terça-feira, 11 de agosto de 2020

O GENOCÍDIO NOSSO DE CADA DIA: POVO PANKARARU MARCADO PARA MORRER - por Daniel Filho


Em Pernambuco o povo Pankararu resiste e clama por paz desde que reconquistaram seu território, na justiça, num processo de desintrusão de área situada nos municípios de Jatobá, Petrolândia e Tacaratu, no sertão pernambucano. Alguns ex-posseiros não aceitaram a decisão.

Casas alvejadas por tiros, bilhetes, derrubada de árvores sagradas, devastação de hortas ilustram o terror psicológico a que as comunidades estão submetidas desde a conquista do que lhes é seu por direito.

O tom sobe no final de julho com uma placa instalada dentro do território demarcado e a inscrição de nomes de indígenas marcados para morrer.

As lideranças receiam o derramamento de sangue e o iminente conflito.

No início de junho o procurador da República no município de Serra Talhada, André Estima de Souza Leite, assinou um despacho cobrando a atuação da Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal (PF) no caso. “A Funai precisa prestar assistência aos indígenas e fiscalizar o território. Ao Ibama cabe verificar o dano ambiental. E a PF tem o papel de apurar os crimes”, detalha Souza leite.

No entanto, a quem se recorre quando o aparelhamento está posto, a violência é estimulada, a ciência é negada e, em reunião ministerial pudemos ouvir: “Odeio esse negócio de povo indígena”?

Suas vidas correm riscos pela própria pandemia de Covid-19, que tem sua letalidade negada constantemente pelo presidente, somada ainda há violência psicológica que poderá se converter em massacre logo.

A rede de resistência e enfrentamento precisa ser articulada junto aos movimentos sociais e organizações que defendem a pauta, somada à fé ancestral encantada para sobreviver a mais uma triste página da nossa história.

Para ler a publicação acerca da ameaça às lideranças marcadas para morrer, segue:

 

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