A CUT
manifestou-se radicalmente contra o PLP
257/2016. Apesar de compreender a gravidade do problema fiscal envolvendo a
dívida dos estados com a União e a importância de solucioná-lo, contestou o
conteúdo das medidas contidas no projeto. Na base desse repúdio está a
constatação de que o projeto de lei penalizava severamente os servidores
públicos com o arrocho salarial, a precarização as relações de trabalho, além
de prejudicar a qualidade dos já combalidos serviços públicos. A possibilidade
de privatização de empresas estatais e a alteração da política de valorização
do salário mínimo foram outros pontos que levaram a CUT a pressionar o governo
federal e Congresso por mudanças no PLP 257/2016.
Como resultado dessa pressão, a CUT considera
positivo o anúncio feito pelo governo federal, através do Ministro de Relações
Institucionais, Ricardo Berzoini, de que ao encaminhar o debate mais geral do
projeto, não vai insistir na votação das suas partes polêmicas , ou seja, as
condicionalidades para a renegociação das dívidas com os Estados, abrindo
espaço de diálogo com os servidores públicos, com quem pretende encontrar uma
solução negociada para os pontos que afetam diretamente seus interesses.
A CUT mantém-se fiel à sua tradição de defesa
incondicional dos interesses da classe trabalhadora e de estar sempre aberta ao
diálogo e à negociação. Estará atenta à agenda e aos encaminhamentos
sinalizados pelo governo federal:
1.
Retirar todas as partes que tem polêmicas com os servidores;
2.
Retirar do PLP as condicionalidades que causam prejuízos aos trabalhadores;
3.
Retirar o regime de urgência do PLP 257/2016;
4.
Ter como referência para as alterações no PLP a Emenda 119 do deputado federal
Afonso Florêncio do PT/ BA .
5.
Retomar a discussão e a negociação após votação do impeachment.
A CUT solidariza-se aos servidores públicos
na defesa de políticas públicas que valorizam o trabalho e a qualidade do
serviço prestado à população.
Nenhum comentário:
Postar um comentário