sábado, 14 de fevereiro de 2015

SER OU NÃO SER CHARLIE HEBDO... EIS (É) A QUESTÃO (?)



 Assistir aos terríveis atentados na França contra cartunistas. Ler o texto do jornalista Rafo Saldanha postado por Leonardo Boff sobre se por no lugar da “vítima” dos cartuns. Ler Sakamoto citar sobre como “selecionamos” a violência que nos atinge emocionalmente.
 Assistir em um terreiro Pankararu a ode em agradecimento pela saúde alcançada. Ser ateu em um mundo majoritariamente religioso. Esse misto levou a uma conclusão:
Enquanto ateu aprendi que o que é sagrado ao próximo precisa da empatia de um olhar sacro.
Significa dizer, senhores religiosos, que essa obrigação não pode se resumir ao ATEU, como muitos gostariam de propor e até exigir. Significa que:

CATÓLICOS - guardar o sábado; optar pelo voto de castidade até o casamento; batizar por opção na juventude e não na infância são alguns dos votos sagrados dos...

EVANGÉLICOS – ter santos de devoção; respeitar, admirar ou mesmo adorar a virgem Maria; batizar bebês e crismar jovens são alguns dos votos sagrados dos católicos.

CATÓLICOS E EVANGÉLICOS – Terreiros de Umbanda, Candomblé, Quimbanda e de comunidades tradicionais, não são maldição, mas sagrados aos olhos desses grupos que pregam e partilham o amor tanto quanto muitos de vocês DIZEM perpetuar.

RELIGIOSOS E NÃO-RELIGIOSOS do ocidente, se retratar a figura de Maomé demanda dor profunda aos seus devotos, será ainda DOR.
E, perante a diversidade metafísica/humanista de se ver/perceber o mundo, devemos propor uma cultura de paz que não feche os olhos para mandos e desmandos de líderes religiosos, ou mesmo os abusos das instituições sagradas contra qualquer que seja o humano, tampouco devemos por na pauta de discussão o que soa estranho ao nosso olhar.
O Blog Gota D’Água acredita que não somente religião, mas política e também futebol são não somente cabíveis de discussão, como necessitam de um olhar crítico, reflexivo acerca das origens e características de todas as crenças e a opção de não se crer em nada.
A visão é clara quanto à liberdade de expressão, mas também no que soa difamação. Todo e qualquer humorista é livre para exercitar sua criação artística, assim como externa-la. Porém não seria justo a esses, e qualquer artista, jornalista ou formador de opinião, a IMUNIDADE DE EXPRESSÃO. Aos atingidos pela fala, piada, criação também cabe, plenamente, o direito de retratação.
A existência de deus(es) não é mais a questão, mas o que você faz pela sociedade em nome ou a partir de sua crença nos importa bastante.
Ser ou não ser Charlie não deveria ser a questão, mas a quem (ou o quê) você direciona sua liberdade de expressão é fundamental para o enriquecimento do debate.
Abaixo link dos textos citados e acréscimo de um sugerido:








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