sexta-feira, 1 de maio de 2015

1 DE MAIO E 1 DE ABRIL... CADA VEZ MAIS SEMELHANTES


Foto: Rubens Batista. Recife. Hoje (1 de Maio)

Uma data presta homenagem aos manifestantes de Chicago, nos Estados Unidos, em 1886, que lutavam pela redução da carga horária para 8 horas diárias. Uma greve geral teve início e no dia 3 de maio o confronto com policiais levou à morte três trabalhadores. O derramamento de sangue teve continuidade nos demais dias. Eis o dia do trabalho.
O dia da mentira surgiu como uma brincadeira na França. Resistentes ao calendário gregoriano que determinava o dia 1 de Janeiro como o início do ano, alguns franceses insistiam em seguir o antigo calendário, pelo qual o ano iniciaria em 1 de Abril. Gozadores de plantão passaram a ridicularizar o ato enviando presentes estranhos e convites para festas que não existiam.
Em meio a avanços e conquistas, vemos, também, a instalação de retrocessos e violência ao trabalhador brasileiro. Professores massacrados no Paraná no governo de Beto Richa (PSDB), perseguidos em São Paulo no governo Geraldo Alckmin (PSDB) e Pernambuco com o governador Paulo Câmara (PSB). Queda de braço entre executivo e legislativo sobre a lei de terceirização (PT x PMDB, ora aliado, ora oposição, SEMPRE oportunista). Direitos trabalhistas revogados para “controle da economia”.

Caneta hidrográfica ou guache? O importante é que não manchou a farda

Policial postando selfie exibindo um braço “ferido” no que parte de uma mídia dita IMPARCIAL chamou de CONFRONTO entre policiais e professores no Paraná, na verdade maquiava, com sangue “cor de rosa”, vitimização e muita cara de pau, o que foi um massacre contra o direito de manifestação e greve. Em São Paulo a “mídia imparcial” omitiu a todo custo o movimento paredista para, quando enfim se tornou impossível esconder o gigante, selecionar vídeos de depredação e vandalismo. Marginalizar a classe trabalhadora e os professores é mais fácil e atende bem a interesses outrora obscuros, hoje explícitos a qualquer bom entendedor.

Foto: Rubens Batista. Recife. Hoje (1 de Maio)

Nos palanques promessas de 100% de reajuste salarial aos professores, no mandato nega 13,01%, rasga o Plano de Carreira e, com apoio amigo judiciário, declara, em tempo recorde, a ilegalidade da greve dos professores de Pernambuco determinando multas diárias que variaram seu valor. R$30.000,00 hoje R$80.000,00, além das diversas ameaças e perseguições orquestradas e determinadas junto às adestradas Gerências de Educação Estaduais para sufocar o movimento paredista. O assédio moral impera no início do governo “socialista” de Paulo Câmara. 
O blogueiro e presidente do Centro Barão de Itararé, Altamiro Borges (MIRO) disseca as artimanhas midiáticas a serviço de governos quando esses veem seus interesses sendo ameaçados por manifestações. Descreve didaticamente os caminhos que a “mídia imparcial” segue para desestabilizar movimentos grevistas ou manifestações populares:

1) Invisibilidade do movimento – A existência do manifesto é negada através de números ou mesmo omissão dos fatos;

2) Criminalização – Quando cresce e se torna impossível esconder o gigante, o melhor a se fazer é provocar confrontos e marginalizar os manifestantes;

3) Manobra – Se todos os artifícios até aqui fracassarem, o melhor é se aliar e direcionar o voo dos manifestos a seus próprios interesses.

Aplique todas as três fases nos diversos levantes populares, recentes ou históricos, e tire suas conclusões. Manifestação pró-impeachment presidencial tem mais ou menos cobertura jornalística do que greve de professores?
Tire suas conclusões.
Difícil é não confundir o 1 de Maio com o 1 de Abril, e dentre tantas mentiras optamos por destacar a máxima que afirma:

O TRABALHO DIGNIFICA O HOMEM!


Não. O que dignifica o TRABALHO é a real valorização salarial, garantia dos direitos trabalhistas com condições seguras e confortáveis ao exercício da função. O que dignifica SER e ESTAR humano é o respeito.







Professores de Belém do São Francisco em ato público



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