quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ENCONTRO MUNICIPAL DO PT EM PETROLÂNDIA

Fotos: Acervo PT

Aconteceu no último domingo (29) uma excelente reunião para análise política do PT de Petrolândia na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR). Antigos e novos filiados, simpatizantes do partido, lideranças de movimentos sociais, sindicatos e associações se fizeram presentes para ouvir uma mesa centrada com os problemas que se passam no país e como refletem, principalmente, nas eleições de 2016.
A mesa foi coordenada pelo professor Ronald Torres e composta pela Professora e Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolândia, Adriana Gomes; Agricultora e uma das fundadoras do PT em Petrolândia, Maria José de Sousa (conhecida como dona Dedé); Diretor nacional do Movimento dos Sem Terra, Francisco Terto; Diretor regional do Sindicato dos Bancários, Rubens Nadiel; Professora e idealizadora do grupo Crespas e Cacheadas, Tailane Lisboa; Presidente do Partido dos Trabalhadores no município e sindicalista, Natan Caetano; Presidente do STR, Zé Maurício.
O encontro teve tom de análises e chamamento dos filiados, e que desejem se filiar, para compreensão do que está posto na mídia cotidianamente: crise, corrupção, conquistas sociais, e como se refletem nas eleições municipais de 2016.

CRISE

Rubens Nadiel destacou o que chama de “crise especulativa”: “Há uma crise econômica puxada pela crise política e é essa que devemos combater para a recuperação da economia... Falam em impeachment de Dilma. Eles não querem o impeachment, para eles nada melhor do que aí está, sangrá-la todos os dias para desestabilizar a candidatura de Lula em 2017. E como superar isso? Temos uma linda história de formação do PT, do MST... O estatuto do PT é perfeito e lindo, mas é preciso ser apresentado ao povo. Ser contado com essa paixão de luta. Juntos somos invencíveis.”
Francisco Terto destaca que a crise é imposta para gerar desconforto, incertezas e, fatalmente, abrir cenário para o que chama de ‘playboys’ que não entendem das demandas do povo: 
“A máquina pública nunca foi rodada como está sendo rodada hoje, pela inclusão. A burguesia sempre vê o estado  como deles. O que Aécio Neves entende de povo? O que Eduardo Cunha entende de povo? Esses caras representam a burguesia, o retrocesso do país e eles triunfarem em seus objetivos significa que nós, povo, iremos perder. Para 2016 nós temos que ser multiplicadores desse debate e se quisermos construir um projeto político para Petrolândia já em 2016 temos que fazer esse esforço dobrado.”


MOVIMENTOS SOCIAIS

Tailane Lisboa apresentou a premissa do grupo de afirmação feminista negra: “É preciso lutar constantemente para se reconhecer mulher e negra em tempos de conservadorismo. Querem nos impor padrões, comportamentos, moda e, aos poucos, matar o que somos em essência... Nosso grupo surgiu para levantar esse debate e promover o empoderamento político da mulher negra. A luta é longa, árdua, mas estamos aqui com vocês para traçar esses passos.”
O Movimento dos Sem Terra, representações indígenas e sindicatos firmaram apoio ao novo movimento e garantem que irão manter laços estreitos por meio de encontros e eventos.  

HISTÓRICO DO PARTIDO E PARA ONDE CAMINHAR

A senhora Maria José de Sousa, mais conhecida como dona Dedé, deixou seu recado: “...Que os bandidos sejam presos, mas não venham nos colocar na mesma laia. Esse partido é formado por homens e mulheres honestos e trabalhadores e sempre irei reafirmar meu orgulho de ser petista.”
Adriana Gomes aproveitou o ensejo para fazer um destaque complementar: “Hoje há uma tentativa de nos envergonhar por sermos petistas, de tentar nos fazer baixar a cabeça envergonhados, mas olhem para esse grupo e saibam que nosso município inteiro nos olham e, por maior que seja a crise da sigla em nível nacional pelo que é posto na mídia todos os dias, saibam que somos honrados e não temos motivo para nos envergonhar e, sim, de ter orgulho. As pessoas podem até ter raiva ou desconfiança da sigla, mas não têm de nosso caráter, de nossa índole. Vão às ruas e perguntem por mim, Natan, seu Zé, Daniel, Mônica, dona Dedé... e saberão o que o povo pensa de nós.”
Zé Maurício destacou a história do partido e do sindicato no município provocando a discussão acerca da necessidade da construção de um nome que verdadeiramente represente os anseios do trabalhador nas eleições 2016.
Natan Caetano reconheceu erros e acertos do partido no município desde sua fundação até os dias de hoje fazendo questão de apontar para o futuro: “Costumo dizer que essa gestão não tem um presidente a ditar regras e caminhos, mas que ouve e busca proporcionar possibilidades de se fazer ouvir a todos e todas filiados e filiadas. Estamos caminhando para a confirmação da necessidade que seu Zé apontou, a de que precisamos pensar em um nome que de fato represente nosso projeto para Petrolândia, que é uma cidade rica, mas com poucas oportunidades. Estamos trabalhando muito para a construção da candidatura própria do PT aqui, mas não faremos nada sem ouvir vocês, filiados. Novos encontros virão e essa gestão irá respeitar o que vocês, na convenção, vierem a decidir. Não estamos para barganhar ou alugar o partido como outros fizeram, sequer para trocar um projeto por uma secretaria, como já vieram nos oferecer. Estamos aqui para construir junto com vocês e decidir, de acordo com o resultado de uma análise em conjunto, do que será melhor para Petrolândia nas eleições do ano que vem.”
A reunião encerrou com um almoço de confraternização e com a promessa de novos encontros e formações para análises de conjuntura. O Partido dos Trabalhadores em Petrolândia segue com a intenção de candidatura própria, mas optando por não indicar nomes ainda para evitar desgaste. Questionado sobre a possibilidade de coligação com outros partidos e candidatos Natan deixou claro em suas falas que o partido não irá ceder seu apoio em troca de favores ou cargos e uma futura coalizão só seria selada se, garantida a possibilidade de governar junto por um projeto político social, os filiados decidissem em convenção. 


















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