Imagem: Acervo |
Adriana
Gomes, professora e pré-candidata ao cargo eletivo de prefeita,
entregou um pedido de informação à prefeitura sobre o número de pessoas
contratadas nos últimos três meses, assim como saber cargos assumidos e
remunerações, visando o zelo ético e democrático da campanha que se aproxima.
“Fui
informada que a prefeitura estaria fazendo contratos temporários diversos,
justamente em ano eleitoral, o que, além de proibido pela justiça eleitoral, é injusto.
Torna desigual o uso da máquina pública no embate democrático a que estamos nos
propondo a concorrer de forma limpa com debates de propostas e projetos.
Esperamos que nosso pedido seja compreendido como direito, visto que toma por
base o princípio da Publicidade. Seria importante, ainda, os demais
pré-candidatos fazerem o mesmo pedido.”
Declarou Adriana Gomes ao Blog Gota D’Água.
O pré-candidato ao cargo de prefeito e presidente da Câmara de Vereadores, Fabiano Marques, também foi comunicado e procurado pelo blog sobre a necessidade de se encaminhar o mesmo pedido, mas, até o presente momento, não confirmou se o faria.
O QUE DIZ A LEI
A Resolução Nº 23.457, de 15 de dezembro
de 2015, artigo 62 V -
afirma que, a partir de 2 de
Julho, agente públicos não podem nomear,
contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa. Tendo feito
contratos nos últimos três meses o prefeito não fere a justiça eleitoral, no
entanto fere, segundo seus próprios argumentos, a LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF).
Segundo o prefeito, em entrevistas (como
a concedida ao blogueiro Assis Ramalho que você pode conferir no link ao fim
dessa matéria), a prefeitura estava impossibilitada de lançar
edital para concurso público, assim como reajustar salários defasados. Justificava ainda as demissões em massa que promoveu ano passado.
Declarou o prefeito na ocasião:
“...o maior problema do município é a despesa
de pessoal. Para você ter uma noção, mensalmente os funcionários geram uma
despesa de R$ 3,4 milhões de reais. É um valor alto demais. Somente os efetivos
representam 47% da folha, são 1.200 funcionários(...). Temos de cumprir a Lei
de Responsabilidade Fiscal que limita em 52% a despesa de pessoal, estamos com
57%, mesmo com a diminuição de mais de 200 funcionários de um ano para o outro (...)
era impossível se dar aumento, pois incidiria no limite de despesa de pessoal (...)
temos aproximadamente 800 funcionários
que recebem o mínimo, tudo isto influencia na despesa de pessoal.”
Enquanto aguardamos a resposta do prefeito ao
pedido da professora Adriana Gomes, que interessa a toda população, levantamos
outras questões caso se comprove que houve novas contratações nos últimos meses.
Questionamentos que precisam ser levantados pela câmara de vereadores e
população:
Qual
a atual porcentagem de gastos com despesa de pessoal?
Se
demissões em massa, ano passado, foram justificadas pelo dever da gestão em
respeitar o limite prudencial, o que mudou na receita para se fazer novas
contratações em vez de abrir edital para concurso público em 2016 (ano
eleitoral)?
Fazendo
um cálculo rápido: o prefeito afirma na entrevista que cerca de 800, dos 1220
funcionários da prefeitura, recebem salário mínimo (atuais R$880,00) temos um
gasto mensal fixo aproximado de R$704.000,00 (setecentos e quatro mil reais).
Quanto recebem de remuneração, então, os outros 420 funcionários para se chegar
ao montante de gasto mensal declarado de R$ 3,4 milhões de reais com pessoal? Quem
são e quais funções exercem para se justificar tamanha discrepância nos valores
salariais?
Estamos aguardando respostas. Abaixo link
para a entrevista citada nessa matéria:
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