Foto: George NovaesComissão para discutir os interesses... de quem? |
Foi
decidido, então, formar uma comissão para conversar com o ministro de forma
mais clara e objetiva. Representações sociais se fizeram presentes. Um total de
nove pessoas: piscicultor, índio da etnia pankararu, secretário, agricultor,
Arbio, prefeito e imprensa.
Prefeito e
o secretário Rogério Viana entraram primeiro para depois autorizar a entrada
dos demais. Quando veio o administrador comunicar a liberação para o grupo
entrar foi informado que só entrariam oito pessoas, número informado.
Foto: George Novaes |
Entreguei a
câmera para George.
As
negociações levaram mais de uma hora e meia. E mesmo com pontos concordados e
percepção de que a negociação havia avançado, um dos membros da comissão insistia que não aceitariam ligar as bombas.
O ministro
pegou o contato da Arbio, se dispôs a uma nova reunião e informou que, de
um jeito ou de outro, os testes aconteceriam. Afinal ele estava dialogando, mas
o grupo não queria ceder.
Foto: George Novaes |
O prefeito
disse que levaria o resultado para o grupo decidir se manteria a ocupação. Estava claro que queria continuar com o movimento.
Em sua fala
percebi os interesses que, se antes eram implícitos, ficou explícito.
Citou a
gravação de tomadas do guia eleitoral da presidenta Dilma Rousseff no local,
fato reproduzido pelo blog autorizado a participar da comissão, e mais a
participação da grande mídia convocada pelo próprio. Segundo ele, estaria pra
chegar até segunda-feira e, por isso, era importante serem vistos lá, se
possível, com um número maior de adeptos. Pois, do contrário, toda sua iniciativa de expor o "grave problema" à mídia seria desmerecido, caso os jornais chegassem lá e não houvesse mais o movimento.
Faltava o "grande líder" convocar e conquistar a permanência da resistência.
continua...
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