quarta-feira, 12 de maio de 2021

NO DIA INTERNACIONAL DA ENFERMAGEM HÁ POUCO A SE COMEMORAR

Imagens: Brasil de fato



Hoje (12), é celebrado o Dia Mundial da Enfermagem. No Brasil, acontece também a Semana da Enfermagem, do dia 12 até o dia 20 de maio, culminando com o Dia do Técnico e Auxiliar de Enfermagem.
O maior número de trabalhadores atuantes na linha de frente do combate ao coronavírus são enfermeiros, técnicos e auxiliares, tanto em instituições públicas quanto nas privadas, equivalem a cerca de 75% da mão de obra que compõe a saúde representando ainda a única equipe presente na assistência 24 horas por dia em contato direto com o paciente.
Representam também o maior número de vítimas da área da saúde no Brasil respondendo por um terço do total de mortes pela covid-19 entre os profissionais da categoria.
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) avalia que desde o início da pandemia, 776 enfermeiros perderam a vida para a covid-19. Em abril, foram sete profissionais de enfermagem mortos na região Norte, três no Nordeste, cinco no Centro-Oeste, oito no Sul e um no Sudeste, região que apresentou menor índice de mortes desde março de 2020.

HÁ MUITO A SE AVANÇAR




Aconteceram diversos protestos pelo Brasil. Uma das principais reivindicações da categoria é a aprovação do PL 2564 que institui o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras e regularização da jornada de trabalho para 30 horas.
O projeto fixa o piso em R$ 7.315 para enfermeiros. Com a aprovação, os técnicos de enfermagem terão o piso proporcional a esse valor em 70%, equivalente a R$ 5.120 e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras, que representa R$3.657 . Os valores são baseados em uma jornada de 30 horas semanais e são válidos para União, estados, municípios, Distrito Federal e instituições de saúde privadas.
A realidade para milhares de profissionais, no entanto, é bem diferente.
Há profissionais que recebem um salário mínimo, insalubridade de 10% (quando já é lei 40%), jornada de trabalho exaustiva e precarização.
Técnicos de Enfermagem chegam a receber menos de um salário mínimo, como denuncia o Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco.

EM PETROLÂNDIA

No sertão de Pernambuco o descaso com a categoria permanece. Desvalorização salarial, insalubridade de 10%, ausência de plano de carreira.
Ano passado o Canal da Gota exibiu uma live onde a técnica de enfermagem, Rosineide Maria, concedeu um corajoso depoimento sobre as condições precárias de trabalho em plena pandemia. A repercussão gerou promessas de campanha dos principais candidatos que, após o resultado, até o momento, sequer viu iniciar audiências, assembleias, reuniões sobre o tema.
Para ver ou rever a entrevista clique no link abaixo:

https://youtu.be/MiKkngd4NRs


Texto: Daniel Filho
Fonte: Brasil de Fato

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