Imagem: SINTEPE |
O
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE) recebeu uma denúncia de professores que estão sofrendo
descontos indevidos nos contracheques. O Sindicato esclarece o caso e como os
trabalhadores devem proceder diante dessa situação.
Você tem o costume de verificar seus
contracheques? Você reconhece os descontos no seu vencimento? Essa é uma medida
importante, pois os servidores podem estar sendo vítimas de descontos indevidos
nos seus vencimentos. Uma professora da rede estadual de ensino sofreu deduções
sucessivas de R$ 99 e até R$ 110 durante cinco anos em seu
contracheque e, descontente com a situação, acionou o Sintepe. Para sua
surpresa, o desconto era uma suposta autorização para pagamento de um
empréstimo.
Por várias vezes, a servidora tentou cancelar
o abatimento administrativamente junto à Secretaria Estadual de Educação (SEE) e à Secretaria de Administração (SAD), além de entrar em contato com a
instituição bancária. Todas suas tentativas foram em vão, mesmo sem ter maiores
explicações sobre o desconto. Após muitas negativas, a trabalhadora em educação
entrou em contato com a Secretaria de Assuntos Jurídicos e de Legislação do
Sintepe, que orientou a abertura de um processo administrativo junto à SAD. “É
uma situação grave e que precisa ser reparada. O salário é intangível,
constitucionalmente protegido e preserva a dignidade do trabalhador, ou seja,
ele só pode sofrer um desconto se for expressamente autorizado por lei ou pelo
próprio servidor”, explicou Breno
Perez, integrante da consultoria jurídica do Sindicato.
De acordo com Perez, existe uma norma
específica que regula esses descontos e assegura o direito ao cancelamento. “Requerer
a cópia do contrato, o total dos valores descontados ou o próprio cancelamento
dos descontos são direitos do servidor”, alertou. De acordo com o
advogado, se o servidor não autorizou ou autorizou, mas entende que a suposta
dívida foi paga, ele deve requerer a cópia do contrato e ser informado quanto
pagou e o saldo ainda devedor. “No caso dessa professora, nem o Governo e
nem a instituição bancária tinham o contrato, mas outras pessoas podem estar
sofrendo esses mesmos descontos indevidos”, destacou.
O integrante da consultoria jurídica do
Sintepe orienta aos servidores que acreditam estar recebendo descontos
indevidos de comunicar aos coordenadores regionais ou comparecer ao Sindicato
nas terças-feiras (tarde), quartas-feiras (manhã) ou quintas-feiras (tarde)
munidos de contracheques antigos. A Secretaria de Assuntos Jurídicos e de
Legislação fará uma análise da natureza do desconto e essa é a primeira etapa
para conseguir a suspensão das deduções que perduram durante anos. Se ficar
confirmada a ilegalidade, o pagamento retroativo desses valores pode ser
solicitado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário