Foto: Daniel Filho |
A partir de amanhã (12) acontece, em Brasília, o 33°
Congresso Nacional da CNTE com o tema: “Paulo Freire: Educação Pública,
Democracia e Resistência”. Hoje (11),
na programação pré-congresso, foi promovido um Seminário
Internacional com a presença de representantes de diversos países, como
Argentina, Paraguai, Uruguai, Portugal, Angola, Suécia, Estados Unidos, Japão,
Alemanha, Noruega, Haiti e Canadá, ao todo 18 países e 36 delegados
internacionais, além do movimento social brasileiro.
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As organizações convidadas exibiram trabalhos
relacionados aos desafios educacionais de seus países, projetos dos movimentos
sindicais envolvidos com o tema e ainda apresentaram um panorama geral do
assunto em suas regiões.
As mesas de trabalho e análises de conjuntura
apontaram para a onda ultra conservadora que se apropria do discurso da
corrupção e falso moralismo para passar a ideia de que seu modelo de governança
é superior ao de governos populares:
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“Nosso modelo político está esgotado, o
problema é que a esquerda não está conseguindo apontar uma alternativa o que,
consequentemente, conduz o senso comum à direita”,
declarou Antônio Lisboa, secretário
de relações internacionais da CUT e secretário de finanças da CNTE.
Hugo
Yasky, presidente da internacional da educação para a América
Latina (IEAL) e presidente da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA),
declarou:
“Quem fala na derrocada do socialismo e
êxito capitalista deveria poder responder e justificar as constantes crises
pelas quais passa o sistema constantemente.”
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Os trabalhos do seminário se dividiram por
mesas. A primeira, latino-americana, sob o tema “Desafios Educacionais e
Políticos nos Países da América Latina”, ilustraram que a atual
conjuntura brasileira em muito se assemelha a de nossos países vizinhos.
“O Uruguai e todas as nossas conquistas
sociais estão correndo perigo, seríamos cegos se não enxergássemos o perigo
(...)O corporativismo está espalhando ideias neoliberais em nossos países
vizinhos e tudo o que faz os movimentos sindicais e sociais correm sérios
riscos”, declarou Elbia Pereira, da FUM-TEP, do Uruguai. Encerra: “Não
queremos escolas de pobres para pobres, devemos todos lutar por uma escola onde
todos se sintam filhos e filhas de trabalhadores”.
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“Nossa sociedade também está
profundamente polarizada, assim como nosso movimento sindical”,
destacou Israel Montano Osorio de El Salvador. Elias Muñoz,
COLPROSUMAH, de Honduras, avalia que o golpe de estado sofrido em seu país acabou
por influenciar o golpe do Brasil e em todos os demais países latino-americanos
que conquistam, pela democracia, um projeto de governo popular.
“Fora, Temer, Fora, Macri!”,
bradou ao fim de sua fala, Sonia Alesso,
CTERA, Argentina, contra todas as formas de governos neoliberais que articulam
e favorecem interesses econômicos internacionais em detrimento de seus povos.
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Participaram da mesa ainda: José Gervasio Oliveira, FENAPES –
Uruguai; Domiciano Alvarenga Hermosilla,
UNE – SN, Paraguai; Juan Gabriel
Espinola, OTEP-A, Paraguai e Combertty
Rodriguez, IEAL.
A próxima mesa, composta pelas trabalhadoras
e trabalhadores da África, debaterá o tema: “Desafios Educacionais e
Políticos nos Países da África”.
O Blog
Gota D’Água cobre o evento com o delegado eleito pelo SINTEPE, Daniel
Filho, como correspondente.
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