Imagens: Daniel Filho |
Segundo informações enviadas pelos
presidentes das associações dos assentamentos Abreu e Lima e Januário
Moreira, centenas de famílias do município de Petrolândia e Tacaratu (PE), no Sertão de Itaparica, não
conseguem mais esconder a frustração com a Associação de Cooperação Agrícola do
Nordeste (ACANOR). O problema é que
a entidade organizadora teria somente a função de auxiliar e organizar na parte
burocrática relacionada ao programa Minha Casa, Minha Vida, mas depois de um
ano de muitas idas dos presidentes das associações à Caixa Econômica Federal
para aprovação dos projetos de engenharia/social e cadastros dos agricultores
os assentados tiveram a surpresa.
“Os
responsáveis da entidade organizadora (ACANOR), representados pelas pessoas de Davi
Vicente Araújo e Cherla Michele De
Lima, realizaram reuniões para informar
aos beneficiários que o recurso dos projetos contratados Abreu e lima I e II, Januário Moreira I e II, iriam ter as regras ditadas por eles e
que se o construtor não for da indicação deles não haveria obra. Ameaçaram
ainda dizer aos agricultores que a culpa será dos presidentes caso as obras não
tenham início.”
Segundo Adelmo, os representantes da entidade
organizadora chegaram a trazer um construtor ligado a funcionários da Caixa
Econômica Federal, mas, ao longo deste ano, os agricultores já tinham visitado
diversas obras e, em forma de assembleia, definiram a empresa que consideraram
melhor.
“Já visitaram onde serão realizadas as obras,
fizeram amostragem dos materiais a serem utilizados nas casas e têm fundo em
caixa para isso. Mas nos perguntamos: será que sofreremos o mesmo caso do P.A. Miguel Arraes em Petrolândia que com ação de oportunistas acabaram com o sonho de
centenas de famílias?
O governo federal havia liberado 92
casas para o Januário
Moreira no valor de R$ 2.898,00
milhões e 157 casas para o Abreu e Lima
no valor de R$4.945,00milhões – via
Caixa Econômica Federal do programa Minha casa minha vida Rural (PNHR) – para que as famílias iniciassem uma
nova vida mais digna e tirassem o seu sustento da terra.
Sete
anos atrás passamos por uma situação idêntica: fizemos a primeira tentativa
para fazer nossas casas deu tudo certo, mas na hora de começar chegaram os ‘urubus’
querendo comissão de nossas casas. Resolvemos não dar e devemos o recurso para
o governo. Hoje, mais uma vez, acontece o mesmo, mas desta vez vamos até o fim
e se vir bandido vamos botar na cadeia (...) e já sei que em Petrolândia tem
gente pegando assinatura dos agricultores mentindo para ajudar a fazer a falcatrua.
Enquanto
tudo isso vem acontecendo, as famílias estão em situação de calamidade, pois
algumas sequer possuem casa para morar, vivendo de aluguel ou de favor e sem
condições de sobrevivência, perdendo a identidade de agricultor.”
O Blog reserva espaço para a assessoria da ACANOR apresentar esclarecimentos.
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