São quase duas gerações de petrolandenses que
não conhecem outra administração municipal, senão a do “Grupo de Simões.”
Uma das características da democracia representativa,
é o revezamento dos segmentos de cidadãs ocupando as instituições públicas e o
respeito à vetusta tripartição dos poderes de Montesquieu.
Na submersão da antiga cidade e início da
operação da Hidrelétrica Luiz Gonzaga, tem início a partilha dos royalties com
o município de Petrolândia recebendo sua
cota.
Os gestores da nossa cidade, todos cristãos,
deram de ombro à parábola “das sete vacas gordas e sete vacas magras”,
decifrada por José do Egito.
Pois bem, no período da bonança, não tiveram
a grandeza dos estadistas, foram imediatistas, entre outras e investiram numa
especifica “casta” de funcionários da Secretaria da Saúde, médicos especialistas
caros, enfermeira especiais recebendo
até 10 salários mínimos, em detrimento de projetos permanentes na saúde, e ,
principalmente, na educação.
Foram exponenciais investimentos em medicina
especializada, de vultosos custos, em contraponto a um projeto de medicina
preventiva, de baixo custo, mas eficiente, como o “Mais Médico” por
exemplo.
Na educação, base de todo projeto duradouro,
não se investiu em creches, na valorização dos professores, nem no ensino
técnico ou superior. Nada além do trivial.
A partir da gestão de Lourival – o
Machiavelli do sertão – com a mudança dos cálculos da partilha dos royalties, o
castelo de areia começa a desmoronar, com a mitigação do orçamento para manter
o faraônico projeto de medicina especializada.
Os efeitos continuam perversos, mormente para
o andar de baixo, vez que, a fonte secou, hodierno, os recursos do erário
apenas socorre a folha de pagamento, e despesas básicas para manter o município
solvente nessa eterna corda bamba,
Ora, vejam, simples uniformes escolares são
negligenciados, prorroga-se o chamamento dos aprovados no último concurso para
guardas municipais, frustrando todos que se dedicaram e estudaram, sob alegação
de insuficiência de recursos.
O grupo surfou na onda da despolitização, e
no intento de retocar a maquiagem, lançou um novel na política o Pastor
Ricardo, vencedor do pleito das últimas eleições, para em seguida renunciar.
Imagina o Pastor no lugar de Moises?! Os judeus seriam engolfados pelas águas
do Mar Vermelho. Pobre de fé? Ou viu as labaredas do apocalipse?
De consignar, a renúncia foi um desastre para
o grupo, pois nessa fica impedido de inovar, tem que lançar um dos vetustos
membros.
Com a renúncia, assume o Titanic, a vice,
atual Gestora, muito técnica, diante das dificuldades interna e externa – cinco
anos de crise econômica e fiscal - vem conduzindo a nau nesses mares revoltos
da COVID-19.
Não sei qual o propósito do grupo, mas a
Gestora fora abandonada na articulação política, entregue ao Tocqueville
Lourival, que permanece inerte diante do movimento das peças do xadrez político
local.
Essas eleições serão o maior desafio do Grupo
– há 30 anos no poder – uma vez que os sinos não dobram, mas já ouvimos o soar
das marolas “da mudança”.
Existe dique para segurar a ulterior tsunami.
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