domingo, 16 de junho de 2019

EM ITACURUBA MANIFESTANTES DIZEM NÃO À CONSTRUÇÃO DE USINA NUCLEAR


Imagem: PROVIDA


Manifestantes que se opõem à instalação de uma usina nuclear no município de Itacuruba saíram em caminhada de Mirandiba à Carnaubeira da Penha desde a manhã de ontem (15) e encerramento hoje (16) no município de Itacuruba.

Imagem: Daniel Filho

A caravana teve apoio da Diocese de Floresta, Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Pernambuco (Fetape), ONG ProVida, ONG Vida de Salgueiro, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Sindicatos Rurais (STR) de vários municípios, Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTEPE), Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolândia (SINSEMP) associações de pescadores, agricultores e comunidades tradicionais indígenas e quilombolas.

DO QUE SE TRATA?

Imagem: Daniel Filho

Estudos de órgãos federais consideram Itacuruba como o local apropriado para abrigar uma usina nuclear na região Nordeste, em virtude da aproximação com o rio São Francisco. De acordo com declarações do Ministério de Minas e Energia do Governo Federal, a energia nuclear seria importante para manter a matriz energética do país. Porém, a instalação da usina pode trazer impactos para a vida de comunidades quilombolas e povos indígenas. Caso seja concretizada, a proposta implicará em expulsão desses povos tradicionais de seus territórios.
Segundo o diretor de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Pernambuco (Fetape), Adimilson Nunis, a construção de uma usina nuclear trará transtornos e insegurança para a população local, que temerão pela própria vida com a instalação de um empreendimento do porte de uma usina. “Como vamos viver com uma usina nuclear? Será que vão querer comprar nossa produção agrícola, agropecuária e a pesca? Achando que tudo está contaminado. Se houver vazamento, contaminar as águas do rio São Francisco? Fora as questões psicológicas para as pessoas”, pontua o diretor.

Imagem: Daniel Filho

De acordo com artigo da revista New Scientist publicado no site do Instituto de Pesquisa Agropecuária (IRPAA), as usinas nucleares são consideradas lixos radioativos. O Brasil não possui um depósito seguro para depositar dejetos. Acidentes de graves proporções já ocorreram no mundo. Um deles foi o acidente da Usina nuclear de Chernobil, na Ucrânia, onde 4 mil pessoas foram contaminadas por uma nuvem radioativa que se espalhou atingindo pessoas, animais e o meio ambiente. No Brasil, em 1987, milhares de pessoas foram afetadas pela contaminação do Césio 137, em Goiânia (GO).

RESISTIR PARA CONTINUAR EXISTIR

O ato foi encerrado com manifestações culturais e pronunciamentos de autoridades e lideranças. O deputado estadual Doriel Barros (PT) esteve presente e firmou compromisso de não deixar passar essa construção. Vereadores, vice-prefeito de Itacuruba, lideranças religiosas garantem que irão permanecer em alerta para evitar a tragédia anunciada que põe em risco não apenas o município, mas toda região.
Fontes: Brasil de Fato e site Provida

Imagem: Daniel Filho





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