam nesse trouxa que fez parte do governo de Lorival agora quer sair para ve se é contratado nas urnas logo percebi mais um candidato as próximas eleições foi lá 17 lá usou lata de goiabada como prato,até bater cabeça no goga bateu a entidade que tava incorporada disse esse politico é safado ele vai prometer não vai cumprir.

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  3. tio fabiano tu pensa alto demais como diria xuxa é bom voar nas asas da imaginação .

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