Imagem: Carta Capital |
A ONU divulgou seu relatório mundial sobre o
desenvolvimento dos recursos hídricos e trouxe dados alarmantes: mais de 2
bilhões de pessoas não têm acesso a uma fonte adequada de água potável e um
número ainda maior, 4,3 bilhões, não têm saneamento básico.
“Melhorar a gestão dos recursos hídricos
e fornecer a todos o acesso a água potável e saneamento seguros e acessíveis
financeiramente são ações essenciais para erradicar a pobreza, construir
sociedades pacíficas e prósperas e garantir que ‘ninguém seja deixado para
trás’ no caminho rumo ao desenvolvimento sustentável”,
afirma o texto divulgado pela Unesco e intitulado “Não deixar ninguém para trás”.
O título do relatório se refere a um aspecto
chave do levantamento: a desigualdade do acesso. Pessoas que são pobres ou
sofrem discriminação social têm maior probabilidade de ter acesso limitado à
água e saneamento adequados, observou o relatório.
Quase metade da população que consome água
potável de fontes desprotegidas no mundo vive na África Subsaariana, onde
apenas 24% dos habitantes têm acesso a água potável segura.
O relatório alerta ainda que um futuro de
crescente escassez é previsível, o que trará efeitos negativos para a economia
global. Até o ano 2050, 45% do Produto Interno Bruto (PIB) global e 40% da produção mundial de grãos serão ameaçados por danos
ambientais e falta de recursos hídricos.
Hoje mais da metade da população mundial não
tem acesso à água limpa e saneamento.
Mesmo na Europa
e nos Estados Unidos, 57 milhões de pessoas não têm
encanamento em casa e 36 milhões não
têm saneamento básico, afirmou a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, na apresentação do estudo.
Fonte: Carta Capital
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