Está
em pauta na Câmara de Vereadores de Petrolândia-PE o Projeto de Lei nº
1.110/2015, que altera a Lei de Cargo e Carreira do Magistério. Iniciando as
negociações de reajuste salarial com a entidade que representa os professores —
SINPRO PE. O Projeto de Lei encaminhado a Câmara de Vereadores não agrada a
classe.
Foto: G Novaes |
Na
tarde desta segunda-feira (26) o prefeito Lourival Simões reuniu-se na Sala de
Reuniões da Prefeitura com os representantes do SINPRO PE, os professores
Evaldo José do Nascimento Araújo e Sebastião Pereira, a secretária de Educação
do Município a Srª Araci Fernandes Barbosa e o líder do governo na câmara o vereador Sílvio Rogério (PSC) para apresentar e explicar a
proposta deste PL.
Fundamentado nos Artigos 21 e 22 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) o prefeito Lourival Simões justificou a impossibilidade de atender duas das reivindicações dos professores, a primeira um aumento de 13.01%, assim como o governo federal e entidades estão em negociação. O segundo ponto é sobre um acordo feito em 2014 em que deveria ser pago além dos 2% sobre tempo de serviço um acréscimo de 0,75%.
Fundamentado nos Artigos 21 e 22 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) o prefeito Lourival Simões justificou a impossibilidade de atender duas das reivindicações dos professores, a primeira um aumento de 13.01%, assim como o governo federal e entidades estão em negociação. O segundo ponto é sobre um acordo feito em 2014 em que deveria ser pago além dos 2% sobre tempo de serviço um acréscimo de 0,75%.
Prefeito Lourival Simões e Sec. de Educação Araci Fernandes |
Sobre o aumento de 13,01% e os 0,75% o prefeito
disse estar travado pela LRF não tendo o que fazer sobre estes pontos, que está
realizando ações que possa manter as contas do município no limite prudencial
de 54% de despesas com pessoal e que não pode prever com exatidão quando alguma
das demandas poderão ser revistas e aceita pelo executivo, lembrando que em Petrolândia 97% de sua receita vem da geração de energia, setor em crise por causa de
questões climáticas e por este motivo deve perder entre 12 e 14 milhões para
2016 e que muitas coisas vai depender do bolo fiscal da União e do Estado, algo
imprevisível, “a presidenta Dilma Rousseff e os governos estaduais estão
brincando com as receitas dos municípios”. Confirmou que para 2015 as vagas
para professor serão por meio de um “processo simplificado de seleção”.
Petrolândia terminou em dezembro de 2014 com 55,23%, tendo que reduzir em 1,23%
para se adequar. O reajuste do salário mínimo e o piso é a possibilidade, isto
não pode deixar de ser pago, para tanto já realizou demissões em todos os setores
readequando as contas à realidade de 2015 dentro de um cenário nacional.
Prof. Sebastião Pereira e Prof. Evaldo Nascimento SINPRO PE |
O prof. Evaldo Nascimento fez uma breve análise
a partir das negociações de 2014, criticando o não cumprimento do pagamento dos
0,75%, acordo feito entre os professores e o prefeito Lourival, sendo um dos
critérios para encerramento da greve naquele período. Falou que o Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) e os recursos do FUNDEB vêm aumentando e não
acredita na impossibilidade de cumprir o acordo firmado em 2014 e que esperava
mais compreensão e empenho do gestor para a negociação em 2015, “é o município
mais difícil para negociar estes pontos, outros em situação mais delicada que a
de Petrolândia as negociações avançaram, cobrando bom senso por parte do
prefeito”.
Ficou clara a insatisfação do sindicato em relação
ao aumento salarial e não escondeu o desapontamento de seus representantes. O
SINPRO PE defende os interesses da classe e que não é por falta de dinheiro que
não se cumpriu o acordo de 2014, por outro lado o prefeito diz que não pôde por
questões de responsabilidade fiscal. Não satisfeitos com a rodada de negociação
o SINPRO PE realizou na noite de segunda-feira (26) na Câmara de Vereadores uma
assembleia para informar os professores à proposta do prefeito Lourival Simões
que é de aprovar o Projeto de Lei enviado aos vereadores e continuar um diálogo
nos meses de fevereiro e março avaliando a possibilidade de, enfim, terem um
acordo que possa englobar as exigências dos professores e estabelecer critérios
de como irão conduzir a conversa com o executivo.
Mas ao final, ficou definido que o PL será retirado da pauta da Câmara e em próxima reunião marcada para 20 de março será apresentada nova proposta de PL e em assembleia do SINPRO PE, provavelmente em mesma data, tomarão decisões sobre quais ações serão adotadas pela classe, não descartando a possibilidade de nova paralisação já para este primeiro semestre de ano letivo.
Segundo o sindicato, diz que: "defende o cumprimento do acordo feito entre o prefeito e o sindicato que aumentaria o salário dos professores em 0,75% a partir de agosto de 2014, o aumento de 2% a título de avaliação de desempenho também a partir de agosto de 2014 e que o aumento de 13.01% seja transferido aos vencimentos dos professores de forma integral, ou seja, aumento do salário base, aumento da gratificação de exercício do magistério, aumento na gratificação de difícil acesso e manutenção do aumento real de 6% conseguido após a greve do ano passado. Após longos debates com posicionamentos em alguns pontos convergentes na maioria dos pontos divergentes e diante da impossibilidade da concretização das propostas de imediato, as partes entraram em acordo, se comprometendo em encontrar alternativas para a integralidade do pleito."
Mas ao final, ficou definido que o PL será retirado da pauta da Câmara e em próxima reunião marcada para 20 de março será apresentada nova proposta de PL e em assembleia do SINPRO PE, provavelmente em mesma data, tomarão decisões sobre quais ações serão adotadas pela classe, não descartando a possibilidade de nova paralisação já para este primeiro semestre de ano letivo.
Segundo o sindicato, diz que: "defende o cumprimento do acordo feito entre o prefeito e o sindicato que aumentaria o salário dos professores em 0,75% a partir de agosto de 2014, o aumento de 2% a título de avaliação de desempenho também a partir de agosto de 2014 e que o aumento de 13.01% seja transferido aos vencimentos dos professores de forma integral, ou seja, aumento do salário base, aumento da gratificação de exercício do magistério, aumento na gratificação de difícil acesso e manutenção do aumento real de 6% conseguido após a greve do ano passado. Após longos debates com posicionamentos em alguns pontos convergentes na maioria dos pontos divergentes e diante da impossibilidade da concretização das propostas de imediato, as partes entraram em acordo, se comprometendo em encontrar alternativas para a integralidade do pleito."
Nenhum comentário:
Postar um comentário