Foto: Assessoria |
Problemas econômicos, demissões, falta de
planejamento... Temas espinhosos que Fabiano Marques responde em nossa
penúltima parte da entrevista.
George
Novaes: Petrolândia tem mesmo essa dificuldade econômica que o prefeito
Lourival Simões sempre apresenta?
Fabiano
Marques: Petrolândia é uma cidade como qualquer outra do Brasil
que passa por problemas. Agora, por outro lado, é privilegiada. É notório. Tem
ICMS da barragem, nem falo tanto o royalties. Então, resumindo, não se pode comparar
Petrolândia com Inajá, Tacaratu, com todo respeito. Não dá para comparar
cidades que arrecadam um milhão e meio de reais com uma que recebe sete milhões
e meio.
Respeito o jeito do prefeito fazer política,
mas não dá pra aceitar por toda a culpa nos outros. Atribuir esse monte de
demissões a uma crise nacional. Se você for um bom gerente e tiver
responsabilidade com a coisa pública, você sabe que envia um relatório
quadrimestral para o Tribunal de Contas, você sabe que só pode gastar 54% com folha
de pagamento e sabe que se está chegando a 53%, você tem que saber que Janeiro
tem reajuste do salário mínimo e o piso dos professores. Então você deve se
adequar para não precisar demitir. Os funcionários são pessoas humildes que
precisam, que têm contas a pagar.
Essa situação também ajuda a responder a seu
leitor sobre o porquê de termos passado a agir de outra forma com o prefeito.
Foto: George Novaes |
Daniel
Filho: É normal gastar quatro milhões de reais com funcionário público...?
FM:
Depende da estrutura da prefeitura, Petrolina mesmo gasta mais...
DF: Para
a nossa estrutura. Uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes com tantas
denúncias sobre os péssimos serviços públicos... É normal gastar quatro milhões
em serviços que não condizem com esse valor?
FM:
Você tem que fazer uma análise social e econômica...
DF:
Faça...
FM:
Depende do modo de cada um pensar. Por exemplo, em uma crise, eu, particularmente
eu, se tivesse que optar em demitir um funcionário que ganhe um salário de
quatro mil reais ou cinco que ganhem um salário mínimo, eu optaria em demitir o
mais caro. Causaria um problema social muito menor. Estaria ali segurando cinco
famílias que sobrevivem com salário mínimo cada uma.
DF:
Mas uma análise social funciona assim? Alguém que venha a ganhar quatro mil não
o recebe por exercer um trabalho fundamental técnico e específico à população,
ou você diz que não, o servidor que recebe mais em Petrolândia tem esse
benefício por que gera mais votos?
FM: Eu
acredito que cada gestão tem um jeito de trabalhar, né? Se você me pergunta se
é legal, é. Mas tem muita coisa que é legal que não é moral...
Foto: Daniel Filho |
GN:
Existem marcas deixadas no município visivelmente deixadas pela falta de
planejamento. De condições habitacionais a falta de qualidade de serviços
urbanos. Você reconhece esses problemas?
FM:
Sim, com certeza. E por ser uma cidade projetada não deveria ter. Petrolândia
cresceu. Muita gente acha que o centro da cidade é aqui, já eu não percebo
assim. Vendo de uma forma macro, hoje o centro da cidade é ali na localidade do
Parque de Vaquejada. Mas é preciso muita coisa, é preciso analisar o plano
diretor a fundo. Esse nosso plano diretor, salvo engano, é de 2004 e já está em
desuso. Tem que chamar a responsabilidade e resolver o problema. Tem que haver
uma regularização fundiária, um planejamento de expansão.
Exemplo, o prédio da prefeitura está pequeno
para a estrutura da cidade. Não dá, foi pensada pela CHESF. A secretaria de
agricultura hoje funciona em duas, três salas. Qual é a ideia? Hoje o Parque de
Vaquejada é uma obra estrondosa, em desuso, mesmo com tanta gente apaixonada
pelo esporte, tá lá, parada. Então a secretaria de agricultura poderia ser
transferida para lá como é hoje a Secretaria de Agricultura do estado que é no
Cordeiro, parque de exposição. Teria tudo a ver, você já desafoga o
estacionamento da cidade que já está estrangulado.
Outras coisas, criar um centro de convenções
para nossa cidade, quem não queria? Um asfalto que ligue os projetos irrigados,
se bem que esse meu sexto sentido diz que sairá do papel. Quer anotar? (risos) Sai
até o ano que vem.
Outra coisa, temos DSU (Departamento de
Serviços Urbanos) que funciona até hoje ali ao lado do hospital. Lá ficam as
máquinas da prefeitura. Na época em que foi pensada a prefeitura tinha três
ambulâncias, um carro para o prefeito andar, duas caçambas e um trator. Cabia
tudo lá. Hoje com tanta coisa, vinda do governo federal, diga-se de passagem,
como ônibus e máquinas do PAC, não cabe mais. A prefeitura, inclusive, infringe
a lei quando coloca ônibus em cima dos canteiros.
É preciso coragem para fazer e ir para o
enfrentamento. Não temer desagradar ninguém. Você olha o entorno da cidade na
pista, se for verificar ali tem um cara que está lá com uma agência de carros
na frente do posto de Amadeu e, disfarçadamente, ele já está botando um contêiner
que irá servir como escritório. Isso é um absurdo. Aí a prefeitura vem dizer
que manda a ordem de tirar, mas o cara tira um dia e bota de novo no outro. E
por que não pune, não guincha? É preciso fazer o certo sem medo de enfrentar.
Na sétima e última parte da entrevista
Fabiano diz qual deve ser o perfil do próximo gestor municipal e manda um recado para a população.
PAQUITO QUERENDO SER XUXO ,AGORA RESTA SABER QUEM VAI FINANCIAR A CAMPANHA DELE CUSPINDO NO PRATO QUE COMEU ELE VAI VOLTAR A FAZER O PETROFEST ANA PATRICIA MARQUES Sangalo.
ResponderExcluiracreditam nesse trouxa que fez parte do governo de Lorival agora quer sair para ve se é contratado nas urnas logo percebi mais um candidato as próximas eleições foi lá 17 lá usou lata de goiabada como prato,até bater cabeça no goga bateu a entidade que tava incorporada disse esse politico é safado ele vai prometer não vai cumprir.
ResponderExcluirtio fabiano tu pensa alto demais como diria xuxa é bom voar nas asas da imaginação .
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