Imagens: divulgação |
O centro Beethoven deveria mudar de nome.
Justa homenagem seria ter as iniciais de importantes e fortes mulheres que
dedicaram suas vidas não apenas para esse instituto de atendimento a crianças e
jovens com necessidades especiais como pela temática em geral: Áurea Menezes, Marlene Ferraz e Lúcia
Barros, poderiam formar o nome do espaço. Exemplos de mulheres que tiveram suas atividades e militâncias
interrompidas precocemente, em um curto espaço de tempo, por fatalidades.
No entanto ainda é pouco às suas memórias.
Seus nomes deveriam dar nome ao instituto para sempre lembrar que o atendimento
educacional especializado para o cidadão com deficiência requer sensibilidade
por parte da gestão municipal. É preciso forte investimento em estrutura e informática
adaptadas com formação continuada, assim como garantir o pleno funcionamento das
salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas escolas municipais e estaduais.
Atualmente o centro carece de investimentos e
tem futuro incerto (como
já denunciamos aqui mesmo no Blog, reveja em link ao fim da matéria).
Para além das necessidades educativas
especiais há a necessidade de uma cidade verdadeiramente inclusiva às pessoas
com deficiência.
Aos surdos e cegos é negado o direito de
participação política, seja na câmara de vereadores ou em audiências/conferências
do executivo. Prefeitura e Câmara de Vereadores simplesmente não contam com a
contratação dos serviços de intérpretes em Libras e publicações em Braile.
O não aproveitamento desses e dessas intérpretes
em libras dificultam, ainda, o acesso a serviços públicos básicos: de uma
simples consulta médica a uma prestação de queixa na delegacia, a população
surda de nosso munícipio passa a depender do favor de amigos e familiares em
vez de políticas públicas previstas na lei nº
10.436 de 24 de Abril de 2002 regulamentado
pelo decreto 5.626 de 22 de dezembro de
2005.
Existem profissionais excelentes na cidade, a
maioria formada pelo Centro de Formação Profissional Luiza (CEFORPROL), deixado por Lúcia Barros e
não há justificativa cabível pela não inserção de suas atividades nas
repartições públicas do município.
Soma-se a essas problemáticas mais urgentes e
de relativa facilidade de resolução, outra um pouco mais complexa, mas de
importância (e atraso) igual: a discussão e construção do plano municipal de
mobilidade e acessibilidade urbana.
Petrolândia tem uma bela história com o tema
“inclusão”, bem mais pelo papel de resistência e busca de mulheres fortes, do
que, propriamente de políticas públicas permanentes do município. Chegou a hora
de reverter essa “lógica” e honrar o legado deixado.
Áurea
Menezes, Marlene Ferraz,
Lúcia Barros...
PRESENTES!
Matéria relacionada:
Nenhum comentário:
Postar um comentário