Hoje (22)
a reunião ordinária da Câmara de Vereadores teve um cenário inusitado com presença da Polícia Militar. Com
bocas fechadas por fitas adesivas e cartazes nas mãos com dizeres: “A CASA É DO POVO, MAS O POVO NÃO TEM VOZ!”,
Said Sousa, candidato a vereador na
última eleição, e amigos protestaram pacificamente contra o veto da câmara ao
seu pedido de fala na tribuna que almejava expor, em dez minutos, sua sugestão de implantação de uma agência de emprego no município. O pedido foi negado pelo
jurídico da casa sob alegação de que tal pedido feria o regimento interno da
casa:
A frase soa absurda e é:"Não será permitida aos cidadãos" |
“(...)
o cidadão solicitante (...) não apresentou documento probatório de que é
credenciado a órgão de imprensa ou ser representante de entidade representativa,
sindicatos, etc
(...)
a competência para firmar o tipo de convênio (...) é de exclusividade do
executivo(...) Assinou o assessor jurídico da casa, Joaquim Suarez Rodriguez.
“Como
assim eu não posso ter direito de falar? Essa não é a casa do povo? Essa casa deveria ser para
ouvir o povo...” desabafou
Said através de rede social.
O grupo saiu em fileiras exibindo os cartazes aos presentes.
Os únicos vereadores a reconhecerem e citarem o protesto foram José Luiz (Zé Pezão), cuja fala não passou de uma simples saudação e questionamento do motivo de Said estar "amarrado", e o presidente da câmara, Delano Santos, que não quis assumir responsabilidade na proibição:
“Eu não proibi a fala de Said, como afirmaram alguns blogs, foi a própria lei da casa que já existia antes de eu chegar aqui (...) Pelo regimento não pode o cidadão falar sem representatividade..."
Todos os demais vereadores optaram por ignorar a presença dos manifestantes.
O grupo saiu em fileiras exibindo os cartazes aos presentes.
Os únicos vereadores a reconhecerem e citarem o protesto foram José Luiz (Zé Pezão), cuja fala não passou de uma simples saudação e questionamento do motivo de Said estar "amarrado", e o presidente da câmara, Delano Santos, que não quis assumir responsabilidade na proibição:
“Eu não proibi a fala de Said, como afirmaram alguns blogs, foi a própria lei da casa que já existia antes de eu chegar aqui (...) Pelo regimento não pode o cidadão falar sem representatividade..."
Todos os demais vereadores optaram por ignorar a presença dos manifestantes.
“Fui
presidente da câmara por dois mandatos e nunca vetei a fala de ninguém que
viesse pedir o espaço à tribuna, mesmo estando previsto em regimento...”
Declarou Fabiano Marques,
questionado pela nossa reportagem através de rede social sobre o caso.
ÁGUA PARA O BREJINHO DE FORA E GREVE GERAL
Falta de abastecimento de água é um problema grave que ainda, sem previsão de melhoras, atinge diversas comunidades do município. A representante da etnia Pankararu, Josenilda Marques, reivindicou em nome de sua comunidade o abastecimento de água no Brejinho de Fora, denunciando o absurdo de ainda se pagar por água através de carros pipas.
Houve denúncia ainda em esfera nacional. O vereador Antônio Pereira (Toinho) lembrou e provocou a reflexão sobre o massacre ao povo brasileiro se aprovada a reforma da previdência:
“Parece que o povo só foi pras ruas pedir pra tirar Dilma e depois esqueceu, só que o que está por vir aí é muito pior. Gente, é um absurdo exigir que se contribua por quarenta e nove anos para poder se aposentar... Precisamos dar apoio às centrais sindicais..."
Sua fala foi rebatida pelo vereador Evaldo:
“Acho importante você dar apoio à luta dos sindicatos e citar esse governo ilegítimo, mas é sempre importante lembrar que o senhor compõe a base desse governo ilegítimo. O prefeito que o senhor apoia tirou foto ao lado de Michel Temer para pedir recursos para a cidade... Então é preciso ser coerente com a fala e com a prática. O senhor fala de participação na Greve Geral, mas é preciso ver se o senhor vai poder participar. Se puder, ótimo, realmente precisamos unir forças."
A Greve Geral, convocada pelas principais centrais sindicais e movimentos sociais do país, está marcada para o dia 15 de Março. E, de acordo com o posicionamento de parte dos vereadores, tanto da base quanto oposição, sem ressalvas de nenhum dos demais, todos irão apoiar e participar das atividades de protesto nesse dia, em Petrolândia, junto aos sindicatos: STR, SINSEMP, SINPRO, SINTEPE, além de associações, movimentos estudantis e sociais.
Abaixo imagens do parecer jurídico que vetou a fala de Said e mais imagens da reunião:
Fui o primeiro Assessor Parlamentar desta Casa Legislativa, e desde 1995, a Tribuna era o instrumento de voz dá população, que em certos momentos, dela fazia uso, mesmo apenas na condição de lideranças ou mesmo cidadãos comuns.
ResponderExcluirHá regras para o espaço da "tribuna popular", como exceção, pois a regra democrática, de que o poder emana do povo, referi-me ao ato dá delegação de tal poder no ato do voto. Logo, tal povo está representado pelos ilustres edís, parlamentares desta urbe. Mas, vez ou outra ouvir a expressão do povão, que mal há?
Será que não está na hora de reformar nossa LOM, Regimento dá Câmara... E o Plano Diretor?
Mudanças estão por vir. Eu Acredito!
Essa câmara de vereadores de Petrolândia-pe, parece mais com um circo, tá cheio de palhaços, kkk
ResponderExcluirSerá que já não passou da hora, do povo ignorar todos os políticos que vão na sua porta pedir pra ser o seu representante, e na hora que vc precisa, ele fingir que não lhe conhece ??? Marlene Sandes
ResponderExcluir