Em Petrolândia aglomeração iniciou ontem à noite |
Filas para buscar informações e receber o
auxílio emergencial em lotéricas e bancos não param de crescer. Em Petrolândia,
sertão de Pernambuco, a aglomeração para receber o auxílio de renda básica ou
mesmo informações não para de crescer. Iniciou ontem (15) à noite com dezenas de pessoas acampando a espera da abertura
das agências e continuam hoje com filas gigantescas e sem respeito ao
distanciamento social necessário.
Aglomerações violam uma das principais
recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a proliferação da epidemia, mas trabalhadores
informais, microempreendedores individuais, autônomos, desempregados, além de
pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e Bolsa Família seguem sem
informações claras e sem receber o auxílio o que gera fome e desespero.
Dicotomia trágica: morrer pela doença ou pela fome.
Imagem: BDF |
“A
gente não consegue fazer o cadastro completo, está faltando informação, no
aplicativo fica em análise e nunca sai dessa análise. Aí liga no 111 e eles
mandam colocar o CPF, mas fala que o CPF não está cadastrado, para entrar no
e-mail e baixar o aplicativo, sendo que já está cadastrado”,
declarou uma trabalhadora.
O governo federal afirmou que o pagamento dos
R$ 600 seria realizado até 48 horas após o cadastro no aplicativo.
Depois informou que o pagamento seria liberado a partir do dia 14 de abril, mas, na prática, a
liberação do recurso vai levar mais de uma semana para ser efetuada. Soma-se a
isso um presidente negando a gravidade do vírus, lideranças religiosas e
empresários incentivando o furo do isolamento social, desinformação e desespero
de quem já está passando por necessidades e não sabe quando e ou se irá receber
o benefício e temos a receita de uma tragédia anunciada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário