Imagem: JC |
O novo crime socioambiental da mineradora Vale que ocorreu nesta sexta-feira (25), gerou impactos ambientais e na
vida das comunidades ainda incalculáveis no município de Brumadinho (MG). Equipes
de resgate seguem trabalhando no local até o momento foram confirmadas a morte
de 60 pessoas, 192 pessoas foram encontradas com vida e 292 seguem
desaparecidas. A lama chegou até o rio Paraopeba e ainda pode atingir 19 municípios, comprometendo o
abastecimento de água de cerca de 1
milhão de pessoas.
O número de mortes já supera o do crime
socioambiental de Mariana, que tirou a vida de 19 pessoas e atingiu 39
municípios de Minas Gerais e Espírito Santo, afetando aproximadamente 1 milhão
de pessoas.
Os bombeiros trabalham na busca por
sobreviventes em um ônibus e uma locomotiva já localizados, um prédio próximo
ao restaurante da Vale e na comunidade Parque das Cachoeiras.
BLOQUEIO
E MULTA
O Tribunal de Justiça do estado determinou
nesta sexta-feira (25) o bloqueio de
R$ 1 bilhão das contas da Vale, após
pedido da Advocacia-Geral de Minas Gerais. Com a decisão, o estado pode
utilizar a verba bloqueada em ações de reparação emergencial. Os recursos serão
disponibilizados em uma conta judicial.
A decisão determina ainda que a Vale
apresente em até 48 horas um relatório de amparo às vítimas, mapeie áreas de
risco, comece a retirada da lama, adote medidas para não contaminar nascentes,
elabore um plano de controle de pragas, entre outros.
Já neste sábado (26), a Justiça de Minas Gerais acatou pedido do Ministério Público
do estado e determinou o bloqueio de R$
5 bilhões da Vale. O valor seria utilizado para garantir a adoção de
medidas emergenciais e a reparação de danos ambientais decorrentes do rompimento
da barragem da empresa em Brumadinho.
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
também multou neste sábado a mineradora em R$
250 milhões.
Fonte: Brasil de Fato
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