quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A SIMPLES COMPLICADA CONDIÇÃO DE SER MULHER


Eu li recentemente um artigo nessas redes sociais sobre uma garota que era ameaçada pelo elemento dentro de um ônibus, que a mesma foi “salva” por outro estranho de um possível (certo!) estupro.
À medida que lia o texto invadia uma sensação de nojo, raiva, medo e revolta. Pois, estamos condicionadas a essas possibilidades pelo fato de sermos mulher. São acontecimentos como esse que resumem a simples complicada condição de ser mulher, fardada a sofrer a violência que fomos predestinadas a suportar. O que temos com isso? Sei lá! O caminho é longo e precisamos superar esses defeitos humanos que corroem a sociedade e mata mulheres, para no final alcançarmos o devido e reais respeitos de todos.
SUPERAR o preconceito de:

Escolher ser mulher, simplesmente. Não ser necessariamente mãe, esposa, filha, só MULHER;

Expor sua sexualidade, sua sensualidade das diversas e diferentes formas, roupas, jeitos, sorrisos ou gargalhadas, com e sem padrões sociais;

Ser respeitada pelas suas opiniões, condições, expressões e atitudes (des) encaixadas das exigências sócias;

São obstáculos que encontramos no dia-a-dia em casa, trabalho, nos lugares de lazer e todos os cantos de nossa convivência. O que nos fortalece (considero) a nossa personalidade de amazônica Afrodite na busca de um espaço seguro e notadamente humano (HUMANA!) para nós. Uma forma que a nossa fé na luta silenciosa ou escandalosa para desbrave a condição social de sermos nós mesmas, sem dogmas ou paradigmas a cumprir.
Assim, quando uma mulher fora do padrão social preestabelecido, mas dentro dos seus desejos, se expõe, deve ser por todas nós inicialmente compreendida. Pressuposto que torna o mundo machista menor. E nós, uma antídoto do vírus letal que trazemos em cada uma, de julgar e condenar aquelas que fogem dos ditames do universo machista. Ditames que parecem ser nossos, mas não É!!!
Essa simples complicada condição de ser mulher pode ser modificada na própria a abertura nos reconhecermos com sujeito de beleza, ser linda, independente, decidida, livre, com opinião, de amores, prazeres, de escolher (não submissão e violência) por sermos sempre nós a mesma em todos os momentos – MULHER!!!
Que mudemos a história de muitas garotas ao pegaram um ônibus, pois não somos objetos sexuais de animal nenhum – em nenhum lugar.

INÁ DO CARMO ALMEIDA NASCIMENTO GÓIS, possui graduação em História pela CESVAF (2003) e Direito pela FACESF (2012). Atuou como professora de História nas redes públicas e particular de Floresta/PE. Técnica em Direitos Humanos na GRE-Floresta (2008); Educador de Apoio na Escola Deputado Afonso Ferraz (2009); Exerceu o cargo de Diretora de Cultura do município de Floresta de 2009 a 2012; Coordenadora Pedagógica na Secretaria Municipal de Educação de Floresta (2013/2014). E atualmente ocupa a função de Assessora Jurídica da Câmara Municipal de Floresta.

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