Imagem: Arquivo Seeb, São Paulo |
A Federação Nacional das Associações de
Pessoal da Caixa (Fenae) divulgou nesta
semana uma nota em repúdio às declarações de Paulo Guedes, ministro da economia do governo Bolsonaro (PSL). Pela
manhã, durante a posse dos novos presidentes da Caixa Econômica Federal, do
Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guedes afirmou que a Caixa “foi
vítima de saques, fraudes e assaltos aos recursos públicos”.
Segundo a Fenae, “o que se busca claramente hoje é
macular a imagem da Caixa, a fim de obter o apoio necessário à onda de
privatizações que se aproxima”.
A Caixa Econômica Federal é a maior operadora
de programas como Bolsa Família, PIS, Minha Casa Minha Vida e FGTS.
Confira, na íntegra, a nota da Fenae:
"A
Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal
(Fenae) repudia as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do
ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda-feira (7), durante a posse
dos presidentes da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do BNDES.
Ambos desrespeitaram os empregados da Caixa, da ativa e aposentados, e a
instituição, que vai completar 158 anos no dia 12 de janeiro.
Em
sua fala no Palácio do Planalto, Guedes afirmou que a Caixa “foi vítima de
saques, fraudes e assaltos aos recursos públicos, como vai ficar óbvio logo a
frente, a medida que, como diz o presidente, essas caixas pretas forem
examinadas”. Já Bolsonaro, ao destacar a quantidade de presentes, disse: “o
evento está bem concorrido porque são os homens do dinheiro que estão aqui. Só
que, dessa vez, é o dinheiro do bem”.
Mas,
ao que exatamente se referem o presidente e o ministro? Sem dar detalhes sobre
esse tipo de denúncia, o que eles fazem é colocar sob suspeição a atuação do
banco e, claro, todo o quadro de pessoal. Se o dinheiro agora é “do bem”, antes
era do “do mal”? Bolsonaro também declarou que a transparência estará acima de
tudo em seu governo. Até o momento, porém, não conseguiram ser transparentes
nem mesmo nos discursos.
O
que se busca claramente hoje é macular a imagem da Caixa, a fim de obter o
apoio necessário à onda de privatizações que se aproxima. O banco da habitação,
do FGTS, das loterias, do saneamento, da gestão de programas sociais, enfim, de
todos os brasileiros, dever ser fortalecido. Não pode ser enfraquecido e
fatiado, como pretendem Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e o novo presidente da
instituição, Pedro Guimarães, em benefício do setor privado.
É
natural que uma gestão recém-chegada dê novos rumos à Caixa, conforme as
diretrizes que acredita serem corretas e necessárias. O que não se pode
permitir é que as medidas adotadas representem um selo de ineficiência para uma
empresa que contribui há mais de um século e meio com o desenvolvimento
econômico e social do país, e tampouco para os milhares de trabalhadores que
constroem a Caixa no dia a dia, Brasil afora.
Acima
de tudo, a Caixa e seus milhares de empregados merecem respeito!"
Fonte:
Brasil de Fato
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