Fotos: Acervo PT |
Aconteceu no último domingo (29) uma excelente
reunião para análise política do PT de Petrolândia na sede do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais (STR). Antigos e novos filiados, simpatizantes do partido,
lideranças de movimentos sociais, sindicatos e associações se fizeram presentes
para ouvir uma mesa centrada com os problemas que se passam no país e como
refletem, principalmente, nas eleições de 2016.
A mesa foi coordenada pelo professor Ronald
Torres e composta pela Professora e Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de
Petrolândia, Adriana Gomes; Agricultora
e uma das fundadoras do PT em Petrolândia, Maria
José de Sousa (conhecida como dona Dedé); Diretor nacional do Movimento dos Sem Terra, Francisco Terto; Diretor regional do
Sindicato dos Bancários, Rubens Nadiel;
Professora e idealizadora do grupo Crespas e Cacheadas, Tailane Lisboa; Presidente do Partido dos Trabalhadores no
município e sindicalista, Natan Caetano;
Presidente do STR, Zé Maurício.
O encontro teve tom de análises e chamamento
dos filiados, e que desejem se filiar, para compreensão do que está posto na
mídia cotidianamente: crise, corrupção, conquistas sociais, e como se refletem
nas eleições municipais de 2016.
CRISE
Rubens
Nadiel destacou o que chama de “crise especulativa”: “Há
uma crise econômica puxada pela crise política e é essa que devemos combater
para a recuperação da economia... Falam em impeachment de Dilma. Eles não
querem o impeachment, para eles nada melhor do que aí está, sangrá-la todos os
dias para desestabilizar a candidatura de Lula em 2017. E como superar isso?
Temos uma linda história de formação do PT, do MST... O estatuto do PT é
perfeito e lindo, mas é preciso ser apresentado ao povo. Ser contado com essa
paixão de luta. Juntos somos invencíveis.”
Francisco
Terto destaca que a crise é imposta para gerar desconforto,
incertezas e, fatalmente, abrir cenário para o que chama de ‘playboys’ que não
entendem das demandas do povo:
“A máquina pública nunca foi rodada como
está sendo rodada hoje, pela inclusão. A burguesia sempre vê o estado como deles. O que Aécio Neves entende de
povo? O que Eduardo Cunha entende de povo? Esses caras representam a burguesia,
o retrocesso do país e eles triunfarem em seus objetivos significa que nós,
povo, iremos perder. Para 2016 nós temos que ser multiplicadores desse debate e
se quisermos construir um projeto político para Petrolândia já em 2016 temos
que fazer esse esforço dobrado.”
MOVIMENTOS
SOCIAIS
Tailane
Lisboa apresentou a premissa do grupo de afirmação feminista
negra: “É preciso lutar constantemente para se reconhecer mulher e negra em
tempos de conservadorismo. Querem nos impor padrões, comportamentos, moda e,
aos poucos, matar o que somos em essência... Nosso grupo surgiu para levantar
esse debate e promover o empoderamento político da mulher negra. A luta é
longa, árdua, mas estamos aqui com vocês para traçar esses passos.”
O Movimento dos Sem Terra, representações
indígenas e sindicatos firmaram apoio ao novo movimento e garantem que irão
manter laços estreitos por meio de encontros e eventos.
HISTÓRICO
DO PARTIDO E PARA ONDE CAMINHAR
A senhora Maria José de Sousa, mais conhecida como dona Dedé, deixou seu
recado: “...Que os bandidos sejam presos, mas não venham nos colocar na mesma
laia. Esse partido é formado por homens e mulheres honestos e trabalhadores e
sempre irei reafirmar meu orgulho de ser petista.”
Adriana
Gomes aproveitou o ensejo para fazer um destaque complementar:
“Hoje
há uma tentativa de nos envergonhar por sermos petistas, de tentar nos fazer
baixar a cabeça envergonhados, mas olhem para esse grupo e saibam que nosso
município inteiro nos olham e, por maior que seja a crise da sigla em nível
nacional pelo que é posto na mídia todos os dias, saibam que somos honrados e
não temos motivo para nos envergonhar e, sim, de ter orgulho. As pessoas podem
até ter raiva ou desconfiança da sigla, mas não têm de nosso caráter, de nossa
índole. Vão às ruas e perguntem por mim, Natan, seu Zé, Daniel, Mônica, dona Dedé... e saberão
o que o povo pensa de nós.”
Zé
Maurício destacou a história do partido e do sindicato no
município provocando a discussão acerca da necessidade da construção de um nome
que verdadeiramente represente os anseios do trabalhador nas eleições 2016.
Natan
Caetano reconheceu erros e acertos do partido no município desde
sua fundação até os dias de hoje fazendo questão de apontar para o futuro: “Costumo
dizer que essa gestão não tem um presidente a ditar regras e caminhos, mas que
ouve e busca proporcionar possibilidades de se fazer ouvir a todos e todas
filiados e filiadas. Estamos caminhando para a confirmação da necessidade que
seu Zé apontou, a de que precisamos pensar em um nome que de fato represente
nosso projeto para Petrolândia, que é uma cidade rica, mas com poucas
oportunidades. Estamos trabalhando muito para a construção da candidatura
própria do PT aqui, mas não faremos nada sem ouvir vocês, filiados. Novos
encontros virão e essa gestão irá respeitar o que vocês, na convenção, vierem a
decidir. Não estamos para barganhar ou alugar o partido como outros fizeram,
sequer para trocar um projeto por uma secretaria, como já vieram nos oferecer.
Estamos aqui para construir junto com vocês e decidir, de acordo com o resultado
de uma análise em conjunto, do que será melhor para Petrolândia nas eleições do
ano que vem.”
A reunião encerrou com um almoço de
confraternização e com a promessa de novos encontros e formações para análises
de conjuntura. O Partido dos Trabalhadores em Petrolândia segue com a intenção
de candidatura própria, mas optando por não indicar nomes ainda para evitar
desgaste. Questionado sobre a possibilidade de coligação com outros partidos e
candidatos Natan deixou claro em suas falas que o partido não irá ceder seu
apoio em troca de favores ou cargos e uma futura coalizão só seria selada se,
garantida a possibilidade de governar junto por um projeto político social, os
filiados decidissem em convenção.
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