Imagens: MST |
Amanhã (28)
haverá uma série de despejos em diversos acampamentos no estado de Pernambuco,
como denuncia, em nota, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O ataque afeta diretamente centenas
de famílias que vivem de sua produção. O movimento organizou e mobilizou reação
contra as ordens de despejo. Leia a seguir nota na íntegra:
“Dia da Resistência
A repressão contra os movimentos sociais bem
como as perdas de direitos sociais e econômicos do povo está cada dia mais
intensa em tempos de golpe. No Estado de Pernambuco está programado para amanhã
dia 28 de fevereiro despejos
intensificados nos acampamentos em varias regiões do Estado: Petrolina, Litoral Norte, Brejo, Metropolitana. Áreas de usinas,
fazendas e engenhos já falidos e com muita dívida com a União, bem como sem
cumprir a sua função social, vem se articulando institucionalmente, via a
corpos político e judicial contra os movimentos sociais. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST), trabalhadores e
trabalhadoras estão em alerta. É luta contra as elites que atacam a classe
trabalhadora e são capachos do latifúndio e do agronegócio.
Desde
semana passada estamos nos preparando, organizando as famílias, fazendo
ocupações e vigília no INCRA de Petrolina para que todas essas famílias sejam
assentadas. A Juíza de Petrolina ameaçou e está cumprindo nos acampamentos do Pontal
Sul, cortar a água do canal e luz dos trabalhadores (as) sabendo que eles (as)
dependem da água para manter a produção de feijão, milho, abóbora, macaxeira,
banana, manga, acerola, uva, tomate, pimentão e etc., assim sem fornecimento de
água os camponeses(as) vão perder toda a sua produção e renda.
A
Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), junto com polícia militar já estão no local agora (27) para retirar os transformadores
elétricos, materiais de irrigação, que os trabalhadores (as) compraram de forma
coletiva e com muito sacrifício, e a Codevasf já entupiu o canal que leva água
ate o acampamento. O Pontal Sul é marcado por luta e resistência com mais de
dez anos de ocupação e várias reintegrações de posse.
O acampamento Pontal Sul foi ocupado em
janeiro de 2007 com mais de 2500 famílias, na ocasião para resistir contra a
Parceria Pública Privada (PPP), no período Eduardo Campos. Em 2014 as ocupações
foram retomadas, a partir do acampamento Dom Thomas com mais de 500 famílias,
já em 2016 a ocupação foi realizada com o acampamento Democracia com 200
famílias dando continuidade à luta denunciando e sendo contra a PPP, projeto
apadrinhado pela a oligarquia política da família Coelho da mesma região, foram
feitas essas duas grandes ocupações, uma área de 30 mil hectares, sendo 17 mil
e 700 hectares de área irrigáveis. Hoje a área está com 1.000 famílias
produzindo em mais de 300 hectares da agricultura camponesa e de subsistência.
Em 2017 com a luta e a resistência dos
trabalhadores (as) diante do conflito da área, a PPP foi cancelada. Assim
trabalhadores (as) oriundos da região que sonhavam com área irrigável para
poder trabalhar, passaram a vivenciar o resultando da luta pela a terra. A
resistência permanece!
Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!”
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