Imagens: Daniel Filho |
O novo presidente da Câmara de Vereadores, Delano Santos, conduziu os primeiros
trabalhos da casa. Mais indicações e propostas de novas audiências públicas
para a tão esperada resolução dos problemas de abastecimento de água para o
Bairro Nova Esperança, assentamentos e comunidades deram o tom da primeira
reunião ordinária da parcialmente renovada casa.
Estranhamente levada para um péssimo horário,
10h00min horas da manhã, impróprio para os cidadãos trabalhadores participarem,
em um local impróprio, a sala de reuniões em vez da própria plenária, questionamos
as mudanças.
O vereador reeleito, Eudes Fonseca, explicou que a maioria optou pelo horário, pois irão
participar, logo mais à noite, da novena em Tacaratu. A sala de reuniões teria
sido escolhida, segundo o vereador, porque não esperavam um número tão grande
de participantes.
O vereador Antônio Pereira, Toinho,
apresentou indicações referentes ao abastecimento de água no Bairro Nova
Esperança, além de comentar a necessidade de se discutir e cobrar do governo do
estado ou ministério público a separação territorial de Tacaratu para passar a
pertencer a Petrolândia. Questionado, o vereador não respondeu de forma clara
como seria possível essa intervenção a partir do legislativo. Todas as suas
indicações foram elogiadas pelos colegas parlamentares.
Moradores do Bairro Nova Esperança e
comunidades que sofrem com a falta de água estiveram presentes na reunião e
mostraram empenho em fiscalizar, através de associação, o abastecimento de água
potável nas casas através de carros pipas enquanto a obra de abastecimento não
é concluída.
Prometida em campanha para seu término ainda
nesse primeiro semestre, provavelmente não seja sequer concluída esse ano:
“(...)
Já achei difícil compreender como que essas obras puderam ser iniciadas em
período eleitoral sem licença ambiental (...) agora há a liberação, mas sem
previsão de quando se iniciam as obras. Supondo que o trabalho recomeçasse
amanhã, a obra levaria pelo menos um ano ainda para ser concluída. Não é uma
obra fácil, mas creio que, independente de quem queira se apresentar como ‘pai’,
‘mãe’, ‘primo’ da obra, independente de quem fique com os louros de sua
conclusão, creio que nosso papel como vereadores é lutar e cobrar das
lideranças políticas que tiveram votos aqui na cidade: Rodrigo Novaes, Fernando
Filho(...)além do apoio e fiscalização da própria comunidade organizada através
de associações.” pontuou o vereador Evaldo Nascimento que afirmou, ainda, que na próxima reunião
apresentaria indicações que, segundo ele, precisam ser debatidas e apresentadas
coletivamente.
O vereador José Luiz dos Santos, Zé
Pezão, lembrou que os recursos financeiros destinados aos carros pipas,
acima de R$500 mil reais, deverão garantir abastecimento por um ano, mas que se
faz necessário fiscalizar, pois na última gestão houve irregularidades como “pipeiros”
que recebiam para levar uma carga, mas acabavam por levar menos... Outros
sequer iam trabalhar, segundo o vereador.
O vereador Sílvio Rogério pediu um aparte à fala para reafirmar que tais
problemáticas existiram, mas que o atual prefeito, Ricardo Rodolfo, iria resolver
fazendo um rastreamento, via GPS, de todos os caminhões contratados para saber
exatamente o percurso e dias feitos por todos.
O vereador Joilton Pereira se mostrou revoltado com aquelas afirmações dos
colegas:
“(...)Se
fomos eleitos pelo povo para representar o povo, acredito que seria obrigação
dos senhores denunciar esses tipos de conduta se os senhores sabiam(...).Eu, se
souber de qualquer irregularidade, como vereador, vou denunciar.”
O vereador Lourival Joaquim, Louro do
vidro, acrescentou aos problemas citados acerca do abastecimento de água,
problemas com a iluminação pública, trânsito e calçadas:
“(...)Na
campanha pude ver a dificuldade do povo. Muitos pagando taxa de iluminação sem
ter nenhuma luz no poste. A gente precisa discutir isso(...) afinal, a taxa de
iluminação de algumas áreas das agrovilas vem para Petrolândia ou Tacaratu? Ainda
na campanha disse a Gerson que, se ele fosse eleito lá em Tacaratu e eu aqui,
teríamos que resolver esse problema. Ganhamos e vou cobrar. Eu me comprometo de
trazer essa resposta(...). Sobre o trânsito precisamos discutir também, aquela
avenida da SuperMais (conveniência localizada na Avenida Auspício Valgueiro,
grifo nosso), dia de sábado, por exemplo, é terrível... Por que não pensarmos
um estacionamento ali naquele terreno da Celpe? Também pensar em mais
sinalização(...)outro problema são as calçadas. Em muitos
trechos o comércio ocupa a calçada atrapalhando a passagem do pedestre(...)”
concluiu reafirmando seu sentimento de trabalhar para o povo e confiar na união
de todos os vereadores para esse mesmo propósito, independente de partido ou
base.
A primeira sensação sobre a câmara
parcialmente renovada, segundo participantes, dividiu opiniões. Para alguns
haverá melhora, para outros será mais do mesmo. E, nesses primeiros vinte e
cinco dias de mandato, tanto do executivo quanto do legislativo, coube apenas
repetir o mantra TEMPO pedido à uma grande parcela da população que se mostra
cansada de tanto esperar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário