Foto enviada por morador |
A seção do blog que dedica seu espaço para leitores denunciarem o descaso em suas comunidades dessa vez cede espaço à
praça da QUADRA CINCO (5).
As últimas publicações, referentes às praças
das quadras quatro (4), oito (8) e orla
fluvial, receberam algumas tentativas de “justificativa” por parte dos
defensores de plantão. A clássica estratégia de converter vítimas em culpados:
“A prefeitura faz, os vândalos é que
destroem...!”
Mas a quem compete ampliar, reformar e criar
políticas de preservação? É correto que toda a comunidade sofra e seja forçada
a “reconhecer” que, de fato, não se tem uma praça pública atrativa porque vândalos
agem indiscriminadamente?
A covardia de tal argumento se utiliza de uma
malícia ideológica. As vítimas passam a ser responsabilizadas pelo
descaso do poder público. Quando se entrega uma estrutura e não fiscaliza ou estimula políticas de preservação, logo o abandono se converte na depredação e, consequentemente, na transferência de responsabilidade:
"FIZ! Todos estão de prova... Mas o pessoal não tem jeito. Quebram mesmo... Têm que ficar sem..."
A facilidade do argumento ganha adeptos,
muitas vezes entre os próprios moradores. Esses serão usados como a água que
lava as mãos dos Pilatos que corroem as administrações públicas.
OS MORADORES DEVEM PRESERVAR?
Incentivar a preservação a partir do
sentimento de pertencimento promove a corresponsabilidade (completamente
diferente de responsabilização) de todos. Eventos culturais pontuais (teatro,
música, cinema, palestras...) e criação de hortas orgânicas comunitárias por
praça com organização a partir de associações de bairros são apenas alguns
exemplos de como a gestão pública pode despertar o olhar e atitude de preservação para com o bem público.
Mas, como podemos ver pelas fotos enviadas
pelo leitor, que prefere não se identificar, a praça sequer tem o que preservar.
Abandonada e, muitas vezes, usadas como depósito de lixo, nessa sequer caberão as falácias de que o vandalismo a destruiu.
Vale lembrar que construir e reformar praças
públicas, tanto na zona rural quanto urbana, foi promessa de campanha do
prefeito. Das duas, por sinal, como podemos conferir nas imagens a seguir.
Até
agora nada... mas tem até dezembro de 2016 pra fazer, né?
Pois é. A praça já está assim há tanto tempo, que se ajeitarem vai até ficar estranha. É rir pra não chorar.
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