segunda-feira, 25 de abril de 2016

VOZ DE MÃE

Imagem: Divulgação

O tema educação especial e inclusão escolar são constantes em nosso blog, mas, dessa vez, a temática será abordada na forma de denúncia. Lilianny Alves da Silva, 32, denuncia o descaso com seu filho, 4, especial, estudante da Escola Municipal Maria de Lourdes.
O garoto não deseja mais voltar à escola depois do acidente sofrido em sala de aula.
Lilianny, em entrevista, nos relata o que houve:

“Meu filho tem 4 anos de idade, há dois estuda na Escola Maria de Lourdes. No dia 14 de Abril ligaram pra mim pedindo que eu fosse com urgência à escola. Ao chegar lá me deparo com meu filho nos braços da professora que colocava gelo na cabeça dele.
A diretora olha pra mim e diz que foi a janela que se soltou na cabeça dele.
A escola disse que há dias havia solicitado via ofício à Secretaria de Educação o conserto da janela, mas que nunca obtiveram resposta. Há outras na mesma situação oferecendo o mesmo risco.
Levei meu filho ao hospital e, em Recife, fez a tomografia. O neurocirurgião disse que, por pouco, não houve danos. Hoje vejo como maior consequência desse acidente o trauma que ele adquiriu. Associa a escola a algo que possa lhe causar sofrimento, grita e chora se perguntamos se ele quer ir para a escola, dorme mal, voltou a usar fraldas... É uma criança estressada que mudou totalmente sua rotina.
A escola tem que saber sua obrigação, rever seus conceitos em relação à inclusão, trabalhar para o retorno do meu filho ser o mais breve possível, pois um ano sem ele na escola é um ano de retrocesso pra gente. Mas, infelizmente, a escola não parece se preocupar.
No dia do acidente não me deram apoio, depois muito menos. Parecem querer abafar o caso. Continuam sua rotina como se nada tivesse acontecido.”

Esse é o modelo de janela que
atingiu a criança. 


O nosso Blog entrou em contato com a gestora da escola através do telefone, mas ela não deu sua versão dos fatos. A mãe informa que hoje recebeu a visita e apoio do Conselho Tutelar do município que prometeu denunciar o ocorrido ao Ministério Público, além de buscar um psicólogo para o garoto.
A mãe, mesmo temendo represálias, afirma que optou por denunciar a omissão da gestão para evitar que outras mães e crianças sofram o mesmo que sua família vem sofrendo.




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