Ainda sem números oficiais do sindicato e
secretaria de educação a avaliação feita é de que houve adesão parcial dos
professores à greve convocada nessa última sexta-feira (10). A “terceirização”
da educação ‘socialista’, onde a grande maioria dos professores são contratados
e sistematicamente assediados moralmente, impedem que o movimento seja pleno.
Assédio moral covarde |
O governo do estado prontamente lançou nota com
uma série de represálias: determina o corte imediato do ponto dos professores
grevistas, ameaça de rescisão de contratos temporários, professores
contratados. O assédio moral pode ser percebido em diversos grupos e redes sociais como na foto ao lado.
EM
PETROLÂNDIA
Escola Jatobá. A maioria dos estudantes optaram em apoiaro movimento dos professores |
Na escola Jatobá houve uma roda de conversa
para explicar as motivações da greve aos alunos. Ao fim das falas os
professores tiveram apoio de uma grande parte dos estudantes que produziram
cartazes e movimentaram as redes sociais.
Aula do dia: política e cidadania |
Na Escola de Referência em Ensino Médio Maria
Cavalcanti Nunes o corpo docente manteve o calendário de provas e se reuniu para
definir posicionamento diante a greve. Segundo informações optaram pela
manutenção das aulas.
As Escolas São Francisco e Delmiro Gouveia
tiveram adesão parcial dos professores, não havendo aula. Na zona
rural a informação é de que os professores foram ameaçados pelo risco de
rescisão dos contratos, portanto não aderiram.
A Gerência Regional de Educação de Floresta
organizou colegiado e, segundo informes de participantes, desmereceu a greve dos professores "justificando" que o governador estaria "arrumando a casa" e, por isso, o sindicato e professores deveriam compreende-lo e não aderir à greve.
Irão se posicionar
como fiscais a coagir gestores e contratados para garantir aulas no período de
greve. Pede que gestores enviem os nomes de todos os grevistas e que a
coordenação de “apoio” pedagógico reorganize um horário alternativo onde os
contratados deverão suprir a falta dos grevistas sob o risco de perder seus
empregos.
SÍMBOLO
DE EDUCAÇÃO PÚBLICA PARA O BRASIL?
O governo Paulo Câmara se inicia com a mesma
cara da gestão anterior. Ditatorial, assediadora, mas com propaganda de que tem a melhor educação pública do Brasil. Transforma professores com
cargos comissionados e indicativos (outrora eletivos) em verdadeiros “capitães
do mato” a perseguir professores "revoltosos". Esquecem eles que a mesma pauta os
contempla e traz um mínimo de dignidade ao árduo trabalho docente.
Aos professores resistentes cabe o papel
freiriano de levar sua principal aula às ruas: cidadania e conscientização política
para, com apoio da comunidade escolar, escrever mais uma página na rica
história de luta de uma pátria que se diz educadora e orgulhosa em ter Paulo
Freire como símbolo universal da pedagogia do oprimido, mas que, na prática, rasga toda a obra do mestre.
Força, professores pernambucanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário