Foto: CNM/CUT |
A Direção da CUT considera de extrema gravidade as
denúncias, fartamente documentadas com provas consistentes e divulgadas ontem
nos meios de comunicação envolvendo o presidente ilegítimo Michel Temer no
pagamento de propina, oriundas da empresa JBS, a Eduardo Cunha com o objetivo
de mantê-lo calado em relação a crimes de corrupção envolvendo o próprio Michel
Temer e o núcleo do seu governo. As denúncias atingem também um dos expoentes
das forças que lhe dão sustentação política e parlamentar, o presidente do
PSDB, senador Aécio Neves, que teria recebido recursos igualmente ilícitos de
Joesley Batista, dono da JBS e que chegou a dizer, ao se referir a um de seus
colaboradores: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer a delação”.
Além da clara intenção de obstruir o trabalho da Justiça, os fatos tornam
público, de forma irrefutável, a natureza criminosa da quadrilha que assaltou o
poder ao promover o golpe contra a Presidenta Dilma. Ao mesmo tempo, os fatos
tornam insustentável a continuidade do governo golpista. Neste momento crucial
de aprofundamento da crise política, a CUT soma-se ao conjunto de forças
democrático-populares para exigir Fora Temer, a retirada dos projetos da
reforma da previdência e da reforma trabalhista da pauta do Congresso e a
convocação e eleições diretas para eleger um novo Presidente e um novo
Parlamento, com atribuições de poder constituinte. Deverá ser devolvido ao povo
o direito soberano de escolher seus representantes para pavimentar o caminho
para as mudanças estruturais necessárias para restaurar e consolidar a
Democracia e promover um novo ciclo de desenvolvimento. A CUT e os movimentos
sociais representados pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo
têm tido um papel fundamental na resistência ao governo golpista e a sua agenda
neoliberal e regressiva, desencadeando um processo crescente de mobilizações
nas capitais e cidades do interior nos dias 8, 15 e 31 de março e que
culminaram na histórica greve geral do dia 28 de abril que envolveu mais de 40
milhões de trabalhadores/as. O recado foi dado: só a luta popular será capaz de
derrotar o governo golpista e ilegítimo e de impedir que sejam retirados
direitos fundamentais da classe trabalhadora. Apesar de termos isolado o
governo golpista, que conta com baixíssimo índice de aprovação, ele insiste em
manter as reformas criminosas contra a classe trabalhadora. Diante da gravidade
do momento, a CUT orienta suas bases a permanecerem em estado permanente de
mobilização, e as conclama a saírem às ruas das capitais e cidades do interior
no próximo domingo, dia 21, e a ocuparem Brasília no dia 24 de maio para
exigir: QUE O CONGRESSO RETIRE DA PAUTA
A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E A REFORMA TRABALHISTA FORA TEMER! DIRETAS JÁ!
Fonte: Direção Executiva da CUT Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário