Imagem: SINTEPE |
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTEPE) promoveu sua 14° Conferência em
homenagem aos cinquenta anos de lançamento da obra “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire. A Regional do submédio São Francisco
participou com educadores de Floresta e Petrolândia.
O Blog Gota D'Água irá publicar o resultado de alguns dos painéis que foram debatidos no evento, a começar com avaliação da educação básica em Pernambuco.
DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO
O Painel de Exposição “Diagnóstico da
Educação Básica em Pernambuco” contou com a participação dos estudantes Kelvin Rodrigues (UBES) e Leni Correia, da
(UESPE) os primeiros a fazer suas
considerações.
Rodrigues destacou alguns pontos positivos
como a criação e a ampliação do Programa Estadual Ganhe o Mundo. Porém, os
elogios pararam por aí. Para os estudantes, há uma visível falta de
investimentos na educação, principalmente quando se compara o número de
universidades federais e de faculdades particulares. Sobre Educação Básica, a
estudante Leni Correia adiantou que a UBES lançará um dossiê das escolas de
Caruaru. “Muitas escolas não têm
quadra poliesportiva, mas nos registros consta a construção de quadras
poliesportivas. A Educação de Pernambuco não está essa maravilha. Há um abismo
entre a propaganda e o que se observa nas escolas”,
disparou Correia.
A participação das famílias no ambiente
escolar também foi um ponto discutido entre os conferencistas. De acordo com Alexandre Queiroga, Presidente da AMPA existem legislações que asseguram
espaços de controle social, mas, muitas vezes, esse espaço é negligenciado pelo
poder público ou subutilizado pela sociedade civil. Para Queiroga, os encontros
entre família e escola deveriam ser em todos os meses do ano, e não apenas um
encontro a cada trimestre.
A deputada Teresa Leitão, Presidenta da Comissão de Educação e Cultura da
Assembleia Legislativa de Pernambuco, destacou dois pontos importantes para o
Diagnóstico da Educação Básica: valorização profissional e o modelo de gestão.
Segundo a deputada, o Governo afirma construir um Pacto no quesito educação,
mas o que existe não é um pacto de rede e, sim, pacto de escola por escola,
iniciativa que tem criado tensões no ambiente escolar.
“Professores
estão levando seus computadores para casa para preencher o Siepe tendo como
principal finalidade ganhar o bônus, enquanto isso os conteúdos não são levados
em consideração”, afirmou. Além dessa inversão de
prioridades, Pernambuco tem elevado seus níveis de adoecimento entre docentes
como consequência do estresse.
O número reduzido de cursos para o
Profuncionário também chama a atenção da deputada, pois existem apenas dois
cursos disponíveis para os funcionários da rede estadual de ensino.
Recentemente o estado matriculou 492 estudantes. A representante do Legislativo
considerou o número muito pequeno tendo em vista o número de profissionais.
Imagem: SINTEPE |
A Secretaria Executiva da Secretaria Estadual
de Educação (SEE) foi reapresentada
no Painel de Exposição por Daniele
Bastos, também professora. Em sua fala, Danielle destacou que o governo tem
se esforçado em ampliar a oferta escolar em Pernambuco e que isso pode ser
verificado com o aumento de escolas integrais e técnicas, porém há o
entendimento de que é preciso melhorar na qualidade da educação e continuar o
trabalho acerca do Plano de Cargos e Carreira. A professora destacou ainda as
ações da SEE, como Portal Escola Conectada, Ensino de Programação, Robótica e o
Programa Ganhe o Mundo. Como desafios, Bastos pontuou fortalecer a inserção dos
alunos nos alunos pernambucanos no Exame Nacional do Ensino Médio.
Parte dos delegados e delegadas do Sub médio São FranciscoImagem: SINTEPE Floresta |
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