Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress |
Mais vazamentos da chamada “vaza jato” publicados pelo site “The Intercept Brasil” mostram que o
Ministério Público Federal pediu duas vezes ao então juiz Sergio Moro uma operação contra a filha de um alvo da Lava Jato que
vive em Portugal como forma de forçá-lo a se entregar. Apesar de ser titular de
contas no exterior que receberam propinas, ela não era suspeita de planejar e
executar crimes.
O plano, revelado em mensagens de Telegram
trocadas entre procuradores e entregues ao Intercept por uma fonte anônima, era
pressionar o empresário luso-brasileiro Raul
Schmidt. O MPF apelou a Moro mirando na filha do investigado: queria que o
passaporte dela fosse cassado e que ela fosse proibida de sair do Brasil.
Enquanto argumentavam no processo que a filha
de Schmidt não poderia sair do país para não prejudicar a investigação sobre os
crimes que teria cometido, no Telegram os procuradores admitiam que a
finalidade das medidas era atacar o empresário. O procurador Diogo Castor de Mattos confessou na
conversa com os colegas:
"na minha perspectiva, ela não poder sair do país é um elemento de pressão
em cima dele".
A cada vazamento fica cada vez mais explícito
que o que era pra ser uma operação contra a corrupção virou um aparelho de
perseguição política criminoso.
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