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Após o assassinato do cidadão estadunidense George Floyd, asfixiado até a morte por
um policial em 25 de maio no estado de Minnesota, protestos pautados pelo
antirracismo, mas que também levantam a bandeira antifascista, tomaram as ruas
em diversos lugares do mundo.
No Brasil a manifestação autodenominada “antifascista
em defesa da democracia” realizada em São Paulo por torcidas organizadas
de clubes de futebol inspirou novos protestos que ganharam ainda mais força
ontem (7) em vinte capitais do
Brasil. Mas o que o que significa ser antifascista e por que o governo
Bolsonaro, assim como seus fiéis seguidores, representam o fascismo?
Armando
Boito Júnior, professor Titular de Ciência Política da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
explica que o fascismo é um movimento social reacionário que se situa nas
camadas intermediárias da sociedade capitalista, ou seja, nas classes médias, e
tem como principal objetivo a eliminação da esquerda do processo do político.
Segundo ele, o fascismo tem uma ideologia “de
culto à violência, anticomunista, contrária aos movimentos de modernização e
democratização dos costumes e da sociedade”, e é um regime político
cujo auge pode desembocar em uma ditadura fascista, onde há a paralisia das
liberdades coletivas e individuais.
O neofascismo traz certas particularidades do
século 21, em relação ao movimento fascista do século 20, organizado em torno
de regimes como o de Adolf Hitler,
na Alemanha, o de Benito Mussolini,
na Itália, o de António Salazar, em
Portugal, e o de Francisco Franco,
na Espanha.
Boito
Júnior destaca que no neofascismo brasileiro há um grande
envolvimento da classe média, e à diferença do fascismo clássico, há um
alinhamento aos setores da burguesia mais ligados ao capital estrangeiro,
criando uma espécie de fascismo neoliberal.
Fonte:
Brasil de Fato
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