Contra a reforma da previdência e com soma de
pautas locais, estudantes da EREM de Jatobá
unificaram forças com sindicatos, movimentos sociais, sociedade civil para promover
uma verdadeira aula de cidadania.
Petrolândia
entra no mapa de cidades que realizaram mobilizações de conscientização para
informar a população sobre os graves retrocessos sociais que estão expostos
caso as reformas passem no congresso e senado.
“...Comerciantes,
por favor, se conscientizem e permitam que seus funcionários fiquem, ao menos,
nas calçadas para mostrar sua indignação contra o tapa na cara que esse governo
que dar... Em nossa cidade mais de três milhões de reais, vindos do benefício
da aposentadoria, movimentam sua economia, seus negócios e se essa reforma
passar não serão apenas os trabalhadores rurais que irão perder, mas todo dono
de comércio também irá penar...” Declarou o senhor José Maurício, presidente do Sindicato
dos Trabalhadores Rurais (STR).
Estudantes da Escola de Referência de Jatobá coordenaram a manifestação pacífica
que reuniu centenas de trabalhadores e trabalhadoras. Músicas, teatro, gritos
de guerra e uma pauta própria unificada com a nacional mostrou o nível de
conscientização das juventudes presentes:
“Amamos
o ProEmi (programa escolar que visa promover um modelo inovador de escola
em período integral), mas está sendo
sucateado. Estamos tendo que ir embora ao meio-dia porque não temos almoço e
isso é uma vergonha(...)Sempre somos apontados nos índices do governo como
exemplos de estudantes para todo Brasil, mas não vemos esse investimento(...)
Nossas salas precisam de climatização, nossa quadra precisa estar coberta e com
um bom piso para a prática de esportes, precisamos de internet, laboratórios,
nossos professores precisam de valorização (...) Estamos organizando uma viagem
à Floresta na próxima sexta-feira (17, amanhã) para entregar em mãos na Gerência Regional nossa pauta de
reinvindicações. Queremos respostas, soluções e alguém tem que dar...”
Convocou Fernando Sena, presidente
do Grêmio Estudantil Força Jovem.
“Os
governantes casaram as reformas do ensino médio e da previdência para nos
prejudicar. Quando querem retirar filosofia, sociologia, história do currículo
e nos forçar a começar a trabalhar com carteira assinada aos 16 anos de idade,
eles estão dizendo o que querem: querem máquinas para trabalhar e não
estudantes com senso crítico. Estamos hoje nas ruas para dizer não à essas
reformas...” disse Taciana
Silva, estudante do terceiro ano da EREM de Jatobá.
O ato contou com a presença de diversos
segmentos sociais e trabalhistas. O SINTEPE
comunica que a rede estadual de educação está em greve por tempo indeterminado,
com assembleia na próxima segunda-feira (20)
para análise e definição pela continuidade ou suspensão da greve. SINSEMP, SINPRO, SINDRAS e demais
associações e sindicatos ficaram de marcar suas assembleias para definição dos
rumos a se tomar, não descartando a possibilidade de também deflagrarem greve
caso não haja avanços nas negociações com o governo municipal.
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