Imagem: JC |
O estado de Pernambuco contabiliza números de guerra. Mantendo os atuais dados
estatísticos, Pernambuco poderá ser responsável, até o final do ano, por até 1%
dos assassinatos do mundo. Cálculo feito pelo professor
de sociologia da UFPE, José Luiz Ratton.
Segundo o professor, idealizador do programa Pacto Pela Vida, programa que trouxe
avanços significativos na área de segurança pública, mas que agora vê
retroceder em uma década tais conquistas, o retrocesso na segurança pública se
deve à falta de institucionalização de políticas públicas que mantivessem o tema
no centro da agenda pública, articulando polícias e diversos setores da área
social (prevenção e repressão).
Os dados a seguir são informados pela
secretaria de defesa social e reproduzidas a partir da matéria do jornal Nexo e G1 que você pode acessar na íntegra ao final dessa matéria:
NÚMEROS
DO DESCASO
2.876
homicídios no primeiro semestre;
380
homicídios apenas em Junho;
9.624
crimes contra o patrimônio;
2.337
crimes de violência doméstica;
139
estupros;
233 apreensões
de armas;
432
mandados de prisão;
453 menores
apreendidos por atos infracionais;
392
ocorrências por tráfico de drogas;
1.614
veículos roubados em Junho.
“Não
há investimentos em formação policial ou formação voltada para a gestão
integrada dirigidas a crimes contra policiais (...) não há investimentos na prevenção
da violência stricto sensu, como programas de prevenção da violência contra a
mulher, prevenção voltada para grupos vulneráveis como a população LGBT,
prevenção dirigidas às áreas mais vulneráveis, onde há mais crimes. Não há
mecanismos de desbaratamento de grupos de extermínio, nem controle da
letalidade policial. Não há programas de prevenção focalizados na
empregabilidade, nem acompanhamento dos egressos do sistema prisional e
socioeducativo por psicólogos e assistentes sociais. O gasto com a segurança
pública não é um gasto de qualidade. E aí, digamos, temos o pior dos cenários”.
Destaca o professor em entrevista a Beatriz Montesanti (jornal Nexo).
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