Eu li recentemente um artigo nessas redes
sociais sobre uma garota que era ameaçada pelo elemento dentro de um ônibus,
que a mesma foi “salva” por outro estranho de um possível (certo!) estupro.
À medida que lia o texto invadia uma sensação
de nojo, raiva, medo e revolta. Pois, estamos condicionadas a essas
possibilidades pelo fato de sermos mulher. São acontecimentos como esse que
resumem a simples complicada condição de ser mulher, fardada a sofrer a
violência que fomos predestinadas a suportar. O que temos com isso? Sei lá! O
caminho é longo e precisamos superar esses defeitos humanos que corroem a
sociedade e mata mulheres, para no final alcançarmos o devido e reais respeitos
de todos.
SUPERAR o preconceito de:
Escolher ser mulher, simplesmente. Não ser
necessariamente mãe, esposa, filha, só MULHER;
Expor sua sexualidade, sua sensualidade das
diversas e diferentes formas, roupas, jeitos, sorrisos ou gargalhadas, com e
sem padrões sociais;
Ser respeitada pelas suas opiniões,
condições, expressões e atitudes (des) encaixadas das exigências sócias;
São obstáculos que encontramos no dia-a-dia
em casa, trabalho, nos lugares de lazer e todos os cantos de nossa convivência.
O que nos fortalece (considero) a nossa personalidade de amazônica Afrodite na
busca de um espaço seguro e notadamente humano (HUMANA!) para nós. Uma forma
que a nossa fé na luta silenciosa ou escandalosa para desbrave a condição
social de sermos nós mesmas, sem dogmas ou paradigmas a cumprir.
Assim, quando uma mulher fora do padrão
social preestabelecido, mas dentro dos seus desejos, se expõe, deve ser por
todas nós inicialmente compreendida. Pressuposto que torna o mundo machista
menor. E nós, uma antídoto do vírus letal que trazemos em cada uma, de julgar e
condenar aquelas que fogem dos ditames do universo machista. Ditames que parecem
ser nossos, mas não É!!!
Essa simples complicada condição de ser
mulher pode ser modificada na própria a abertura nos reconhecermos com sujeito
de beleza, ser linda, independente, decidida, livre, com opinião, de amores,
prazeres, de escolher (não submissão e violência) por sermos sempre nós a mesma
em todos os momentos – MULHER!!!
Que mudemos a história de muitas garotas ao
pegaram um ônibus, pois não somos objetos sexuais de animal nenhum – em nenhum
lugar.
INÁ
DO CARMO ALMEIDA NASCIMENTO GÓIS, possui graduação em
História pela CESVAF (2003) e Direito pela FACESF (2012). Atuou como professora
de História nas redes públicas e particular de Floresta/PE. Técnica em Direitos
Humanos na GRE-Floresta (2008); Educador de Apoio na Escola Deputado Afonso
Ferraz (2009); Exerceu o cargo de Diretora de Cultura do município de Floresta
de 2009 a 2012; Coordenadora Pedagógica na Secretaria Municipal de Educação de
Floresta (2013/2014). E atualmente ocupa a função de Assessora Jurídica da
Câmara Municipal de Floresta.
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