Imagem: Folha press |
O site The
Intercept Brasil publicou novos vazamentos que mostram Deltan Dallagnol, procurador responsável pela operação lava-jato,
manipulando movimentos de rua, como o “Vem
pra Rua” e “Instituto Mude”,
para causas políticas pessoais dele e da operação.
O promotor pautou atos públicos, publicações em
redes sociais e manifestações dos movimentos de forma oculta, tomando cuidados
para não ser vinculado publicamente a eles. Os chats mostram que Dallagnol
começou a se movimentar para influenciar a escolha do novo relator da Lava Jato
no Supremo Tribunal Federal apenas um dia após a morte do ministro Teori Zavascki, antigo responsável
pelos processos da operação no STF.
Os diálogos mostram ainda que o procurador
articulou ações para constranger ou pressionar ministros nos julgamentos que
discutiram a prisão em segunda instância.
Dallagnol instruiu procurar o “Vem Pra Rua”
para reproduzir mensagem do jurista Luiz
Flávio Gomes cujo teor atacava Mendes,
Lewandowski e Toffoli a afirmar que “comprovar-se-á
que o diabo também pode vestir toga” se a relatoria da Lava Jato caísse com
um dos três. Mas pediu anonimato na sugestão: “só não me citem como origem,
para evitar melindrar STF”.
O “Mude” seguiu a recomendação e logo
compartilhou o texto do jurista. No fim das contas, Fachin foi transferido para
a 2ª Turma e acabou sorteado relator da Lava Jato. Dallagnol comemorou o
resultado em 2 de fevereiro numa conversa com Fabio Oliveira, do Mude: “Fachin
foi coisa de Deus”.
Essas e outras revelações podem ser
acompanhadas integralmente no site:
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