sábado, 14 de novembro de 2015

#AGORA É COM DUDA


Tudo o que eu queria falar, as minhas companheiras acabaram citando em textos de postagens anteriores. Acabei ficando até sem ideias do que escrever. Não tenho um vocabulário com palavras bonitas e sou péssima em ortografia. Também nunca nem se quer tive o interesse de ler um livro sobre feminismo ou algo relacionado. Tudo que eu aprendi foi vivendo, com amigas, professores(as),a quem agradeço incansavelmente pelas sábias palavras e pelos conceitos passados. Mas eu também quero deixar minha mensagem. Mesmo quando eu não tinha ideia do que a palavra feminismo se tratava, ou até mesmo da importância que essa palavra teria em minha vida, hoje, conhecendo um pouco sobre, eu percebi que de alguma forma, sempre fui feminista. Coisas do tipo, de quando eu defendi um amigo por ser apelidado/rotulado de "viadinho",ou até mesmo, quando eu desobedecia minha mãe, e ia brincar na rua com os amigos, tanto meninas quanto com meninos. Sempre fui de grupos bastante diversificados.
Lutar pelos direitos das mulheres, tornou-se um sinônimo de ódio e repulsa aos homens. Feminismo, por definição, é a crença de que homens e mulheres têm direitos e oportunidades igualitárias. É a teoria da igualdade politica, econômica e social de ambos os sexos. Eu sempre questionei essas questões de igualdade de gêneros, até quando eu nem sequer sabia do significado. Sempre me perguntei: "por que os meninos não podem brincar de casinha ou boneca comigo? Por que os pais deles não permitem? É só uma brincadeira de criança!”, "Por que ninguém deixa eu jogar bola/Porque ninguém quer que eu jogue bola?"," E porque as cores dos meninos tem que ser azul e verde? E as das meninas rosa e lilás?''. Sempre achei esses conceitos uma merda, nunca dei muito ouvidos, mas infelizmente, eu também recebi esse tipo de conceito  por parte de familiares. Eu acho de total importância os pais e familiares, procurarem estudar sobre as questões de gênero, acho totalmente necessário, até mesmo pela questão da educação. Mas infelizmente, na grande maioria dos casos, os pais e familiares, optam por acreditarem em crenças religiosas.
Eu acho justo que as mulheres sejam pagas, como os homens. Eu acho justo eu ter o direito de tomar decisões sobre o meu próprio corpo. Eu acho justo eu ter o direito de exercer os mesmos cargos que os homens. Eu acho justo que socialmente eu tenha o mesmo respeito que os homens. Mais do justo. Infelizmente não há nenhum país no mundo, onde as mulheres possam esperar por receber esses direitos... nenhum país no mundo pode dizer ainda, que alcançou a igualdade de gêneros. A igualdade de gêneros é um problema de todos, é coletivo, e não dá pra tratar com individualismo. Muito menos tratar as questões das mulheres, como algo menos importante.
Se os homens não tiverem que pegar várias mulheres, serem agressivos ou másculos, para serem aceitos, as mulheres não se sentiriam forçadas a serem submissas. Se os homens não tiverem que controlar pra serem aceitos, as mulheres serão mais livres. Sem ter que provar nada, ou passar por aceitações. Porque não, eu não sou puta por usar roupas curtas, ou sair com mais de um homem porque eu não tenho que "se dar o respeito". Eu não tenho que ser submissa, escrava do marido, ou muito menos, me sentir forçada a casar e ter filhos sem minha vontade, apenas para mostrar que sou fiel e que tenho amor e respeito pelo companheiro. Porque eu sei que eu tenho a total capacidade de conseguir alcançar todos os meus ideais com todo o meu esforço e trabalho. É justamente essa mensagem que eu tento passar para todas as mulheres. Acho também que já está mais que na hora, das pessoas perceberem o sexo como um espectro, e não como dois conjuntos de ideais opostos. Se pararmos de definir as pessoas, por algo que por muitas vezes nem são, e começarmos a nos definir pelo que somos, ambos serão mais livres. E é isso que nós mulheres buscamos... liberdade, igualdade.

Maria Eduarda (Duda ou Madu, como é conhecida) 16 anos, estudante do ensino médio, nascida em Paulo Afonso-BA e atualmente morando em Petrolândia-PE. É feminista e cantora de chuveiro.

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