sábado, 22 de outubro de 2016

DENÚNCIA – PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA BARRADA

Imagens: Daniel Filho

Segundo informações enviadas pelos presidentes das associações dos assentamentos Abreu e Lima e Januário Moreira, centenas de famílias do município de Petrolândia e Tacaratu (PE), no Sertão de Itaparica, não conseguem mais esconder a frustração com a Associação de Cooperação Agrícola do Nordeste (ACANOR). O problema é que a entidade organizadora teria somente a função de auxiliar e organizar na parte burocrática relacionada ao programa Minha Casa, Minha Vida, mas depois de um ano de muitas idas dos presidentes das associações à Caixa Econômica Federal para aprovação dos projetos de engenharia/social e cadastros dos agricultores os assentados tiveram a surpresa.

“Os responsáveis da entidade organizadora (ACANOR), representados pelas pessoas de Davi Vicente Araújo e Cherla Michele De Lima, realizaram reuniões para informar aos beneficiários que o recurso dos projetos contratados Abreu e lima I e II, Januário Moreira I e II, iriam ter as regras ditadas por eles e que se o construtor não for da indicação deles não haveria obra. Ameaçaram ainda dizer aos agricultores que a culpa será dos presidentes caso as obras não tenham início.”

Segundo Adelmo, os representantes da entidade organizadora chegaram a trazer um construtor ligado a funcionários da Caixa Econômica Federal, mas, ao longo deste ano, os agricultores já tinham visitado diversas obras e, em forma de assembleia, definiram a empresa que consideraram melhor.
“Já visitaram onde serão realizadas as obras, fizeram amostragem dos materiais a serem utilizados nas casas e têm fundo em caixa para isso. Mas nos perguntamos: será que sofreremos o mesmo caso do P.A. Miguel Arraes em Petrolândia que com ação de oportunistas acabaram com o sonho de centenas de famílias?
O governo federal havia liberado 92 casas para o Januário Moreira no valor de R$ 2.898,00 milhões e 157 casas para o Abreu e Lima no valor de R$4.945,00milhões – via Caixa Econômica Federal do programa Minha casa minha vida Rural (PNHR) – para que as famílias iniciassem uma nova vida mais digna e tirassem o seu sustento da terra.
Sete anos atrás passamos por uma situação idêntica: fizemos a primeira tentativa para fazer nossas casas deu tudo certo, mas na hora de começar chegaram os ‘urubus’ querendo comissão de nossas casas. Resolvemos não dar e devemos o recurso para o governo. Hoje, mais uma vez, acontece o mesmo, mas desta vez vamos até o fim e se vir bandido vamos botar na cadeia (...) e já sei que em Petrolândia tem gente pegando assinatura dos agricultores mentindo para ajudar a fazer a falcatrua.
Enquanto tudo isso vem acontecendo, as famílias estão em situação de calamidade, pois algumas sequer possuem casa para morar, vivendo de aluguel ou de favor e sem condições de sobrevivência, perdendo a identidade de agricultor.”


O Blog reserva espaço para a assessoria da ACANOR apresentar esclarecimentos.


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