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Imagem: ALEPE |
Foi aprovado ontem o PL 1.720/2020, de autoria do Governo do Estado, que deixa de fora da
atualização dos vencimentos em função do Piso Salarial do Magistério mais de 70
mil Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação.
Conforme o Projeto de Lei Complementar, o
aumento será de 12,84% para os
valores mínimos de salário, que passarão de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,15
por 200 horas-aula; e de R$ 1.918,36 para R$ 2.164,67 por 150
horas-aula. A medida será retroativa ao dia 1º de janeiro de 2020, conforme
a Lei do Piso Nacional. O acréscimo aplica-se apenas às faixas salariais da
carreira que estavam abaixo do piso de 2020 – as demais, cerca de 70 mil
profissionais da educação, seguem com valor inalterado.
Em justificativa anexada à matéria, o Governo
do Estado afirma que o aumento não poderia contemplar toda a categoria por
determinação do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (Lei
Complementar nº 173), que proíbe, até o fim de 2021, a concessão de qualquer
tipo de reajuste ou benefício salarial que não seja fruto de decisão judicial
transitada em julgado ou estabelecida em lei anterior.
Em nota o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação (SINTEPE) declarou:
O
Sintepe lamenta que 29 deputados e deputadas votaram a favor do PL 1.720/2020,
de autoria do Governo do Estado e que rasga nosso Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos da Educação. Agradecemos aos/as bravos/as 12 deputados/as que
compreenderam nossa reivindicação e votaram contra esse projeto destruidor de
carreiras. Destacamos o papel da deputada estadual Teresa Leitão, ex-presidente
do Sintepe, que apresentou emendas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
e fez um pronunciamento no intuito de convencer os demais deputados a votar em
favor dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação.
O
Sintepe anuncia que vai continuar lutando, denunciando o Governo do Estado e os
parlamentares que votaram com o PL 1.720/2020. O prejuízo financeiro que mais
de 70 mil Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação terão neste ano de 2020 são
incalculáveis. Além de nos desdobrarmos para continuar garantido a educação de
crianças, jovens e adultos, nos submetemos a um elevado nível de estresse e
cobrança, além de estarmos arriscando nossas vidas na modalidade das atividades
presenciais. O mínimo que merecíamos seria o reajuste dos vencimentos de todos
e todas que fazem a educação em função do Piso Salarial do Magistério.
Mas
não baixemos a cabeça. Temos muita luta pela frente e vamos exigir, desde já e
no início do próximo ano, nossa devida e merecida valorização profissional.
A
DIREÇÃO DO SINTEPE
SINTEPE
| CNTE | CUT
Votaram contra o projeto e a favor dos
profissionais da educação os deputados: Alberto
Feitosa (PSC), Alessandra Vieira (PSDB), Álvaro Porto (PTB), Antonio Coelho (DEM), Doriel Barros (PT), Dulci Amorim (PT), João Paulo (PCdoB), Juntas (PSOL), Priscila Krause (DEM), Romero Sales Filho (PTB),
Teresa Leitão (PT) e Wanderson Florêncio
(PSC).
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