segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

ESPORTES: O QUE PETROLÂNDIA PERDEU E O QUE PODE GANHAR

Imagem: Daniel Filho

Dando continuidade à série de reportagens de cobertura do encontro municipal entre PT, PSOL, MST entre outros movimentos sociais que culminou em anunciar uma candidatura popular própria ao pleito municipal de 2016.
O encontro, além de anunciar o objetivo, comunicou a formação espontânea de comissões, por áreas sociais, responsáveis por materializar o plano de governo a ser defendido nos futuros debates. A base desse documento final deverá conter as demandas das últimas conferências municipais, somada a elaboração de sugestões, planos, projetos de novas percepções necessárias ao desenvolvimento social pleno de nosso município.
A primeira matéria versou sobre educação (link da matéria ao final). Na segunda parte o tema será ESPORTES: Futebol, Futsal, Basquete, Skate, Handebol... A partir das observações de George Novaes, presidente da ONG ambiental ARBIO (Associação de Reciclagem Biológica) sobre o tema, podemos observar as grandes perdas nos últimos anos no setor, o reflexo dessas perdas e como podemos (devemos) avançar.

PERDAS NO ESPORTE DE PETROLÂNDIA

Em sua fala, George fez um retrospecto do potencial esportivo de nossa cidade que foi perdido:
“Há muito pouco tempo tínhamos equipes de basquetebol, voleibol, vôlei de areia, entre outras modalidades. Participávamos do JOCIPE (jogos comunitários do interior de Pernambuco) em todas as modalidades, tanto no masculino quanto no feminino, hoje estamos vivenciando um total abandono. A única modalidade com oportunidade são o futsal, que participa da Copa TV Asa Branca e JOCIPE, e o handebol petrolandense.
Chegamos a ter seis equipes de basquetebol na cidade e que, por não ter quadras adequadas, está resumido a alunos de duas escolas que treinam com tabelas tortas, fora do padrão e sem iluminação. Como praticar um esporte sem local adequado? Como manter o basquete sem quadras?
Sobre o futebol de campo é inadmissível o que aconteceu com o clube Grêmio Petrolândia que participava do Campeonato Pernambucano, chegando até a participar da Série A, hoje não existir. É preciso caminhar para o retorno desse time para dar oportunidade profissional para atletas da região, estamos desperdiçando nossos talentos ferindo o princípio da continuidade. O esporte em nada é aproveitado por falta de planejamento”.

FATOR SOCIAL DOS ESPORTES



A atividade física é importante em todas as fases da vida por contribuir na aquisição de hábitos saudáveis e na formação de valores éticos. O esporte poderia ser o melhor instrumento para combater o crescimento do uso de substâncias toxicas em nossa cidade, consequentemente, reduzindo consideravelmente os índices de violência que vêm atormentando nossa população. 

Inglisson Cleandro. Hoje estudante universitário, expõe
como o esporte mudou sua vida

Qual criança/adolescente substituiria uma possibilidade real de evolução física, psíquica, posteriormente até econômica, através de uma prática esportiva bem auxiliada pela vida marginal oferecida pelo tráfico e furtos?
Instrumento, ainda, contra os alarmantes índices de depressão e suicídio na cidade a acometer jovens, adultos e idosos.  

PROGRAMA PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESPORTE EM PETROLÂNDIA

George Novaes, responsável por organizar essas demandas, além de meio ambiente e mobilidade urbana, já conseguiu identificar algumas demandas e a forma como alcança-las através de editais (recursos federais, estaduais e privados, somados a recursos do município):

Construção de estádio de futebol no Icó-mandantes e um Centro Esportivo através de uma parceria público privada com ginásio multiuso e área para atletismo de alto padrão;

Estimulo a iniciação esportiva nas escolas municipais, estaduais e privadas;

Ampliar o incentivo e patrocínio de atletas petrolandenses articulação com o governo federal;

Desenvolvimento de parcerias com empresas, clubes e organizações como o SESI e SESC e promover uma equipe multidisciplinar de profissionais do esporte;

Fomentar o trabalho articulado entre instituições de ensino, clubes e associações formadoras;

Incentivo fiscal vinculado a programa de identificação, aperfeiçoamento e apoio a novos talentos do esporte;

Desenvolvimento do esporte de rendimento através da formação de equipes desportivas no município. Dando incentivos a professores e técnicos esportivos. Atletas e técnicos de bom desempenho entrarão nos programas de incentivo já existente (Lei de Incentivo ao Esporte);

Construir pistas de Skate adequadas, assim como incentivo para implantação de circuitos e competições (amadoras e profissionais) em suas mais variadas modalidades: Freestyle, Down Hill, Vertical...;

Campos de futebol, quadras poliesportivas e de outros esportes em todas as regiões;

Melhorar as condições de prática de esporte nos parques, praças e academias ao ar livre, em parceria com instituições de ensino;

Juntamente com o Plano Municipal de Mobilidade Urbana incentivar e desenvolver infraestrutura para os ciclistas;

Promover a inclusão social e integração através do esporte, e contribuir para despertar nas pessoas o espírito esportivo;

Formar equipe de futsal profissional e retornar com o futebol aos ditames regionais e estaduais;

Debate para elaborar Plano Municipal do Esporte e Lazer;

Potencializar e gerar legados para os petrolandenses e para cidade em decorrência da realização das competições municipais. Legados nas áreas: social, de infraestrutura e institucional;

Compromisso com a publicação e transparência dos recursos que serão investidos.

Assim como sugere a proposta desse movimento popular que se inicia, os leitores podem enviar sugestões a acrescentar nessa e outras áreas sociais para a materialização do plano de governo a ser defendido na próxima eleição.
O primeiro tema debatido foi EDUCAÇÃO e você pode ler ou reler clicando no link abaixo:


2 comentários:

  1. De fato, inúmeras possibilidades de se melhorar e incentivar a prática esportiva na cidade, como as já mencionadas no texto, dentre elas muitas são fáceis de se conseguir, diga-se de passagem. Chega a ser triste esse abandono. Eu, como ex-aluno do Colégio Jatobá, presenciei inúmeros jogos com times formados pelos estudantes do colégio que formaram times de handebol e vôlei MUITO BONS! Fora os times do colégio Erem, que também formavam um excelente time de Handebol. Os caras eram bons MESMO! Prova disso foram os inúmeros jogos regionais que eles viviam vencendo e só perdiam para os alunos de cidades que (adivinha?) tinham condições estruturais físicas e investimentos infinitamente melhores que os nossos. Se já tínhamos times excelentes sem uma adequada estrutura física e monetária por trás deles, imaginem tendo! Resta cobrar e torcer pra que, quem esteja gerindo atualmente abra os olhos e invista mais nesse quesito que, como já foi discutido e afirmado, chega até a mudar para melhor a vida de muita gente, incluindo o fato de evitar que mais pessoas procurem por drogas ou violência. E que os gestores que estejam por vir, sejam quais forem, também enxerguem isso.

    Enfim, mais um texto muito bom!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo com você caro amigo George quando fala na urgência de investimentos no esporte de Petrolândia! As formações de bases de todos os esportes são alicerçados nas escolas...é lá onde esses recursos poderiam ser de fato contemplados! além de incentivo a participação de nossas equipes em diferentes eventos. Apoio plenamente esse novo olhar para o esporte!

      Excluir