segunda-feira, 13 de abril de 2015

AULA DE HOJE: CIDADANIA


Ainda sem números oficiais do sindicato e secretaria de educação a avaliação feita é de que houve adesão parcial dos professores à greve convocada nessa última sexta-feira (10). A “terceirização” da educação ‘socialista’, onde a grande maioria dos professores são contratados e sistematicamente assediados moralmente, impedem que o movimento seja pleno.

Assédio moral covarde

O governo do estado prontamente lançou nota com uma série de represálias: determina o corte imediato do ponto dos professores grevistas, ameaça de rescisão de contratos temporários, professores contratados. O assédio moral pode ser percebido em diversos grupos e redes sociais como na foto ao lado.


EM PETROLÂNDIA

Escola Jatobá. A maioria dos estudantes optaram em apoiar

 o movimento dos professores

Na escola Jatobá houve uma roda de conversa para explicar as motivações da greve aos alunos. Ao fim das falas os professores tiveram apoio de uma grande parte dos estudantes que produziram cartazes e movimentaram as redes sociais.

Aula do dia: política e cidadania

Na Escola de Referência em Ensino Médio Maria Cavalcanti Nunes o corpo docente manteve o calendário de provas e se reuniu para definir posicionamento diante a greve. Segundo informações optaram pela manutenção das aulas.
As Escolas São Francisco e Delmiro Gouveia tiveram adesão parcial dos professores, não havendo aula. Na zona rural a informação é de que os professores foram ameaçados pelo risco de rescisão dos contratos, portanto não aderiram.
A Gerência Regional de Educação de Floresta organizou colegiado e, segundo informes de participantes, desmereceu a greve dos professores "justificando" que o governador estaria "arrumando a casa" e, por isso, o sindicato e professores deveriam compreende-lo e não aderir à greve. 
Irão se posicionar como fiscais a coagir gestores e contratados para garantir aulas no período de greve. Pede que gestores enviem os nomes de todos os grevistas e que a coordenação de “apoio” pedagógico reorganize um horário alternativo onde os contratados deverão suprir a falta dos grevistas sob o risco de perder seus empregos.

SÍMBOLO DE EDUCAÇÃO PÚBLICA PARA O BRASIL?

O governo Paulo Câmara se inicia com a mesma cara da gestão anterior. Ditatorial, assediadora, mas com propaganda de que tem a melhor educação pública do Brasil. Transforma professores com cargos comissionados e indicativos (outrora eletivos) em verdadeiros “capitães do mato” a perseguir professores "revoltosos". Esquecem eles que a mesma pauta os contempla e traz um mínimo de dignidade ao árduo trabalho docente.
Aos professores resistentes cabe o papel freiriano de levar sua principal aula às ruas: cidadania e conscientização política para, com apoio da comunidade escolar, escrever mais uma página na rica história de luta de uma pátria que se diz educadora e orgulhosa em ter Paulo Freire como símbolo universal da pedagogia do oprimido, mas que, na prática, rasga toda a obra do mestre.

Força, professores  pernambucanos. 





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